Pedro Geraldo Escosteguy

(Santana do Livramento, RS, 1916 – Porto Alegre, RS, 1989).

Foi médico, poeta, contista, pintor e escultor. Dedicou-se à medicina por mais de 40 anos tendo publicado trabalhos técnicos em congressos nacionais e internacionais na sua especialidade, gastroenterologia, e lecionado em vários cursos.
Na literatura, destacou-se como membro do Grupo Quixote. Publicou livros de poesias como Cantos à Beira do Tempo (1955), e A Palavra e o Dançarino (1958), artigos de crítica em jornais e, na Revista O Cruzeiro, os “anticontos”.

Nas artes plásticas, participou dos grandes movimentos de vanguarda dos anos 1960 e 1970 e atuou como um dos mentores da vanguarda tipicamente brasileira, lançando as bases de uma arte relacionada à realidade, à ideia do novo e à participação do espectador. Seu trabalho é reconhecido em âmbito nacional e internacional, tendo participado de várias exposições dentro e fora do país e sendo premiado em muitas delas. Foi o criador de Pintura táctil que, na opinião de Oiticica, é a primeira obra plástica propriamente dita com caráter participante no sentido político.

Em seu acervo no Delfos, é possível encontrar obras de arte, manuscritos, livros, fotografias, objetos pessoais, recortes de jornais, material do Grupo Quixote.