Manuscritos da Coleção De Angelis

A inicialmente denominada “Coleção de obras impressas e manuscritas que tratam principalmente do Rio da Prata” foi reunida pelo militar, professor de história e diplomata Pedro De Angelis (Nápoles, Itália, 1784 – Nápoles – Buenos Aires, Argentina, 1859), durante sua estada na capital portenha, no período de 1820 até 1852. Exilado após a queda de Rosas, De Angelis conseguiu negociar com a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que adquiriu grande parte de sua Coleção.

Há imagens de mais de 1.200 documentos manuscritos, produzidos no período compreendido entre o século XVI e o século XIX. São documentos originais e cópias autênticas de relatos, correspondências e processos de vários tipos, que atestam a conturbada história das áreas de fronteira entre as Américas Portuguesa e Espanhola.

Parte significativa da Coleção é composta de documentos produzidos pelos jesuítas, que atuaram na América Meridional, nos quais são detalhadas a constituição e o desenvolvimento das reduções. Entre eles, destacam-se inúmeras referências aos grupos indígenas Guarani, Gualacho, Guañana, Itatins, Minuanos e Charruas, além de outros. Também estão presentes documentos sobre os Tratados de Limites, estabelecidos entre Portugal e Espanha, a partir de 1750, e os impactos da demarcação de fronteira entre os grupos nativos.

A cópia existente no Delfos é composta por 41 rolos de microfilme e foi adquirida pelo programa de Pós Graduação em História (PPGH-PUCRS), por meio de verba do Programa de Apoio à Pós-Graduação da CAPES (PROAP-CAPES/1997).