Adriana Kampff, pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, separou cinco opções para quem busca se qualificar antes de se formar

A graduação é o momento em que a curiosidade e busca por informação aparecem em meio aos conteúdos adquiridos dentro das salas de aula. Para sanar essas dúvidas, a PUCRS está em constante transformação para atender às demandas dos/as estudantes e agregar conhecimento além do protocolo. 

Para esclarecer e apresentar maneiras de expandir o conhecimento ainda durante o período no curso, Adriana Kampff, pró-reitora de Graduação e Educação Continuada da Universidade, separou cinco opções para quem busca qualificar sua formação e chegar nesse objetivo de forma efetiva. Confira:  

1. Aprofundar e conectar os temas trabalhados ao longo do curso

O Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear) e o PUCRS Carreiras oferecem diversas possibilidades para estudantes aplicarem o conhecimento da sala de aula no desenvolvimento de soluções para problemas locais e globais, estimulando o olhar inovador e empreendedor, além de explorar as possibilidades de trabalho em sua área de formação.  

Eventos como a Maratona de Inovação e o Torneio Empreendedor também favorecem a construção de networking com diferentes áreas e profissionais. Já as mentorias, consultorias e oficinais oferecidas pelo PUCRS Carreiras oportunizam desenvolver um olhar estratégico para a carreira e a aproximação com o mercado de trabalho desde o início da graduação, por meio de estágios. 

Leia também: 5 dicas: como desenvolver competências empreendedoras durante a graduação 

2. Ampliar o conhecimento em áreas de interesse

Em uma trajetória aberta, autoral e única, a PUCRS dá aos estudantes a opção de realizar, durante a graduação, disciplinas e Certificações de Estudos em áreas que complementam suas perspectivas de carreira, com diversas opções em todas as áreas do conhecimento. 

3. Participar de atividades de grupos de estudos e de pesquisa 

Projetos de Iniciação Científica, que também validam horas complementares, e a realização de disciplinas de mestrado e doutorado, por meio das iniciativas do IntegraPós, possibilitam que alunos e alunas tenham a aproximação com a pesquisa científica e com pesquisadores/as reconhecidos nacional e internacionalmente ao longo da graduação. 

Com excelência em diferentes áreas do conhecimento, a PUCRS possui a melhor pós-graduação do Brasil. Saiba mais. 

4. Envolver-se em atividades de voluntariado e ações extensionistas 

Participar de atividades junto à comunidade amplia o entendimento de diferentes realidades, desenvolve competências e habilidades para lidar com contextos diversos de forma prática. A Pastoral e a Pró-Reitoria de Identidade Institucional podem auxiliar nesse processo. 

5. Complementar a formação 

Outras boas opções são participar de eventos no Campus ou externos, aprender idiomas, realizar cursos de curta e média duração e participar da Mobilidade Acadêmica. Aproveite as dicas e realize sua rematrícula com todos os benefícios de uma das melhores universidades da América Latina! 

ESTUDE NA PUCRS EM 2024

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Em 2024/1 a PUCRS irá ofertar mais de 300 bolsas pelo Prouni. / Foto: Giordano Toldo

Desde 2004, o Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, garante a estudantes de todo o Brasil a oportunidade de estudar com bolsas integrais e parciais em universidades privadas. A PUCRS adere ao programa desde a sua criação e, para o primeiro semestre de 2024, a Universidade irá disponibilizar 337 bolsas integrais de graduação, divididas entre os cursos online e presenciais. As inscrições devem ser feitas pelo site do Ministério da Educação (MEC) até 1° de fevereiro.  

Entre as bolsas disponibilizadas no primeiro semestre de 2024, trezentas são para a graduação PUCRS Online, em que estudantes de todo o País podem se inscrever, e 37 são para os cursos presenciais, realizados no Campus da Universidade, em Porto Alegre. Você pode conferir o número de vagas e quais cursos serão ofertados clicando no link. 

Para concorrer a uma bolsa de estudos do ProUni, o/a candidato/a precisa:  

Para que você tire todas as suas dúvidas sobre o ProUni 2024, nós preparamos um guia completo sobre o programa. Confira!  

Como funciona a seleção?  

Após inscritos, os/as candidatos/as são pré-selecionados pela plataforma do MEC e são ranqueados nas duas primeiras chamadas conforme a nota do Enem. O ProUni divide estudantes entre aqueles/as que estudaram em escola pública e aqueles/as que estudaram em escola particular com ou sem bolsa.   

Os/as candidatos/as de escola pública ou particular com bolsa integral tem preferência neste ranqueamento feito pelo MEC, em detrimento daqueles/as que cursaram o ensino médio em escola particular sem bolsa, por exemplo. Nas duas primeiras chamadas, os/as candidatos posicionados no ranqueamento dentro da quantidade de vagas ofertadas são convocados/as a entregar a documentação.   

Por exemplo: se no curso Nutrição existirem cinco vagas, as cinco primeiras pessoas serão convocadas para entregar a documentação e dar prosseguimento ao processo seletivo. Se depois da análise sobrarem, digamos, três vagas, as próximas três são convocadas para entregar na segunda chamada.   Se aprovados/as, os/as estudantes deverão realizar a matrícula de acordo com a orientação enviada após o resultado final da análise de documentos.

Datas importantes para ficar ligado/a:  

Quem é você durante o processo?  

Para que não haja imprevistos, é importante que você esteja por dentro das nomenclaturas utilizadas no Programa.   

Qual o processo para a entrega da documentação?  

Aqui começa o contato com a PUCRS. A entrega da documentação acontece de forma online. Os candidatos pré-selecionados receberão por e-mail um link de acesso para o envio da documentação. O e-mail utilizado será o mesmo cadastrado pelo candidato no ato da inscrição. Serão analisados somente os documentos enviados dentro do prazo estabelecido em Edital pelo Ministério da Educação. A lista de documentação necessária para a comprovação das informações já está disponível em nosso site pucrs.br/prouni  

Ficou com alguma dúvida sobre a documentação? Entre em contato pelos telefones (51) 3353-7974 ou pelo WhatsApp (51) 98443-0788.    

