atividade física para idosos

Foto: Divulgação

Melhorar a condição de saúde de idosos em vulnerabilidade social por meio da prática de exercícios físicos. Esse é o objetivo do Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos (PIAFI), promovido pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e do Hospital São Lucas (HSL), ambos unidades da PUCRS, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso em Porto Alegre (COMUI).  

Neste 26 de julho, Dia dos Avós, a pauta ganha um significado ainda maior, pois reforça a importância do incentivo ao bem-estar integral da pessoa idosa. Pensando nisso, o programa compreende diferentes modalidades, as Gerontoatividades, em que o objetivo é a prevenção e o tratamento das principais doenças que incidem no envelhecimento e dos sintomas que comprometem a qualidade de vida dos idosos. A partir desse trabalho, busca-se colaborar para que estas pessoas consigam envelhecer com autonomia e independência.  

“O envelhecimento com qualidade é um dos maiores desafios da nossa sociedade atual, tanto que a OMS declarou a década de 2021-2030 como a década do envelhecimento saudável. O PIAFI tem o objetivo ambicioso de inserir a atividade física personalizada para cada idoso como uma medida de saúde pública para reduzir o risco de doenças crônicas, promover a interação social, assegurar a funcionalidade e independência dos nossos idosos”, explica diretor do IGG, Douglas Kazutoshi Sato. 

Atividade física para idosos 

atividade física para idosos, prática esportivas, piafi

Foto: Bruno Todeschini

Coordenado pelo IGG, o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos tem a meta inicial de prestar assistência gratuita para 200 idosos em vulnerabilidade social, residentes de Porto Alegre. Os idosos terão acesso ao programa por meio do atendimento nos ambulatórios do SUS do Hospital São Lucas da PUCRS. Então, serão encaminhados pelos médicos assistentes a participarem do projeto, que ocorrerá nas instalações do Parque Esportivo da PUCRS.  

Nesta etapa inicial, estão sendo realizadas capacitações dos profissionais de Educação Física que irão monitorar as atividades realizadas com os integrantes do Programa. Inicialmente, serão formadas turmas de 25 idosos para a realização de atividades como Ginástica Curativa Chinesa, Caminhada Orientada, Pilates, Danças Circulares, Atividade Aquáticas, entre outras.  

Posteriormente, os idosos atendidos nos postos de saúde do Município de Porto Alegre também poderão participar do Programa, desde que tenham uma indicação médica e a realizem uma avaliação física de pré-participação. 

“Tudo isso tem o objetivo final de servir como um exemplo de como podemos melhorar a qualidade de vida dos idosos que vivem na nossa cidade de Porto Alegre”, afirma Sato. 

Leia também: Entrevista: Bernardinho comenta os impactos do esporte no desenvolvimento profissional

atividade física para idosos

Foto: Divulgação

Melhorar a condição de saúde de idosos em vulnerabilidade social por meio da prática de exercícios físicos. Esse é o objetivo do Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos (PIAFI), promovido pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e do Hospital São Lucas (HSL), ambos unidades da PUCRS, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso em Porto Alegre (COMUI).  

Neste 26 de julho, Dia dos Avós, a pauta ganha um significado ainda maior, pois reforça a importância do incentivo ao bem-estar integral da pessoa idosa. Pensando nisso, o programa compreende diferentes modalidades, as Gerontoatividades, em que o objetivo é a prevenção e o tratamento das principais doenças que incidem no envelhecimento e dos sintomas que comprometem a qualidade de vida dos idosos. A partir desse trabalho, busca-se colaborar para que estas pessoas consigam envelhecer com autonomia e independência.  

“O envelhecimento com qualidade é um dos maiores desafios da nossa sociedade atual, tanto que a OMS declarou a década de 2021-2030 como a década do envelhecimento saudável. O PIAFI tem o objetivo ambicioso de inserir a atividade física personalizada para cada idoso como uma medida de saúde pública para reduzir o risco de doenças crônicas, promover a interação social, assegurar a funcionalidade e independência dos nossos idosos”, explica o diretor do IGG, Douglas Kazutoshi Sato. 

