Saúde no Desenvolvimento Humano

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PROJETO: FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS DE RISCO PARA A DEPENDÊNCIA DE CRACK (COCCAINE)

Cooperação internacional: PUCRS e InsCer e Universidade do Texas – Health Science Center at Houston (EUA)

Professor responsável: Dr. Rodrigo Grassi-Oliveira (PUCRS), Dra. Joy Schimitz e Dra. Consuelo Walss-Bass da UTHealth.

Sobre o projeto: O Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) e a PUCRS possuem acordo de cooperação internacional com a Universidade do Texas – Health Science Center at Houston (EUA) em um estudo inédito no campo de pesquisa da dependência à cocaína tipo crack. A pesquisa prevê uma duração de cinco anos (2018-2023) e possui três objetivos principais: promover o mapeamento genético de 1.000 usuários de crack e 1.000 controles (não usuários); avaliar o impacto da exposição à violência/estresse e como isso poderia “marcar” o DNA; e verificar se o vírus HIV poderia modificar o DNA dos usuários em regiões importantes para o funcionamento cognitivo e comportamental.

O orçamento é de 2,6 milhões de dólares e é proveniente do National Intitute of Health (NIH) dos Estados Unidos. O InsCer e a PUCRS são uma das poucas instituições a contar com um investigador principal (PI) responsável por um grant R01 fora do solo americano. O R01 um dos mecanismos mais tradicionais utilizados pelo NIH para dar suporte a pesquisas inovadoras para promover a melhora da saúde humana.

De acordo com os pesquisadores, um dos principais ganhos do estudo é o de revelar novos alvos de intervenção que promovam novos meios de auxiliar o tratamento do usuário de crack. Além da pesquisa, o acordo de cooperação fechado promove a mobilidade acadêmica, com a vinda de alunos e professores da UTHealth e a ida de docentes e alunos da PUCRS à instituição americana.

Participantes: Rodrigo Grassi-Oliveira, PhD – coordenador (InsCer e PUCRS); Joy Schimitz , PhD – coordenadora (UTHealth); Consuelo Walss-Bass – PhD – coordenadora (UTHealth); Zhongming Zhao, PhD – pesquisador associado (UTHealth); Sabrina Esteves de Matos Almeida, PhD – pesquisadora associada (UFRGS); Madhavi Reddy, PhD – pesquisadora associada (UTHealth); Claiton Henrique Dotto Bau, PhD – pesquisador associado (UFRGS); Diego Luiz Rovaris, PhD – aluno de pós-doutorado (UFRGS); Breno Sanvicente-Vieira, MSc – aluno de pós-doutorado (PUCRS), Aline Zaparte, MSc, PhD -aluna de pós-doutorado (PUCRS) e Thiago Wendt Viola, MSc, PhD – aluno de pós-doutorado (PUCRS).

PROJETO: VALIDAÇÃO DA ESCALA DE COMPORTAMENTO EM SAÚDE DA FAMÍLIA, FAMILY HEALTH BEHAVIOR SCALE, EM CRIANÇAS PARA USO NO BRASIL

Cooperação internacional: Baylor College of Medicine (EUA) e Concordia University (Canadá).

Professor responsável: Profª. Rita Mattiello

Sobre o projeto: A obesidade infantil é um problema de saúde pública a nível mundial. Apesar da prevalência de excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes, não existe um instrumento validado no Brasil que avalie os comportamentos das famílias que podem influenciar na obesidade. Dentre os instrumentos disponíveis para essa avaliação, o “Family Health Behavior Scale” (FHBS), pode ser considerado uma ferramenta factível para a nossa população, pois avalia os comportamentos dos pais e dos filhos, rotinas de alimentação e atividade física.

Objetivos: Validar o questionário “Family Health Behavior Scale” em Português para uso em crianças Brasileiras; evidenciar a potencialidade dos modelos da Teoria de Resposta ao Item na análise de dados oriundos da escala de comportamento de saúde da família “Family Health Behavior Scale” na nossa população; avaliar o comportamento da saúde da família avaliadas mediante a aplicação da escala “Family Health Behavior Scale” em Português,  avaliar o desempenho da versão online do questionário e promover uma rede nacional e internacional de pesquisas e intervenções na área do diagnóstico e promoção da saúde familiar.

Resultados esperados: Espera-se que a escala “Family health behavior scale” tenha um bom desempenho na população brasileira e que o instrumento possa auxiliar no diagnóstico e nas intervenções relacionadas aos comportamentos familiares. A pesquisa também poderá promover uma rede nacional e internacional de pesquisas e intervenções na área do diagnóstico e promoção da saúde familiar

Participantes: Stela Maris de Jezus Castro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Matias Epifanio (PUCRS), Gabriela C. Forte (PUCRS), Edgar E. Sarria (UNISC), Valmin Silva (EMESCAM), Jennette Palcic Moreno (Baylor College of Medicine) e Linda Booij (Concordia University).

PROJETO: QUIMIOTERAPIA VERSUS DISBIOSE: INTERAÇÕES NEUROIMUNES

Cooperação internacional: Departamento de Farmacologia e Fisiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Montréal (Canadá); Laboratório de Interação Microbioma e Hospedeiro, Universidade Bar-Ilan, Ramat-Gan (Israel).