Como saber se você foi aprovado/a?  

As inscrições para o Prouni acontecem entre os dias 29 de janeiro a 1° de fevereiro. / Foto: Giordano Toldo

É possível confirmar sua situação de pré-selecionado no site do MEC.  Se você foi pré-selecionado, entregou toda a documentação, e seus documentos foram conferidos e deferidos pela Universidade, seu nome vai aparecer na lista de aprovados. Essa lista é divulgada após o término das análises de cada chamada no site do ProUni do Portal da PUCRS.  

Outras dúvidas que você pode ter: 

1) Para ingressar pelo ProUni é preciso fazer a prova do Vestibular?    

Não. O processo seletivo é aberto para candidatos/as de todo o Brasil, sem necessidade de realizar a prova do nosso vestibular. Caso esteja concorrendo para o curso de Ciências Aeronáuticas, verifique os pré-requisitos exigidos na página do curso. 

2) O que acontece se perder o prazo para a entrega de documentos?  

Não serão recebidos documentos após o prazo determinado pelo MEC. 

3) A matrícula será para o mesmo semestre/trimestre em que a bolsa foi concedida? 

Após a aprovação você receberá todas as informações sobre a matrícula. Os aprovados que não puderem fazer matrícula para 2024/1 em função do calendário acadêmico, farão no próximo semestre ou trimestre (online) em que abrir turma no curso.  Os aprovados que não fizerem matrícula no prazo determinado pela PUCRS terão o usufruto da bolsa encerrado. 

4) Serão ofertadas vagas para todos os cursos? 

Os cursos e a quantidade de vagas são definidos semestralmente de acordo com as exigências do MEC. Portanto as ofertas variam a cada semestre. 

5) Posso trocar a bolsa integral para parcial e vice-versa? 

Não. Você participa para o curso e modalidade para o qual se inscreveu. 

6) Caso não seja pré-selecionado nas chamadas, estou automaticamente inscrito na Lista de Espera? 

Não. Você deve manifestar interesse para participar. A data da manifestação de interesse está disponível no Edital do Processo Seletivo ProUni 2024/1. 

7) Onde verifico as datas do Processo Seletivo do Prouni 2024/1? 

Na página oficial do Ministério da Educação. 

8) Onde vejo a nota de corte?  

No momento da inscrição, na página do Ministério da Educação. 

9) Posso trocar de curso após a aprovação? 

No primeiro semestre não é possível. A partir do segundo semestre pode pleitear caso tenha oferta de reopção de curso. Em nossa página divulgamos semestralmente os editais com as possibilidades de trocas internas. 

10) Qual a lista de documentos devo usar para separar os documentos? 

A lista de documentos varia de instituição para instituição. Os documentos exigidos pelo PUCRS para entregar no processo seletivo você encontra na nossa página. Em caso de dúvida, entre em contato conosco pelos canais de atendimento descritos neste mesmo local. 

11) Aprovei em outra IES, posso transferir a bolsa para a PUCRS? 

No momento a PUCRS não está recebendo bolsistas por transferência. Os editais são disponibilizados semestralmente em nossa página. 

Quero mais informações sobre o Prouni na PUCRS

As férias de verão são um período para descansar, relaxar e se divertir – e que tal fazer isso lendo um bom livro? Listamos cinco dicas de livros recentemente adicionados ao acervo da Biblioteca Central Ir. José Otão da PUCRS para você viajar nessas férias sem sair de casa: uma viagem literária. Confira: 

1) Ainda sou eu, de Jojo Moyes 

No último livro da trilogia Como Eu Era Antes de Você, acompanhamos a chegada de Lou Clark em Nova York. Em Ainda sou eu a personagem entra no mundo da alta-sociedade novaiorquina quando começa a trabalhar para a Leonard e a esposa bem mais nova. Enquanto está mergulhada no trabalho, Lou conhece Joshua Ryan, um homem que traz lembranças do seu passado. Todos os livros da série estão disponíveis na Biblioteca da PUCRS.  

2) É assim que começa, de Collen Hoover 

Continuação do sucesso É assim que acaba, o livro traz de volta os personagens Lily e Atlas, que se reencontram após dois anos. Parece o momento ideal para eles retomarem o antigo relacionamento de adolescência, já que ainda existem sentimentos entre os dois. No entanto, eles precisam lidar com Ryle, o ex-marido ciumento de Lily que culpa Atlas pelo fim de seu casamento. Alternando entre os pontos de vista de Atlas e Lily, a narrativa começa logo após o epílogo do livro anterior e revela mais sobre o passado de Atlas enquanto acompanha a jornada de Lily para abraçar sua segunda chance no amor. 

3) Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, de Maya Angelou 

A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por racismo, abuso e, por fim, libertação. Criada pela avó paterna, sempre buscou consolo para suas dificuldades nas palavras, por meio da literatura. Maya, como é carinhosamente chamada, então, encontra na escrita uma forma de se libertar das grades que lhe foram impostas na vida. Por meio de uma narrativa poderosa e tocante Angelou dá voz aos jovens que, assim como ela, enfrentaram uma vida de dificuldades e preconceitos. 

4) O Mapeador de Ausências, de Mia Couto 

A narrativa acompanha Diogo Santiago, um respeitado e prestigiado intelectual moçambicano que leva a vida como poeta e professor universitário na cidade de Maputo. De volta à Beira, sua cidade natal, ele regressa a um passado longínquo, época de sua infância e juventude, quando Moçambique ainda era colônia de Portugal. Entre memórias das viagens com o pai, massacres, prisões políticas e seu amor pela poesia, Diogo revisita sua história. 

