Diplomado da PUCRS é técnico de vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Graduado em Educação Física, Lucas Mazim conta como foi sua trajetória no esporte

21/07/2021 - 08h18
Técnico dos Jogos Olímpicos de Tóquio é graduado pela PUCRS

Foto: Acervo pessoal

Aos dez anos de idade, Lucas Mazim começou a praticar vela, em Porto Alegre. “Desde o primeiro contato com o esporte, eu já gostei”, conta o atleta, que passou a praticar profissionalmente nas categorias de base, nas quais se tornou treinador aos dezesseis anos. Nessa época, além de ser treinador e professor, conciliava esse trabalho com as competições. Foi justamente para aperfeiçoar seus conhecimentos e garantir um melhor desempenho tanto como atleta quanto como treinador que Lucas optou por ingressar no curso de Educação Física.  

Na época da graduação, conseguia conciliar o trabalho e o curso. “Isso me auxiliou a aprimorar minhas competências, o que me deixou muito mais seguro para evoluir como treinador”, afirma. Segundo ele, quando já se trabalha na mesma área em que se cursa uma graduação, é possível tirar dúvidas cotidianas da sua profissão, trocando informações com os professores. “Em todos os trabalhos e atividades que eu fazia no curso, tentava relacionar com meu dia a dia. Ter um embasamento teórico trazido por uma graduação te dá mais credibilidade no mundo profissional, isso me ajudou a crescer no esporte de alto rendimento”, acrescenta.  

Lucas não era o treinador principal dos atletas brasileiros que competirão nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas pela impossibilidade de o técnico oficial realizar a viagem e levando em consideração os dez anos de trabalho como técnico, foi escolhido para levar adiante o sonho dos competidores no maior evento esportivo do mundo. Por fim, Lucas acrescenta:  

“Sempre devemos estar abertos às oportunidades e se eu estou aqui hoje é pelo trabalho que desenvolvi. Com certeza isso vai me trazer muitos frutos e muito aprendizado”.  

A vela nos Jogos Olímpicos 

Embora embarcações tenham sido construídas desde os primórdios da história, o uso de barcos a vela para a prática esportiva iniciou apenas no século XVII. Na época, a Holanda criou um novo tipo de barco denominado jaghtstchip, o qual prontamente atendeu aos interesses comerciais holandeses e passou a ser utilizado, dentre outras funções, para o treinamento de jovens marinheiros. O rei Carlos II, interessado pelos jaghtstchips, ao retornar de seu exílio, promoveu as primeiras competições em águas britânicas. No século seguinte, em 1720, nasceu na Irlanda o primeiro clube de vela, o Royal Cork Yatch Club, que realizou sua primeira competição em 1749. 

No Brasil, o esporte chegou no século XIX, trazido por descendentes de europeus. O Iate Clube Brasileiro, fundado em 1906 no Rio de Janeiro, foi o primeiro dedicado ao esporte no País. Já a primeira prova nacional, o Troféu Marcílio Dias, aconteceu em 1935. Atualmente, a responsável por administrar o esporte no País é a Confederação Brasileira de Vela (CBVela).  

A primeira participação do esporte nos Jogos Olímpicos Modernos ocorreu na sua segunda edição, em 1900. Desde então, diferentes categorias de vela foram acrescentadas à programação. Ele deveria ter feito parte da competição de Atenas, quatro anos antes, mas as condições meteorológicas não estavam adequadas à prática do esporte, causando o adiamento de sua estreia. O Brasil teve sua primeira vitória no esporte em 1980, nos jogos de Moscou. Neste ano, o País foi o vencedor de duas categorias. Somando todas as modalidades de vela, o Brasil conta com 18 medalhas, sendo sete de ouro, três de prata e oito de bronze. 


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