Atividade física para idosos 

atividade física para idosos, prática esportivas, piafi

Foto: Bruno Todeschini

Coordenado pelo IGG, o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos tem a meta inicial de prestar assistência gratuita para 200 idosos em vulnerabilidade social, residentes de Porto Alegre. Os idosos terão acesso ao programa por meio do atendimento nos ambulatórios do SUS do Hospital São Lucas da PUCRS. Então, serão encaminhados pelos médicos assistentes a participarem do projeto, que ocorrerá nas instalações do Parque Esportivo da PUCRS.  

Nesta etapa inicial, estão sendo realizadas capacitações dos profissionais de Educação Física que irão monitorar as atividades realizadas com os integrantes do Programa. Inicialmente, serão formadas turmas de 25 idosos para a realização de atividades como Ginástica Curativa Chinesa, Caminhada Orientada, Pilates, Danças Circulares, Atividade Aquáticas, entre outras.  

Posteriormente, os idosos atendidos nos postos de saúde do Município de Porto Alegre também poderão participar do Programa, desde que tenham uma indicação médica e realizem uma avaliação física de pré-participação. 

“Tudo isso tem o objetivo final de servir como um exemplo de como podemos melhorar a qualidade de vida dos idosos que vivem na nossa cidade de Porto Alegre”, afirma Sato. 

Leia também: Entrevista: Bernardinho comenta os impactos do esporte no desenvolvimento profissional

bernardinho

Foto: Reprodução / Instagram Escola de Vôlei Bernardinho

Habilidade para se conectar com o grupo, disciplina, tolerância e respeito às diferenças. Sabemos que o esporte pode acrescentar muito mais do que apenas condicionamento físico. Para conversar sobre o assunto e compreender de que maneira a prática esportiva pode contribuir também com o desenvolvimento profissional, convidamos Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, para compartilhar conosco um pouco da experiência adquirida ao longo de uma trajetória de 44 anos no voleibol como atleta e técnico.  

Segundo ele, algumas características fundamentais podem ser ensinadas para profissionais de todas as áreas de maneira rápida por meio da prática do esporte, como disciplina, resiliência e trabalho em equipe.  A Escola de Vôlei Bernardinho (EVB) situada no Parque Esportivo da Universidade é uma oportunidade para jovens que querem iniciar no universo do esporte por meio da metodologia desenvolvida pelo reconhecido técnico da Seleção Brasileira. 

Disciplina e resiliência 

Ele explica que disciplina é fundamental, pois é necessária para a realização de tudo aquilo que compõe o desenvolvimento de alguém como pessoa e como profissional: dedicação aos estudos, a um estágio, a um trabalho. Essa disciplina, para Bernardinho, é necessária em qualquer nível em que se pratica um esporte:  

“Não é que você seja um profissional, mas é o mínimo. Eu quero correr cinco quilômetros, dez quilômetros, tem que ter disciplina no treinamento. Então, ele traz na sua origem, na sua essência, a questão da disciplina como sendo o primeiro aspecto”, ressalta.  

Além da disciplina, outra virtude fundamental que, segundo Bernardinho, os estudantes podem levar do esporte para a vida profissional é a resiliência: em qualquer profissão, haverá nãos, haverá revezes. Assim como no esporte, onde há perdas e decepções – o caminho, quando isso acontece, é treinar e praticar novamente, para melhorar o desempenho nas próximas vezes. 

Oportunidades de carreira no esporte 

Quando se fala em carreira, a importância do esporte vai além dos ensinamentos e lições para a vida: as possibilidades de atuação no mercado esportivo são muito diversas. Além do tradicional caminho de se tornar um atleta profissional,  Bernardinho explica que há outras áreas em expansão no esporte, como a do entretenimento. Afinal, grandes eventos esportivos, como as Olimpíadas, mobilizam o Brasil. Há também áreas como a de gestão do esporte, treinamento e desenvolvimento físico.  

“Existem muitas possibilidades em torno do esporte para quem curte estar imerso na área. Se você não quer ser um jogador, mas se interessa pelo universo, pode buscar funções diferentes, como gestão e administração, por exemplo, para montar um projeto esportivo bacana e atuar nessas áreas.” 

