PUCRS recebe Everyone Can Code Road Show

Evento apresentou a professores e gestores de escolas o programa Swift Playgrounds, da Apple

28/08/2017 - 18h37
Foto: Bruno Todeschini

Foto: Bruno Todeschini

Gestores e coordenadores de escolas da Região Sul participaram do evento Everyone Can Code Road Show, realizado nesta sexta-feira, 25 de agosto, na Faculdade de Informática da PUCRS (Facin). O evento apresentou o programa gratuito de coding, da Apple, direcionado para alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A ideia do encontro foi difundir os conceitos de programação a fim de que eles possam ser incorporados nas atividades pedagógicas dos alunos nas escolas.

A ferramenta utilizada no ensino, de forma lúdica, é o Swift Playgrounds, disponível para download sem custos. O workshop na PUCRS foi articulado pelo professor da Facin, Afonso Sales, eleito pela gigante norte-americana como Apple Distinguished Educator, reconhecimento concedido a docentes que utilizam em sala de aula as soluções oferecidas pela empresa. “É uma tendência muito forte, em um futuro próximo, que as crianças aprendam programação desde cedo na escola”, afirma Sales.

Foto: Bruno Todeschini

Foto: Bruno Todeschini

Interação com professores

Além de expor a nova solução em programação, acessível a professores com diferentes níveis de conhecimento em informática, o evento promoveu uma interação com os participantes, que puderam pôr em prática o que aprenderam. Alguns professores da Rede Marista tiveram a oportunidade de integrar essa capacitação.  Josy Rocha, professora de matemática do Colégio Marista Ipanema, avaliou a capacitação como “uma experiência maravilhosa, pois traz um recurso que os alunos têm, que é o iPhone e o iPad para a sala de aula. Poder usar aplicativos gratuitos e aplicar a programação para ensinar matemática de uma forma diferente é muito positivo”, destaca.

Saulo Caetano, professor de robótica do Colégio Marista Rosário, revelou que há uma proposta em andamento nesse sentido. “A experiência que estamos tentando realizar, fora da robótica, é a oficina de pensamento computacional, oferecida gratuitamente aos alunos no contra-turno escolar. Começou há 3 meses e houve 73 inscrições para 20 vagas. Participam alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º do Ensino Médio. O interesse é grande, e temos recebido consulta de estudantes desde o 5º ano. A capacitação que vimos nessa sexta-feira vem bem ao encontro do que estamos fazendo. Temos um parque de iPads na escola que poderia ser utilizado nessa tecnologia [Everyone Can Code]”, contextualiza.

Para o professor Silvio Langer, coordenador da Assessoria de Planejamento e Controle da Rede Marista, a tecnologia apresentada está alinhada à proposta pedagógica oferecida. “De alguma forma nossos colégios têm essa competência, seja por meio da robótica ou do pensamento computacional. O suporte para a capacitação de professores pode fazer com que não seja apenas um investimento em tecnologia, mas que possamos engajá-los e, sobretudo desenvolver habilidades e competências ligadas à nossa proposta pedagógica, na qual esse programa possa fazer a diferença no processo de aprendizado”, pondera.

Sobre a capacitação

O maranhense Antônio Ferro é um Apple Distinguished Educator e, em Porto Alegre, foi o responsável por ministrar a capacitação para professores da Região Sul, ocorrida na PUCRS. Ele explica no que consiste o Everyone Can Code e quais suas propostas.

Como tem sido a experiência de passar para colegas professores a ideia de programação e desmitificar que é difícil programar?

Tem sido fantástico, pois hoje coding é considerada uma habilidade necessária para o século 21. A inserção na educação regular é um caminho para conseguirmos uma educação de mais qualidade para esse futuro que vem. Percebemos o quanto cada professor se envolve e acreditamos que tem perspectiva de futuro.

 

É possível contemplar as questões pedagógicas e didáticas usando a proposta apresentada neste road show?

O Everyone Can Code já é uma proposta que prevê a parte pedagógica e didática. O professor terá todo o suporte para desenvolver isso em sala de aula. Aquele docente que nunca pensou em trabalhar com códigos também poderá ter a oportunidade, mesmo que não saiba programar. Esse é o diferencial. Isso tem sido muito facilitado com as tecnologias que a Apple está trazendo.

 

Quais são os conhecimentos mínimos que um professor precisa ter em informática para interagir?

O Everyone Can Code e o Swift Plaground para o Ensino Fundamental 1 e 2 integram uma proposta que não exige nenhum conhecimento. Só precisa ter um iPad que o professor consegue desenvolver. Já o Xcode, que é o projeto de Swift para o Ensino Médio, exige algum conhecimento básico de programação. Mas vamos pensar que um professor comece hoje no Swift Playground. Em breve, estará no Xcode, facilmente.

 

Qual o principal propósito dessas capacitações, desse road show que está desenvolvido aqui no Brasil?

A ideia é implantar o Everyone Can Code nas escolas brasileiras. Isso já acontece nos Estados Unidos e no México com muito sucesso. O terceiro país que está recebendo essa proposta é o Brasil. É importante que as escolas se mobilizem para que a Apple possa dar o suporte necessário para elas implantarem.

 

Que resultados estão sendo obtidos no México, que tem uma realidade mais próxima da brasileira?

O resultado México é fantástico. Na Cidade do México, quase 80% das escolas que fazem uso de iPads estão usando Everyone Can Code. Tem sido um sucesso muito grande e ele foi lançado inicialmente em inglês, como está acontecendo aqui. Mesmo assim, avançou. Agora, está sendo lançado em espanhol e, futuramente, aqui no Brasil será lançado em português. Acreditamos que vá crescer muito rápido.

 


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