5) Sobrevidas, de Abdulrazak Gurnah 

Tendo como pano de fundo a violenta colonização na África Oriental no início do século 20, Sobrevidas é protagonizado pelo casal Khalifa e Asha, que estão tentando ter seu primeiro filho, vivendo na cidade de Deutsch-Ostafrika. Eles logo conhecem Ilyas, trabalhador novo na cidade, que fora raptado ainda menino pelas tropas coloniais e anos depois descobre que os pais morreram e que sua irmã, Afiya, está vivendo em condições deploráveis. Ela acaba roubando o coração de Hamza, que também chega em busca de emprego e segurança e integrara a Schutztruppe, lutando contra o próprio povo ao lado dos colonizadores. Sobrevidas lança luz sobre as consequências devastadoras da opressão colonialista, ao acompanhar os personagens vivendo sob a sombra do fantasma da guerra. 

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Library Shelfie DayPara pessoas apaixonadas por livros, uma estante bonita é aquela que contém muitas histórias. O Library Shelfie Day (Dia da selfie na estante em tradução livre), um movimento criado pela Biblioteca Pública de Nova York em 2014, busca aproximar o público mais jovem das bibliotecas e também incentivar a leitura. A ação tem um dia marcado para acontecer: na quarta quarta-feira de janeiro, as pessoas são convidadas a tirar uma selfie com a sua estante.  

O movimento tem sido cada vez mais adotado por quem gosta de livros, livrarias e principalmente bibliotecas, e a hashtag nas redes sociais já alcançou mais de 15 mil publicações. A iniciativa é importante principalmente para as bibliotecas que, além de contribuírem para a conservação de documentos, oferecem um espaço seguro para estudos, leitura e lazer para pessoas de todas as idades.  

Para deixar a sua estante sempre limpa, a bibliotecária responsável pela Biblioteca Central Irmão José Otão da PUCRS, Clarissa Selbach, separou cinco dicas para os/as apaixonados/as por livros deixarem o seu cantinho de leitura sempre organizado. Confira:  

1) Limpeza dos livros 

Limpe-os com frequência, passando um pano seco nas páginas e lombadas dos livros pelo menos a cada seis meses. Remova o pó da capa e das páginas, evitando acúmulo de sujeira no interior. Pode ser utilizado um pincel de cerdas grossas para essa higienização. 

2) Limpeza da estante 

Limpe a estante periodicamente usando um pano seco. Se for necessário utilizar pano úmido, certifique-se que a prateleira está completamente seca antes de recolocar os livros. Ao realizar a limpeza, retire uma prateleira por vez para manter a ordem dos livros. 

3) Local arejado 

Mantenha a estante em um local arejado e evite encostar os livros na parede para prevenir mofo e mantê-los seguros. Assim também os protege da umidade, especialmente em dias chuvosos. 

4) Distância das janelas 

Coloque a estante afastada de janelas para evitar danos causados pela exposição direta ao sol. Os raios solares podem desbotar e entortar as capas. Além disso, evita o risco de acúmulo de poeira e infestação por insetos. 

5) Organização 

Organize os livros em uma ordem que facilite a busca, seja por gênero ou autor. É importante que eles fiquem na vertical, sem pressioná-los uns com os outros, para manter a integridade das obras. 

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Morgana Weber foi a primeira da família a se formar no Ensino Superior. / Foto: Arquivo pessoal

Aos 14 anos, Morgana Weber começou a trabalhar em um salão de beleza e, em seguida, se formou no ensino fundamental. Iniciou, então, o ensino médio no Instituto Federal (IF) de Campus Feliz e ingressou também em um curso técnico em informática, o que fez com que ela tivesse que abandonar o emprego no salão.  

“Comecei a fazer algumas bolsas de extensão, de ensino e pesquisa. Depois disso, tudo paralelamente ao ensino médio, fiz um estágio no setor de administração ali do IF mesmo”, conta Morgana.  

Já no terceiro ano do ensino médio, ela fez seu estágio obrigatório trabalhando com manutenção de computadores. Além disso, atuou em uma empresa de desenvolvimento de software em sua cidade natal, além de ter se dedicado como monitora de matemática antes de concluir o ensino médio. Foi por meio da empresa de software em que trabalhava que teve contato com o Projeto Ada, financiado pela Universidade em parceria com a empresa de tecnologia Poatek, que concede bolsas de estudo para o curso de Ciência da Computação a mulheres de baixa renda 

Um colega de trabalho ficou sabendo sobre o programa e o indicou para Morgana – para o qual ela prontamente se inscreveu. Além disso, pouco tempo depois, sua professora do ensino médio também contou a ela sobre o projeto, e ela disse que já havia feito sua inscrição. A jovem comenta que, desde seu ingresso, o projeto passou por diversas reestruturações e melhorias. 

“Hoje, já temos toda uma estrutura. De modo geral, o programa sempre constituiu essa ideia de trazer mais mulheres de baixa renda, especialmente para dentro da área da computação. E agora, como já está mais estruturado, estamos vendo a questão de inglês, a questão das dificuldades, estamos tentando realocar algumas coisas que foram alguns pontos de dificuldade para mim ao longo do curso. Mas está sendo tudo reajustado agora, conforme as coisas estão andando”, explica. 

Mesmo em pleno século 21, ainda existem estigmas relacionando determinadas profissões a gêneros. A PUCRS, no entanto, vem trabalhando para mudar essa realidade. Além do abatimento da mensalidade para todo o curso, as estudantes recebem bolsa-estágio para os primeiros três semestres do curso, além de outros apoios, como ajuda financeira para residir próximo à Universidade. Nos primeiros semestres de curso, elas também são acolhidas no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), onde têm o primeiro contato com a pesquisa científica na área. Soraia Musse, professora do curso e coordenadora do Projeto Ada, afirma ser gratificante ver as mulheres ocupando cada vez mais espaços no ramo da tecnologia. 

“É ótimo entrar em aula e ver mais diversidade, mais mulheres, mais pessoas diferentes com ideias diferentes. É dessa diversidade que nascem ideias mais inovadoras, que certamente precisaremos para construirmos soluções para um mundo melhor”, comenta. 

Morgana Weber ao lado da professora Soraia Musse, coordenadora do Projeto Ada, e do professor e coordenador do Curso de Ciência da Computação, Alexandre Agustini. / Foto: Arquivo pessoal

Morgana Weber, que cursou toda a educação básica na rede pública, foi uma das primeiras beneficiadas pelo programa. 