Outra área que vêm ganhando importância no esporte é a psicologia. Nos dias de hoje, as discussões sobre saúde mental se fazem cada vez mais presentes – em todos os âmbitos da sociedade, não apenas no esporte. Bernardinho conta que, em seu início de carreira, ele nunca se deparou com alguma situação referente à saúde mental no meio esportivo, pois a pauta não era tão debatida quanto hoje. Ele também destaca que, por esse motivo, é fundamental que haja bons profissionais da psicologia, capazes de lidar com diferentes quadros de saúde mental e interceder adequadamente. 

“Quando a Simone Biles, a grande atleta americana, não competiu nas olimpíadas, isso chamou a atenção do mundo. Fala-se em burnout, fala-se em estresse, fala-se de depressão. O esporte expôs isso que está na vida de todos nós. O esporte exemplifica, ilustra as situações da vida”. 

Vidas transformadas pelo esporte  

bernardinho

Foto: Reprodução / Instagram Escola de Vôlei Bernardinho

Ainda que ocorram casos de discriminação e preconceito no esporte, Bernardinho afirma que é um meio onde os jovens aprendem muito sobre tolerância e respeito às diferenças. Em alguns casos, o ambiente esportivo pode ajudar até mesmo a mudar a visão de mundo de jovens que vêm de uma realidade de privilégios. Além da tolerância e do abraço à diversidade, há também o incentivo da cooperação e auxílio entre as partes de um time, quando há diferenças de preparo ou de aptidão. 

“A quadra é um espaço democrático. O que importa se ele é branco, roxo, preto, moreno, azul? Ele é seu companheiro de quadra, ele é seu parceiro de vida, ele vai para luta com você.” 

Seja por meio dos valores transmitidos ou pelas possibilidades de carreira, o esporte tem a capacidade de transformar a vida e garantir um futuro melhor para muitos jovens. Bernardinho coleciona diversos exemplos disso: alunos que passaram por sua escolinha e seguiram carreiras promissoras em diferentes áreas. Também há aqueles que de fato se tornaram atletas profissionais – aqui, o técnico conta de uma atleta que começou na escolinha e depois foi jogar profissionalmente, tornando-se vice-campeã olímpica e jogar na Polônia. Ele cita também Bruno Rezende, seu filho, que atualmente joga na posição de levantador na seleção brasileira de vôlei. 

Outro exemplo, talvez um dos mais famosos, é Sergio Dutra Santos, o Serginho Escadinha. Aposentado desde 2020, o ex-jogador é tido como um dos maiores atletas da história do Brasil. Apesar de não ter saído da escolinha de Bernardinho, ele o cita como uma das histórias mais clássicas do voleibol. “Quando um jovem da periferia tem uma oportunidade no esporte, na escolinha, na seleção… ele transforma a vida dele, da família dele e de todos por meio do esporte”. 

Os ex-alunos da escolinha que não seguiram carreira de atletas também se destacam, segundo Bernardinho. Ele relembra do dia em que reencontrou uma de suas ex-alunas em um avião para Belo Horizonte:  

“Ela foi tirar a bagagem daquele compartimento em cima, olhou para mim e disse ‘você não vai lembrar de mim, mas eu fui da sua escolinha. Hoje eu sou advogada e todos os dias eu uso alguma lição, alguma experiência que eu tive na escolinha com os professores’”.  

Ele conta também o caso de um aluno apaixonado pelo esporte, no entanto, tinha limitações. Não seguiu como jogador, em vez disso, seguiu seu sonho de ser jornalista esportivo. Há ainda o caso de uma menina que estudou há muitos anos na escolinha, estudou administração fora do país e hoje trabalha com Bernardinho, como gestora em um de seus projetos.  