Professor responsável: Sébastien Talbot, PhD, Professor Adjunto (UdeM); Maria Martha Campos, PhD, Professora Titular (PUCRS).

Sobre o projeto: Nos últimos anos, foram obtidos diversos avanços sobre a relevância das interações entre neurônios e células imunes, indicando um funcionamento integrado e coordenado dessas células. O projeto tem por objetivo investigar como a ativação de neurônios do sistema nervoso entérico pode modular o microambiente gastrintestinal, avaliando o impacto da disbiose sobre esses neurônios, diante da exposição à quimioterapia para o câncer. Os dados do presente estudo podem contribuir para identificar novas abordagens para melhorar o tratamento do câncer, a fim de contornar os mecanismos de resistência de células tumorais.

Participantes:  Rodrigo Braccini Madeira da Silva, PhD, Bolsista DTI-A (PUCRS); Nissan Yissachar, PhD, Laboratory for Host-Microbiome Interactions (Bar-Ilan University/Israel).

PROJETO: THE TWO SIDES OF THE COIN OF PSYCHOSOCIAL STRESS: EVALUATION BY POSITRON EMISSION TOMOGRAPHY

Cooperação internacional: Medical Center Groningen (UMCG) (Holanda)

Professor responsável: Dr. Cristina Maria Moriguchi Jeckel (PUCRS); Rudi A.J.O. Dierckx, MD, PhD (UMCG)

Sobre o projeto: A depressão é uma doença multifatorial, com alta incidência na população em geral e associada a elevada incapacidade, mortalidade e ônus econômico para a sociedade. Como a depressão está implicada na redução da qualidade de vida de quase metade dos pacientes devido a ineficácia terapêutica torna-se de suma importância elucidar os mecanismos fisiopatológicos subjacentes ao transtorno. Estressores psicossociais e físicos capazes de induzir (neuro) inflamação parecem ser um possível papel causal da depressão maior, em particular no subgrupo de pacientes depressivos resistentes ao tratamento. No passado, as alterações cerebrais relacionadas com o distúrbio só podiam ser obtidas post mortem, infelizmente muitas vezes em vítimas de suicídio deprimidas. Nesse contexto, o presente estudo utilizou o PET como ferramenta para obter imagens cerebrais in vivo não invasivas que permitiram investigar possíveis alterações no cérebro de pacientes deprimidos vivos. A tese teve como objetivo abordar a hipótese neuroinflamatória da depressão, utilizando o estresse psicossocial como fator predisponente para transtornos de humor, como depressão e agressão, avaliados por meio da PET.

Durante o período do doutorado em dupla titulação (PUCRS-UMCG) foram publicados quatro artigos originais e uma revisão em periódicos indexados de alto fator de impacto. Sintetizando os achados, concluiu-se que insight proporcionado por essa técnica poderia estratificar os pacientes com base em biomarcadores alterados e, assim, melhorar as estratégias de tratamento direcionadas.

Participantes: Paula Kopschina Feltes (PUCRS); Erik F. J. de Vries, PhD (UMCG); Janine Doorduin, PhD (UMCG); Cristina Maria Moriguchi Jeckel (PUCRS).

PROJETO: FUNCIONAMENTO COGNITIVO E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL

Cooperação internacional: Universidad Católica de Valencia San Vicente Mártir (UCV) (Espanha)

Professor responsável: Profª. Tatiana Quarti Irigaray

Sobre o projeto: Estima-se que 46,8 milhões de pessoas viviam com demência em 2015 e que, em 2050, serão 131,5 milhões de pessoas acometidas no mundo inteiro (WORLD ALZHEIMER’S REPORT, 2016). Embora a prevalência de demências seja alta, seu nível de detecção ainda é baixo, tendo em vista que o declínio da memória é comum ao longo do envelhecimento. A subdetecção da demência pode ocorrer devido ao desconhecimento das alterações cognitivas esperadas no processo de envelhecimento normal. O envelhecimento da população é uma preocupação mundial e assim, ressalta-se a importância de criar estratégias de prevenção e manutenção de saúde. O objetivo deste projeto é comparar o desempenho cognitivo, a reserva cognitiva e a percepção de qualidade de vida de idosos em um intervalo de quatro anos. Para isso, foi realizada uma pesquisa longitudinal, em que os participantes foram avaliados, após o intervalo de quatro anos. A etapa I ocorreu em 2013 e avaliou 108 idosos, selecionados por conveniência. A etapa II, ocorreu em 2017. Para a avaliação, foram utilizados instrumentos que investigavam aspectos sociodemográficos, cognição e qualidade de vida. Os dados coletados serão analisados em parceria com Profª. Carmen, da Universidade Católica de Valencia San Vicente Mártir (UCV). Pretende-se analisar os dados já coletados, enfocando o desenvolvimento e aplicação de modelos matemáticos que permitam estudar o funcionamento cognitivo desses idosos, por meio de análises matemáticas mais avançadas, como redes bayesianas e modelos de equações estruturais.

Participantes: Tatiana Quarti Irigaray, Irani Iracema de Lima Argimon, Carmen Moret-Tatay (UCV), Marianne Farina (doutoranda) e alunos de iniciação científica.