“A primeira menina cuja vida nós mudamos, a primeira a se formar na família dela. Ela se formou em quatro anos, o que quase ninguém na Ciência da Computação consegue. Ela é um espetáculo”, afirma Soraia. 

Experiência e desafios de uma mulher na Ciência da Computação 

Orgulho é a palavra que define a experiência de Morgana ao cursar Ciência da Computação na PUCRS. Para ela, os dois principais diferenciais da Universidade são a estrutura física e a relação com os professores. “Eles sempre foram muito presentes, se eu já tinha alguma dúvida, perguntava, não era aquela coisa de impessoalidade com aluno. Eu sempre tive uma relação ótima com eles”, relata. Em relação ao curso, ela elogia o equilíbrio entre a teoria e a prática. 

“Nós temos disciplinas hoje que outras universidades não têm, disciplinas voltadas para a atualidade, aprendizado de máquina, que é algo bem recente. Eu acho isso incrível, porque a gente não vê só conceitos antigos, por exemplo, a gente aprende as tecnologias usadas atualmente no mercado de trabalho”, diz. 

A computação costumava ser uma área dita como masculina – mas Morgana faz parte de uma nova geração de mulheres. Ela se diz muito sortuda, pois, na época que ingressou na Universidade, conviveu com mais mulheres do que o curso costumava receber. “Dei a sorte de ter mulheres comigo, pelo menos no ambiente acadêmico”. 

Apesar disso, não foi uma jornada livre de desafios. Ela conta que havia disciplinas em que ela era a única mulher na turma, e que às vezes era difícil e cansativo ter que lidar com uma presença massivamente masculina, tanto em relação a ter que provar suas capacidades e habilidades como em relação a situações de assédio – nas quais tanto reagir quanto não reagir pode ser negativo. “Se você reage é louca, se não reage dá abertura para o assédio”, argumenta ela. O que mais a motiva a se manter na área é conquistar o espaço das mulheres, para mostrar para outras mulheres que é possível, e para apoiar umas às outras. 

Morgana foi uma das primeiras alunas contempladas pelo Projeto Ada. / Foto: Arquivo pessoal

“Isso é uma das coisas que mais me motiva, saber que eu também sirvo de inspiração para outras pessoas, saber que eu estou colaborando para conquistar o nosso espaço em uma área que é majoritariamente masculina. Eu sonho muito com o momento em que a gente vai deixar de dizer que a computação é curso para homens”, pontua. 

Para quem quer seguir na área 

A área de tecnologia da informação vem crescendo cada vez mais, e o espaço para as mulheres dentro dela também. Para as meninas que estão no ensino médio e pensam em cursar Ciência da Computação, a professora Soraia manda o recado: 

“É uma área encantadora, não necessariamente fácil, mas desafiadora no sentido de fazer as pessoas pensarem. Ao contrário do que leigos podem pensar, pode-se usar muito a capacidade criativa para criar e construir soluções inovadoras. Eu diria para essa menina: não desista, existem muitas oportunidades!” 

Já Morgana enfatiza a importância de acreditar e confiar em si, se posicionar, pois, em algum momento, terá que se provar perante a sociedade. Ela pontua que é um processo exaustivo, mas que vale a pena, já que o espaço para as mulheres nesse ramo está se abrindo cada vez mais. 

“Se você tem vontade, aprenda. É muito importante confiar e entender que apesar do processo ser difícil e longo, não é nada que nós como mulheres não sejamos capazes. Então temos que acreditar que a gente é capaz, acreditar que a gente consegue, acreditar que a gente tem potencial sim. Apesar dos pesares, apesar de às vezes um monte de gente falar que não é assim e sermos invalidadas, a gente tem potencial”, finaliza.

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A ação busca incentivar a formação de professores.
Foto: Camila Cunha

A PUCRS acaba de lançar duas possibilidades para profissionais da educação: a formação docente (para quem já possui bacharelado na área da educação) e a segunda licenciatura (para professores que desejam se qualificar para ministrar aulas em outras áreas). A iniciativa busca incentivar a formação de professores no Brasil.   

Reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), as novas modalidades ofertadas pela PUCRS permitem aos/às profissionais a conclusão de uma nova graduação na área da educação em até dois anos. Conheça os diferenciais de cada uma:

Formação docente  

Destinada a bacharéis (na área da educação), a formação docente da PUCRS possibilita que profissionais já formados em grau de bacharel concluam uma licenciatura. Nessa modalidade, a nova graduação é baseada na formação original do profissional interessado/a, e o novo percurso formativo será estabelecido de acordo com as especificidades de cada curso.   

Na formação docente, um bacharel em História tem a oportunidade de, em até dois semestres (um ano), finalizar a licenciatura na mesma área e atuar como professor, por exemplo.

Segunda licenciatura 

A segunda licenciatura pode ser tanto na mesma área de formação da primeira licenciatura quanto em área diferente da formação original. A principal vantagem é a oportunidade de poder ministrar mais de uma disciplina curricular na educação básica. considerando que nas escolas, os percursos ou itinerários formativos/investigativos já estão contemplados, em um trabalho docente cada vez mais interdisciplinar. O tempo do curso vai depender de qual área o/a docente já atua e qual pretende seguir, com duração mínima de dois semestres (um ano) e máxima de quatro semestres (dois anos). 

Por exemplo, se o/a profissional é professor/a da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (Ciências Sociais, Filosofia, Geografia, História) ou Teologia e deseja complementar a sua formação com uma graduação em Linguagens, Letras Inglês ou Letras Português, levará no máximo quatro semestres para concluir os estudos. Outra possibilidade é o Licenciado em Pedagogia que deseja fazer Letras Inglês para lecionar em escolas bilíngues e poderá obter sua segunda titulação em quatro semestres (dois anos).

Dúvidas frequentes  

1) É preciso fazer Vestibular para participar?   

Não. Nestas modalidades a entrada é via ingresso de diplomado.  

2) Já sou formado há mais de dez anos. Posso participar?  