O cenário esportivo no Brasil 

bernardinho

Foto: Reprodução / Instagram Escola de Vôlei Bernardinho

Para Bernardinho, o cenário esportivo no Brasil, à parte do futebol, não é dos melhores. Apesar da grande quantidade de talentos no vôlei – e nos outros esportes também – que existem no país, não há investimento suficiente. “Você vê uma cidade olímpica como o Rio de Janeiro, o legado que deixou foi muito pequeno e uma festa lindíssima que aconteceu em 2016, mas pouca coisa a partir de então foi feita com tudo aquilo que foi construído”. Ele cita o exemplo do Rio Grande do Sul, que mesmo com um grande potencial no vôlei, é prejudicado por essa realidade. 

“O Rio Grande do Sul, que é um estado de tradição do meu esporte e mesmo assim há muito tempo não vemos um time profissional feminino no campeonato brasileiro. Puxa vida, mas tantas atletas saíram do Sul, tantas jovens. Enfim, milhares de experiências incríveis e grandes clubes também. Olhando especificamente pro Rio Grande do Sul e ampliando isso, nós vivemos hoje uma certa crise de investimentos, mas mais do que isso, não existe um projeto nacional de esportes”. 

O técnico acredita que deveriam existir mais iniciativas no Brasil como o Parque Esportivo da PUCRS, principalmente nos ambientes acadêmicos, como escolas e universidades. Afinal, é onde os jovens estão se preparando para “ir para o mundo”, empreender e fazer suas carreiras.  

“O ideal é que investíssemos mais nessas instituições para que toda a população tivesse acesso. Imagina você ampliar essa base de praticantes? Propiciar aos nossos jovens ferramentas bacanas na prática do esporte. Devia ser quase como uma responsabilidade”. 

Conheça a EVB 

A Escola de Vôlei Bernardinho localizada no Parque Esportivo da PUCRS oferece um serviço personalizado e adequado às necessidades de alunas e alunos. Com professores capacitados, preza pela disciplina, cooperação, responsabilidade e superação. 

Com modalidades do esporte para crianças a partir dos sete anos, prioriza o aprendizado de maneira lúdica e dinâmica. Todas as categorias seguem a mesma metodologia de ensino, com cada aula dividida em três momentos: 

Agende uma aula experimental através do WhatsApp (51) 98443-0788. 

A PUCRS, por meio do núcleo de pesquisa Human Factors and Resilience Research (HFACTORS), iniciou um projeto com profissionais da área da saúde em Porto Alegre. O objetivo é identificar questões relacionadas a bem-estar, saúde mental e segurança a partir da percepção desses profissionais, que estão entre os que mais sofrem de esgotamento no ambiente de trabalho. 

Apesar de não haver perguntas relacionadas à pandemia de Covid-19, os resultados do estudo deverão ser impactados por esse contexto e mostrar, de alguma forma, como essa área foi afetada. A meta é que aproximadamente 500 pessoas do setor da saúde, que atuem em hospitais, respondam a questionário com uma série de variáveis, como liderança, carreira e autocuidado. A pesquisa inicia sendo aplicada com os funcionários do Ernesto Dornelles, em um segundo momento sendo aplicada no Hospital São Lucas da PUCRS e posteriormente ampliada para outras instituições hospitalares da Capital. 

“Essa pesquisa está sendo realizada justamente em um momento de pandemia que é um importante estressor. É um momento histórico que estamos vivendo, de imprevistos e de incertezas”, observa uma das pesquisadoras envolvidas Maria Isabel Barros Bellini, que é professora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da PUCRS. 

Segundo a pós-doutoranda do HFACTORS Fernanda Xavier Arena, os profissionais da saúde já têm um índice elevado de esgotamento. “A pandemia aumentou ainda mais o sofrimento”, acrescenta. 

Nesse sentido, a pesquisa também observará a presença de práticas de autocuidado, as quais servem de estratégia para lidar com o estresse causado pelo trabalho. Uma revisão de pesquisas sobre o assunto mostrou que atividades de lazer, esporte, atenção plena e meditação, por exemplo, reduzem o risco de desenvolvimento da síndrome de Burnout, que o esgotamento decorrente de estresse crônico no local de trabalho, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

As pesquisadoras consideram que, durante a pandemia, alguns espaços que funcionavam como locais de interação, atividades e lazer foram fechados, o que contribuiu processos de sofrimento e isolamento. “Com o agravamento dos sintomas, vem a importância do autocuidado como uma das formas de enfrentamento”, ressalta Bellini. 

