Fóssil de 220 milhões de anos passa por tomografia para estudo entre UFSM e PUCRS

Crânio de um Proterochampsa nodosa passou por análise no Instituto do Cérebro

22/07/2019 - 15h14
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Daniel de Simão Oliveira e Marco Brandalise. Foto: Flávia Polo

Um fóssil de 220 milhões de anos, que faz parte do acervo do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS desde a década de 70, é objeto de pesquisa do doutorando Daniel de Simão Oliveira, da Universidade Federal de Santa Maria. O crânio de cerca de 44cm é de um Proterochampsa nodosa, primo distante do crocodilo e do dinossauro, que devia medir ao todo cerca de 2,30 metros de comprimento. Este mês, a peça passou por uma tomografia computadorizada no Instituto do Cérebro do RS (InsCer), para que fosse melhor estudada.

“A tomografia nos permite ver a estrutura do fóssil por dentro, sendo possível avaliar os dentes, a mandíbula e a caixa craniana”, explica Oliveira. Ele estuda no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal do Centro de Ciências Naturais e Exatas da Universidade Federal de Santa Maria, e vai trabalhar em colaboração com a PUCRS, que cedeu o material para estudo. Marco Brandalise, professor da Escola de Ciências da PUCRS e responsável pela Coleção de Fósseis do MCT-PUCRS, faz a intermediação entre as duas instituições para o andamento do projeto de pesquisa do doutorando.

Sobre o fóssil

A espécie foi encontrada na cidade de Candelária (RS), mas esse grupo de répteis pré-históricos existia também na Argentina. Durante o Triássico, época em que os crocodilos ainda eram terrestres, o Proterochampsa e seus parentes eram os principais predadores aquáticos, dominando os rios e lagos. O fóssil do Proterochampsa vai ser um dos focos do doutorado de Oliveira, que pretende comparar as características da espécie atual com a antiga, além de redescrever o animal para apresentar um conjunto mais completo sobre o fóssil e, inclusive, definir o nome correto, pois posteriormente foi renomeado como Barberenachampsa. “Irá fazer parte do projeto de doutorado de Daniel Oliveira até mesmo se certificar qual o nome correto a ser mantido para esta espécie”, afirma Brandalise. Para encontrar essas e outras respostas, o estudante dedicará os próximos quatro anos do doutorado, recém iniciado.

Confira imagens:

 

 

 


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