Não temos corte em relação à data de formação do diplomado.

3) Essa modalidade de graduação é reconhecida pelo MEC?  

Sim. Conforme legislação específica. 

4) Há incentivo financeiro para a realização dos cursos? Diplomados contam com benefícios?  

Os cursos de licenciatura da PUCRS contam com 40% de desconto como incentivo à formação de professores (exceto em Educação Física que o desconto é de 30%). Caso o/a interessado/a seja egresso da PUCRS, poderá também solicitar o desconto de 25%. Estudantes de outras Instituições de Ensino (IES) têm desconto de 15% durante o 1º semestre (parcelas de 1 a 6).  

Ficou interessado? Entre em contato pelo WhatsApp (51) 2101-0110.

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O workshop aconteceu entre os dias 16 e 18 de janeiro. / Foto: Giordano Toldo

Com o objetivo de entender os usos e as implicações da inteligência artificial (IA) na pesquisa ciêntifica, a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPESQ) ofertou, nos dias 16, 17 e 18 de janeiro, o Workshop de Capacitação em Inteligência Artificial. O evento contou com a participação de mais de 100 pesquisadores de diferentes Escolas e áreas do conhecimento, contemplando a interdisciplinaridade das pesquisas desenvolvidas na PUCRS. Na cerimônia de abertura, o vice-reitor da Universidade, Ir. Manuir Mentges, ressaltou a importância latente das potencialidades de aprimoramento dos resultados encontrados na pesquisa por meio do uso da inteligência artificial.  

“A IA possui a capacidade de processar dados complexos, mas possui também uma perspectiva transformadora para aprimorar as práticas de pesquisa acadêmica. Ao explorar as vastas possibilidades que a inteligência artificial oferece, estamos abrindo as portas para um futuro onde a pesquisa pode ser mais ainda eficiente e impactar milhares de vidas, alinhadas com as demandas contemporâneas”, destaca.  

No primeiro dia, os pesquisadores participaram do módulo conceitual, com palestras sobre história, passado e futuro da IA, com os professores da Escola Politécnica e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, Lucas Silveira Kupssinsku e Rodrigo Barros. Ainda nesse mesmo dia, os membros do Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados, Carlos Falcão de Azevedo Gomes e Mauricio Magnaguagno, ministraram painel sobre boas práticas no uso de dados.  

O Grupo de Pesquisa em Teoria de Aprendizagem de Máquina e Aplicações foi o responsável por conduzir no segundo dia o módulo prático, interagindo com a inteligência artificial. Além disso, no último dia foram discutidos os dilemas éticos e legais. O professor da Escola de Humanidades e dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, Filosofia e Teologia, Nythamar Hilario Fernandes de Oliveira Junior, ressaltou as perspectivas morais e civilizatórias que se conectam com os diferentes conceitos e atravessamentos da realidade contemporânea na inteligência artificial. Já o professor da Escola de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito, Paulo Caliendo, destacou o processo de centralidade no ser humano que deve constituir os intermédios da formação regulatória da IA.  

Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, é importante que a Universidade esteja sempre atenta no apoio aos seus pesquisadores.  

“O conhecimento que a própria universidade possui, especialmente naqueles temas mais transversais e próprios para as pesquisas multidisciplinares, deve ser disseminado entre pesquisadores de diferentes áreas. E a inteligência artificial talvez seja hoje o tema de disseminação mais urgente”.    

Além disso, o Pró-Reitor destaca ainda outras iniciativas da PROPESQ em apoio ao pesquisador: 

“Em 2023, promovemos workshops sobre temáticas mais específicas, como a utilização da ferramenta REDCap e, ainda, sobre estratégias para a elaboração de projetos de pesquisa para a captação de recursos financeiros. Cabe ressaltar que nossa comunidade científica sempre responde de forma muito positiva a essas iniciativas”.

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Soft Skills; Homem estudando

A especialista do PUCRS Carreiras Ana Cecília Petersen explica que as soft skills podem ser aplicadas em diversas profissões, contextos e cargos. / Foto: Envato Elements

Em meio às constantes transformação do mercado de trabalho, as exigências para se destacar vão além das habilidades técnicas e dos títulos acumulados ao longo de formação. Os recrutadores estão cada vez mais atentos às soft skills, ou seja, habilidades comportamentais ou socioemocionais que afetam o cotidiano de uma pessoa em seu ambiente de trabalho. Elas impactam a maneira como você interage, se comunica e lida com diversas situações junto à equipe. Nesse contexto, desenvolver e aprimorar tais habilidades se tornou fundamental para se destacar em uma sociedade altamente competitiva. 

Ao contrário das habilidades técnicas que se concentram em serem competências práticas dos profissionais e que ajudam a garantir a execução das funções, as soft skills podem ser aplicadas em diversas profissões, contextos e cargos. Elas são cada vez mais importantes ao colaborarem na construção de um relacionamento interpessoal mais próximo com os colegas, além de ajudarem a melhorar a liderança e tornar a empresa adaptável às mudanças no mercado. 

Tendo isso em vista, elas são cada vez mais essenciais para garantir o sucesso profissional, tendo em vista que complementam as habilidades técnicas e colaboram para que sua rotina de trabalho seja mais leve e tranquila. Além disso, podemos destacar algumas habilidades essenciais para o ambiente de trabalho, como a escuta ativa, a expressão clara de ideias, a capacidade de adaptação e como você consegue resolver problemas de maneira criativa. 

As soft skills são cada vez mais valorizadas pelos empregadores, já que um profissional com excelentes habilidades técnicas, mas sem competências socioemocionais, pode ter dificuldades para se integrar em equipes, colaborar efetivamente e se adaptar às mudanças constantes. 

Quais são as Soft Skills mais importantes para o mercado de trabalho?

Desenvolver soft skills é um passo importante para se destacar no mercado de trabalho. Por isso, a consultora do PUCRS Carreiras, Ana Cecília Petersen, destaca cinco delas. 