De forma geral, o estudo trará um panorama, a partir de múltiplas variáveis, sobre a relação dos trabalhadores com o seu trabalho. “Queremos entender um pouco mais a relação que os trabalhadores têm com seu trabalho e sobre o próprio contexto desse ambiente e desse trabalho realizado”, explica a doutoranda Daniela Boucinha, psicóloga que também faz parte da equipe. 

A pesquisadora informou que o objetivo é também investigar a influência que a liderança exerce sobre as questões relacionadas a bem-estar, saúde mental e segurança. “Queremos saber da relação entre líderes e liderados”, disse Boucinha. 

Entre os benefícios da pesquisa, Arena, que é assistente social e tem doutorado em Psicologia, observa que, a partir do conhecimento das percepções dos trabalhadores, é possível elaborar alternativas. Segundo ela, o conhecimento das condições de trabalho auxilia no aprimoramento das práticas de autocuidado, o que também impacta na melhoria das condições de trabalho na otimização do atendimento prestado. 

A pesquisa conta ainda com a professora de Psicologia da PUCRS Manoela Ziebell de Oliveira e com a pós-doutoranda Lidiany de Lima Cavalcante e tem característica interdisciplinar. O grupo de trabalho se ampara na experiência de projetos desenvolvidos desde 2014 com abordagem de Fatores Humanos e Engenharia de Resiliência no setor de óleo e gás. Por demanda externa, agora expande sua atuação para o segmento da saúde. 

Sobre o HFACTORS 

O Human Factors and Resilience Research (HFACTORS) é núcleo vinculado à Escola Politécnica da PUCRS, em parceria com a Escola de Negócios, formado por profissionais de diferentes formações, como Engenharia de Resiliência, Sociologia, Serviço Social, Psicologia, Engenharia, Mídia e Gestão do Conhecimento. A equipe estuda e desenvolvendo soluções, principalmente de segurança, em sistemas sociotécnicos complexos. O que vincula todos os pesquisadores do núcleo é a abordagem de Fatores Humanos a qual observa a interação do homem com o ambiente de trabalho, incluindo os fatores ambientais e organizacionais. A Coordenação Geral do HFACTORS está sob a responsabilidade do Prof. Dr. Eduardo Giugliani.

esportes no inverno

Foto: Alesia Kozik/Pexels

Durante o inverno, é comum que as pessoas apresentem um apetite maior – principalmente por alimentos gordurosos – e menos disposição para sair de casa e praticar atividades físicas. No entanto, há aqueles que vão na contramão dessa tendência e procuram manter o hábito de fazer exercícios mesmo nos dias mais frios. 

Quem está nesse caminho são os comunicadores Alice Bastos Neves e Luciano Périco, que protagonizam a série Caminhos Para a Vitória. Produzida pelo Grupo RBS em parceria com a PUCRS, e exibida às terças-feiras durante o Globo Esporte, a série em formato de reality show foi gravada em diferentes lugares do Campus da Saúde, como o Hospital São Lucas e o Parque Esportivo.

A segunda temporada, cujo primeiro episódio estreou no dia 17 de maio, acompanha Alice e Lucianinho se preparando para cobrir a Copa do Mundo no Catar, que ocorrerá em novembro deste ano. Além da imersão nos aspectos da cultura local, os episódios mostram os jornalistas indo a consultas médicas, treinos de academia e até mesmo correndo na Rústica de Porto Alegre.  

Para aqueles que, assim como os dois apresentadores, pretendem manter o hábito da prática de esportes no inverno e, ao mesmo tempo querem cuidar da alimentação, o professor Giuseppe Potrick Stefani, docente do curso de Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, dá dicas de como cuidar do bem-estar físico nos dias mais gelados. Confira:

1) Mantenha-se hidratado

É importante manter a hidratação tanto antes quanto após o exercício físico. Durante o inverno podemos reduzir naturalmente o consumo de líquidos sem mesmo perceber. Tomar de um a dois copos médios e meio duas horas antes do início do exercício garantirá que você irá iniciar o treino hidratado(a).

