Alunos de medicina surpreendem em arrecadações para o Trote Solidário 2019

Universitários da PUCRS participaram das doações de sangue, alimentos e tampinhas

09/04/2019 - 17h18
Escola de Medicina, Trote Solidário, tampinhas, garrafas pet, doação, arrecadação

Foto: Estudantes da PUCRS juntaram 64 garrafas de 5 litros cheias de tampinhas. Foto: arquivo pessoal.

Calouros e veteranos da Escola de Medicina da PUCRS participaram, durante o mês de março, do Trote Solidário 2019. A iniciativa, organizada pelo Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), uniu 19 faculdades e escolas de medicina do Estado em uma gincana para arrecadar alimentos, doar sangue e coletar tampinhas de garrafa PET. A celebração de encerramento aconteceu no dia 6 de abril, junto à Pedalada da Virada Sustentável, na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Nesse ano, as arrecadações superaram os limites de armazenamento em menos de três semanas.
O objetivo do trote é estimular uma nova cultura nos ritos de recepção dos calouros e incentivar os futuros médicos a contribuírem com a sociedade. Os donativos serão encaminhados ao Instituto do Câncer Infantil e aos Bancos de Sangue e Alimentos do RS.

Expectativas superadas

A edição desse ano surpreendeu logo no início – em menos de três semanas, o número de tampinhas coletadas já era tão expressivo que a pesagem do material precisou ser antecipada, devido à falta de espaço para armazenamento. As equipes arrecadaram 500 garrafas plásticas de cinco litros, todas recheadas com tampinhas. Os resultados também foram positivos na arrecadação de alimentos: em apenas um final de semana, os times de Porto Alegre e Região Metropolitana acumularam um montante de 15 toneladas. As contagens seguem até o dia 30 de abril, quando serão conhecidas as universidades vencedoras e divulgados os dados no portal online da Simers.

Trote Solidário, Escola de Medicina, Universitários, arrecadação, alimentos, sangue, doação

Os alunos formaram um estetoscópio para homenagear o curso. Foto: arquivo pessoal

Para calouros, veteranos e sociedade

Além do caráter solidário, a experiência também é responsável por aproximar quem está iniciando a vida acadêmica e quem já está acostumado aos seus desafios. “O trote acontece junto com outras brincadeiras de recepção e apadrinhamento, é um momento de conexão entre os alunos de todos os períodos. Eles se sentem parte de uma ação nobre”, conta o idealizador da campanha e professor da Escola de Medicina, Alexander Sapiro. O projeto surgiu na PUCRS em 2007, conquistou a simpatia de outras instituições e se dissipou pelo estado. De acordo com o Simers, mais de 1.600 pessoas se envolveram com as atividades em 2019.

Para Letícia Paludo, 22 anos, acadêmica do 7º semestre do curso e organizadora do trote, o evento permite apoiar a comunidade e os calouros ao mesmo tempo. “O mais incrível é ver como a união faz a força. Vamos ao Hemocentro juntos, e, nesse momento, estamos cuidando de quem precisa e uns dos outros”, explica Letícia. Essa é a quarta vez que ela acompanha a iniciativa. “É uma ação voluntária, participa apenas quem quer. Mas o objetivo é esse, mostrar de uma forma divertida que trote de vestibular não precisa ser hostil e ainda pode desenvolver a responsabilidade social”, completa.

Escola de medicina, trote solidário, arrecadação, doação, sangue, alimentos

Veteranos e calouros realizam o trote nas primeiras semanas de aula. Foto: arquivo pessoal

Sobre o Trote Solidário

Em 2018, o Simers apontou um crescimento de 30% nas doações de sangue. Foram 947 doadores, beneficiando aproximadamente 4 mil pessoas. Na arrecadação de alimentos não perecíveis, foram contabilizadas 56,8 toneladas, um crescimento de 60% comparado ao ano anterior, beneficiando mais de 113 mil pessoas. O projeto foi reconhecido com o prêmio Top Cidadania 2013, da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (ABRH-RS) e com o prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia 2014, da ABRH Brasil.

Compartilhe

Outras notícias Veja todas as notícias

  • Últimas publicadas
  • Mais lidas