1) Comunicação

Saber se comunicar é uma das habilidades mais essenciais para o mercado de trabalho. A comunicação vai ajudar em diferentes etapas do seu desenvolvimento profissional, por isso, investir em cursos que ajudem no aperfeiçoamento dessa aptidão é tão importante. Com uma boa comunicação verbal, por exemplo, você consegue ter mais sucesso nas entrevistas de emprego, pode se destacar no dia a dia e construir relacionamentos bons que tornam o clima organizacional mais efetivo. Além, é claro, de contribuir na hora de uma apresentação e de expressar uma ideia. Para Ana Cecília, a prática é essencial para treinar essa habilidade.

“Gravar apresentações para analisar a sua imagem e a sua voz em áudio e vídeo, participar de grupos de debate e negociação, ir a eventos que promovam interação e apresentações, apresentar trabalhos em sala de aula ou eventos e atividades como o teatro, ajudam a ganhar mais prática e a se comunicar melhor em momentos cruciais”. 

2) Inteligência emocional

Soft Skills; mulheres no mercado de trabalho

As cinco soft skills mais importantes para o mercado de trabalho são comunicação, inteligência emocional, relacionamento interpessoal, criatividade e autogestão. / Foto: Envato Elements

Passar por oscilações de humor e dias difíceis é normal no dia a dia. No entanto, é preciso saber enfrentar essas situações, principalmente no trabalho. Para isso, é preciso desenvolver a capacidade de lidar com as emoções.  

“Para desenvolver a inteligência emocional, você pode agir em cada uma dessas partes: adquirir conhecimento sobre as emoções, auto-observar-se ou realizar atividades como a psicoterapia para se autoconhecer e gerir melhor a si mesmo, além de se expor a relacionamentos e interações com outras pessoas”, explica Ana Cecília. 

Por meio dessa habilidade, você consegue oferecer amparo emocional para algum colega em um dia difícil, ou gerir suas emoções de tal maneira que problemas pessoais não impactem sua experiência no trabalho. 

3) Relacionamento interpessoal

A terceira soft skill que merece destaque é o relacionamento interpessoal. Ele se refere à capacidade de interagir, comunicar-se e colaborar efetivamente com outras pessoas. É uma habilidade que envolve empatia, escuta ativa e a capacidade de entender e respeitar as perspectivas e sentimentos dos outros. 

Em um ambiente de trabalho, por exemplo, um bom relacionamento interpessoal pode ser a diferença entre um ambiente harmonioso e um ambiente tóxico. Desenvolver habilidades interpessoais requer autoconhecimento, prática e feedback contínuo. 

“Procure por atividades e projetos que te coloquem em contato com diferentes pessoas e colegas, e se observe durante essas interações para aprender sobre o seu perfil. Pedir feedbacks para outras pessoas pode lhe trazer mais informações sobre onde você está acertando e errando nos relacionamentos”, destaca Ana Cecília. 

4) Criatividade

A criatividade é uma habilidade ligada à resolução de problemas e à geração de ideias inovadoras. Para a consulta de carreiras, o desenvolvimento da criatividade se baseia em adquirir conhecimentos novos tanto na sua área de atuação como em áreas diferentes para aumentar o acervo de conhecimentos e perspectivas. Assim, é fundamental participar de atividades e projetos que desafiem o pensamento convencional, permitindo uma abordagem diversificada e inovadora. Relacionar-se com pessoas de diferentes contextos e experiências também é uma maneira valiosa de absorver novas perspectivas e ampliar o horizonte criativo. 

Exercitar a criatividade requer pensar fora da caixa, desafiando padrões estabelecidos e sempre buscando novas formas de abordar problemas e situações. Uma dica prática é manter um local de registro dessas ideias, seja um caderno, aplicativo ou qualquer ferramenta que ajude a consolidar esse novo hábito de pensamento criativo que você está cultivando. 

5) Autogestão

Muitas vezes chamada de produtividade, essa competência engloba aspectos como organização, disciplina, foco e a capacidade de ser autossuficiente. Ana Cecília destaca que essa habilidade é essencial para um mundo cada vez mais complexo, com excesso de estímulos e tarefas. Para desenvolver efetivamente a autogestão, ela sugere: “Mapeie onde estão seus pontos fortes e fracos para identificar qual ferramenta deve ser utilizada e será mais eficaz para você: calendários, agendas, listas de tarefas, organização de horários para atividades, gestão do seu tempo diário ou semanal, priorização de tarefas, fragmentação de projetos em pequenas etapas etc.”. 

Ao incorporar e adaptar essas ferramentas ao seu cotidiano, você estará não apenas estruturando melhor suas atividades, mas também aprimorando continuamente sua capacidade de autogestão. 

Onde aplicar o desenvolvimento das soft skills?

Soft Skills; Mulher trabalhando

Além de apreender quais as melhores soft skills é importante que a pessoa saiba aplicar essas habilidades no dia a dia. / Foto: Envato Elements

Desenvolver as soft skills irá contribuir em muitos aspectos da vida profissional, como a busca por uma vaga, recolocação no mercado de trabalho ou promoção dentro de alguma empresa. No entanto onde elas podem ser aplicadas na prática? 

1) Melhor desempenho nas entrevistas 

As entrevistas são parte importante dos processos seletivos. Sair-se bem nelas aumenta as chances de alcançar os cargos desejados e, com isso, construir uma carreira de sucesso. Nesse aspecto, as habilidades comportamentais também são úteis e podem ser aprimoradas em uma simulação de entrevista com os consultores do PUCRS Carreiras. Por exemplo, é possível participar de dinâmicas em grupo e se sair bem, saber responder às respostas do entrevistador de modo eficiente, ter destaque pelo pensamento crítico apresentado nelas e muito mais. 

2) Otimização do desempenho no trabalho 

Outra vantagem é ter um desempenho excelente no dia a dia profissional. Ele é crucial para que você se desenvolva e tenha destaque no cargo em que está. Ao desenvolver habilidades comportamentais, você aprende a trabalhar bem em equipe, ter uma comunicação clara com todos os colegas de trabalho e demonstrar ética profissional. 

3) Melhora do networking 

As soft skills também são um ponto importante para a construção de networking. Ter uma rede de contatos é fundamental para conseguir acesso a oportunidades, troca de informações e avanços no conhecimento desenvolvido. 

Se você quer alcançar novos objetivos profissionais, aposte nas soft skills. Por meio delas, é possível criar um relacionamento duradouro, colaborar com os projetos da empresa e levar a uma transformação real no seu ambiente de trabalho.  

professora espanha

Gabriela Delord (ao centro) é mestre e doutora pela PUCRS. / Foto: Arquivo pessoal

Gabriela Delord, mestre e doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da PUCRS, foi considerada a terceira melhor professora da Espanha, pela plataforma educacional Educa. Docente na Universidade de Sevilha, Gabriela leciona no Departamento de Didática das Ciências Experimentais e Sociais, e é um exemplo inspirador de sucesso acadêmico e profissional, contribuindo de maneira significativa para o avanço da educação e formação de qualidade. Por meio das oportunidades de internacionalização da PUCRS, Gabriela pôde experimentar o início de sua jornada no exterior.  

“Consegui uma bolsa de doutorado sanduíche e fui morar em Sevilha, na Espanha, por 11 meses. O objetivo era trazer dados para a minha tese, descobrindo como foi formada a teoria de um conhecido projeto inovador dos anos 80 e 90 chamado IRES. Consegui investigar todos os caminhos, os estudos, as influências, e contextos históricos que os autores deste projeto passaram para criar esta teoria”, destaca Gabriela. 

A PUCRS teve um papel fundamental na construção acadêmica da docente, aprofundando seus conhecimentos e suas perspectivas internacionais da ciência. “A PUCRS me deu todo o apoio teórico e a experiência de ter aulas com professores de excelência. Meu orientador tinha bastante contato com pesquisadores de fora, então tive acesso a pesquisas de ponta. Sem contar toda a infraestrutura da Biblioteca da PUCRS, onde escrevi grande parte da minha tese”, elenca. 

A premiação realizada pela plataforma EDUCA valoriza a visão dos alunos e são eles que nomeiam alguns professores que consideram inovadores e que impactam a sociedade por meio de seus estudos. Após essa nomeação, a plataforma realiza diversas etapas de avaliação de currículo, publicações e estudos realizados.  

“Ser considerada a terceira melhor professora universitária de toda a Espanha foi muito gratificante, é um sinal de que meus estudos, pesquisas e minha prática docente têm a aprovação positiva. Além disso, como estrangeira, é muito difícil ganhar um prêmio deste nível. Fico muito feliz e ainda mais motivada para seguir inovando como docente e seguir investigando a inovação como pesquisadora”, destaca com Gabriela com entusiasmo. 

Vida na Espanha 

Ao terminar seu doutorado, Gabriela candidatou-se ao concurso na universidade e foi aprovada em quarto lugar e em alguns meses foi convocada. “Decidi lecionar na Espanha por uma questão de oportunidade de trabalho, mas continuo contribuindo com o Brasil. Em 2022 ministrei um curso na PUCRS e nos anos de 2020 e 2021 também lecionei na PUC-Goiás”, menciona a professora. 

Gabriela destaca que a experiência tem sido desafiadora desde o início, mas gratificante na mesma medida.  

“A experiência de começar uma vida do zero, sem amigos, sem família e sem referências é bastante desafiadora, mas tem sido ótima. Não foi difícil me adaptar em Sevilha. A cidade é linda, tranquila, possui qualidade de vida e um clima excelente. Como eu já tinha tido a experiência de viver na cidade por 11 meses durante o doutorado sanduíche ofertado pela PUCRS, posso dizer que já estava acostumada.”

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networking na pós-graduação

Fazer networking, especialmente na pós-graduação, é importante para formar conexões que podem te ajudar no futuro. / Foto: Envato Elements

Em qualquer fase da carreira, estabelecer conexões profissionais é um componente essencial para o desenvolvimento. No entanto, quando chegamos a etapas mais avançadas da formação acadêmica, como a pós-graduação, o networking adquire uma importância ainda maior. É nesse cenário que a habilidade de construir relações profissionais se torna um recurso valioso, desempenhando um papel crucial para abrir portas para futuras oportunidades. Entenda o que é, porque é importante, e confira como praticar o networking de maneira estratégica. 

O que é networking? 

É a prática de cultivar conexões profissionais com outras pessoas do seu campo de atuação. Isso significa criar relacionamentos mútuos e benéficos, visando trocar informações, compartilhar oportunidades, colaborar e construir uma rede sólida de contatos na área. No contexto da pós-graduação, o networking pode abrir muitas oportunidades, como colaboração em outros projetos, convites para bancas de defesa e até mesmo futuros empregos no mercado de trabalho.

Mas por que você deve investir no seu networking durante a pós-graduação

1) Desenvolver soft skills importantes 

O networking oferece uma oportunidade única de aprimorar habilidades socioemocionais, conhecidas como soft skills. Ao interagir com diferentes pessoas, você melhora suas habilidades de comunicação, negociação, trabalho em equipe e liderança. 

2) Construir uma rede de contatos 

Uma das vantagens mais evidentes do networking é a possibilidade de criar conexões que podem levar a novas oportunidades de emprego. Assim, ao conhecer pessoas influentes em sua área de atuação, você aumenta as chances de ser recomendado para vagas e receber informações sobre oportunidades. 

3) Ter novas visões de trabalho 

O networking também permite que você se conecte com profissionais de diferentes níveis hierárquicos e áreas de atuação. Isso dá a chance de obter novas visões de trabalho e expandir sua compreensão sobre as melhores práticas, tendências e inovações em sua indústria. 

A partir do momento em que você troca ideias e experiências com profissionais em diferentes áreas de atuação, consegue visualizar alternativas e estratégias que podem ser utilizadas no seu ambiente de trabalho e/ou pesquisa. 

4) Acessar recursos e conhecimentos 

Uma rede de contatos bem estabelecida também pode ajudar a fornecer acesso a uma variedade de recursos e conhecimentos. Você pode, por exemplo, obter recomendações de livros, artigos, eventos e cursos relevantes para o seu campo de atuação. Outra possibilidade é um gestor de outro segmento que faz pós-graduação com você recomendar alguma metodologia que o ajudou a gerenciar sua equipe. Essas dicas, ferramentas e técnicas podem melhorar suas habilidades e desempenho profissional. 

5) Receber suporte e mentoria 

Ao construir relacionamentos sólidos com pessoas durante a pós-graduação, você também pode obter suporte e orientação em diferentes momentos da carreira. Para quem está fazendo uma pós-graduação para buscar novas oportunidades, esse cenário pode ser ideal. Seja recebendo conselhos de profissionais experientes, encontrando mentores que podem guiá-lo no seu crescimento profissional ou até mesmo contando com apoio emocional em momentos desafiadores, o networking pode fornecer um suporte valioso. 

Como desenvolver o networking na pós-graduação? 

networking na pós-graduação

Uma boa maneira de construir networking é participar de eventos acadêmicos da Universidade. / Foto: Envato Elements

Os benefícios são muitos, mas o que fazer para aplicar o networking na pós-graduação? Confira algumas dicas: 

1. Aproxime-se das pessoas 

Uma das maneiras mais eficazes de desenvolver o networking na pós-graduação é se aproximar das pessoas ao seu redor. Não se contente em apenas ir às aulas e realizar trabalhos: inicie conversas com colegas de turma, professores e coordenadores. 

A dica é não esperar que as oportunidades venham até você. Se está interessado no trabalho de alguém, envie um e-mail para ele e expresse seu interesse; peça dicas de referências bibliográficas, agende uma conversa. A maioria das pessoas ficará lisonjeada por seu interesse e estará disposta a conversar. 

Além disso, participe de discussões em sala de aula e esteja aberto para compartilhar ideias e perspectivas. Ao demonstrar interesse genuíno pelos outros, você cria uma base sólida para relacionamentos profissionais futuros. Pode ser a oportunidade de colaborar com departamentos ou disciplinas diferentes, o que pode levar a projetos de pesquisa únicos e inovadores — além, é claro, de ampliar seu círculo de contatos. 

2) Participe de pesquisas 

Você pode também participar de grupos de pesquisa e colaborar em projetos de pesquisa de excelência de colegas. Isso inclui: 

É uma oportunidade para trocar conhecimento, aprender com diferentes perspectivas e estabelecer relacionamentos com profissionais e pesquisadores que possuem interesses semelhantes. 

3) Forme grupos de estudos 

Quer se aproximar ainda mais e mostrar sua dedicação? Uma dica, então, é criar grupos de estudos com outros estudantes da pós-graduação. Esses grupos permitem que você compartilhe recursos, leituras e pontos de vista, além de discutir tópicos relevantes e aprofundar seu conhecimento. 

4) Use as redes sociais 

Outra prática comum da sua rotina de pós-graduando que pode ajudar a desenvolver networking é utilizar as suas redes sociais. Procure pelos professores e alunos da sua turma no LinkedIn, por exemplo. A rede social é uma forma de compartilhar currículos e também de trocar experiências. Além disso, redes sociais acadêmicas, como ResearchGate ou Academia.edu, são ferramentas importantes para se conectar com a comunidade científica e acompanhar publicações. 

Nesses espaços, você pode compartilhar sua pesquisa e leituras, divulgar eventos acadêmicos dos quais participa e/ou organiza, solicitar auxílio para sua pesquisa, participar de discussões e acompanhar as atividades dos seus contatos. Tenha em mente que essas redes vão facilitar a descoberta de oportunidades profissionais e manter conexões, mesmo quando a pós-graduação acabar. 

5) Frequente eventos 

networking na pós-graduação

Fazer networking é uma forma de aprimorar suas soft skills. / Foto: Envato Elements

Além do digital, é importante explorar todas as oportunidades das políticas que a instituição cria para os estudantes. Uma forma de fazer isso é participando de eventos acadêmicos, como conferências, workshops e seminários, sendo uma maneira valiosa de ampliar seu networking na pós-graduação. Esses eventos reúnem estudantes, pesquisadores e profissionais de diferentes instituições e áreas de estudo, oferecendo a oportunidade de estabelecer contatos significativos. Esteja presente nas sessões, participe de debates e aproveite os momentos mais informais, como coffee breaks, para conhecer pessoas e trocar informações. 

Aqui, é interessante ter um “elevator pitch“, ou seja, uma descrição concisa e envolvente de sua pesquisa que você pode fornecer a qualquer momento. Existem muitas maneiras de encontrar eventos acadêmicos: 

6) Mantenha o contato fora das aulas 

A dica acima já é sobre sair das salas de aula, mas é interessante expandir ainda mais essa relação. Por isso, tente manter o contato fora do contexto profissional ou educacional. Por que não marcar encontros informais com aqueles alunos com os quais você tem mais intimidade ou que pode ajudar a superar alguns dos seus desafios? 

Aqui, tenha em mente o uso de redes sociais como Instagram para atingir esse objetivo. Ele se tornou uma plataforma importante para a comunidade acadêmica se conectar e compartilhar suas pesquisas de maneira mais acessível e atraente.  

Além de ser uma maneira fácil e divertida de acompanhar o que está acontecendo em seu campo, seguir colegas de profissão ou pessoas que trabalham em sua área de interesse pode ajudá-lo a formar conexões profissionais. Ademais, muitos perfis oferecem dicas sobre redação acadêmica, publicação, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e muito mais. Por fim, é uma forma de sentir-se parte de uma comunidade. 

Para os profissionais que querem se destacar, o networking na pós-graduação pode significar uma série de portas abertas. Mais do que isso, é uma chance de crescer profissionalmente e fortalecer a sua reputação com outros profissionais no meio. Agora que você já sabe como fazer networking na pós-graduação, falta apenas dar o próximo passo e iniciar o seu curso, não é mesmo? Conheça mais sobre quais são as opções que você pode se matricular na PUCRS!