2) Preste atenção aos sinais do corpo

Fique atento(a) aos sinais que seu corpo está comunicando. No frio, geralmente comemos mais e fazemos refeições com um padrão mais denso de energia. A sensação de saciedade após uma refeição pré/pós-treino deve ser observada com cautela para não haver exageros no consumo.

3) Busque opções quentes de lanches

Caminhos para a Vitória será protagonizado por comunicadores do Grupo RBS

Reality show será protagonizado pelos comunicadores Luciano Périco e Alice Bastos Neves / Foto: André Ávila/Agência RBS

É sempre bom variar o tipo de refeição, especialmente nos dias frios. Monotonia alimentar é um hábito que todos nutricionistas incentivam que se abra mão. Portanto, se puder ser uma versão quente, mude!

4) INCLUA LEGUMES COZIDOS NAS REFEIÇÕES

Inclua mais vegetais refogados ou cozidos na sua alimentação. No frio, geralmente, uma salada fria não é a primeira escolha de muitas pessoas. Por isto, opções veganas quentes que podem enriquecer a cor e qualidade nutricional do seu almoço e/ou jantar. Sempre que possível, tente optar por opções orgânicas, especialmente de feiras próximas a você.

5) USE BEBIDAS QUENTES COMO ACOMPANHAMENTO NOS LANCHES

Cafés, chás e outras bebidas quentes são excelentes opções para acompanhar lanches intermediários. Sempre que possível, use opções saudáveis para deixar seu lanche mais saboroso e até mesmo ganhar um “plus” de desempenho físico. Café em doses habituais pode ser um excelente estimulante para aumentar o desempenho do seu treino. Só cuide para não exagerar na dose de uma só vez! 

Dica bônus PARA FAZER ESPORTES NO INVERNO: 

Evite esquentar preparações com suplementos de proteínas: o aquecimento excessivo presente em preparações “fit” contendo suplementos de whey protein acaba desnaturando proteínas da receita. Isso significa que você não perderá o conteúdo total de proteínas, mas o calor irá modificar os efeitos biológicos delas. Por isso, busque consumir as preparações frias ou em temperatura ambiente. 

Leia também: 5 dicas: cuidados para se ter com a saúde ao longo do ano 

esportes no inverno

Foto: Alesia Kozik/Pexels

Durante o inverno, é comum que as pessoas apresentem um apetite maior – principalmente por alimentos gordurosos – e menos disposição para sair de casa e praticar atividades físicas. No entanto, há aqueles que vão na contramão dessa tendência e procuram manter o hábito de fazer exercícios mesmo nos dias mais frios. 

Quem está nesse caminho são os comunicadores Alice Bastos Neves e Luciano Périco, que protagonizam a série Caminhos Para a Vitória. Produzida pelo Grupo RBS em parceria com a PUCRS, e exibida às terças-feiras durante o Globo Esporte, a série em formato de reality show foi gravada em diferentes lugares do Campus da Saúde, como o Hospital São Lucas e o Parque Esportivo.

A segunda temporada, cujo primeiro episódio estreou no dia 17 de maio, acompanha Alice e Lucianinho se preparando para cobrir a Copa do Mundo no Catar, que ocorrerá em novembro deste ano. Além da imersão nos aspectos da cultura local, os episódios mostram os jornalistas indo a consultas médicas, treinos de academia e até mesmo correndo na Rústica de Porto Alegre.  

Para aqueles que, assim como os dois apresentadores, pretendem manter o hábito da prática de esportes no inverno e, ao mesmo tempo querem cuidar da alimentação, o professor Giuseppe Potrick Stefani, docente do curso de Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, dá dicas de como cuidar do bem-estar físico nos dias mais gelados. Confira:

1) Mantenha-se hidratado

É importante manter a hidratação tanto antes quanto após o exercício físico. Durante o inverno podemos reduzir naturalmente o consumo de líquidos sem mesmo perceber. Tomar de um a dois copos médios e meio duas horas antes do início do exercício garantirá que você irá iniciar o treino hidratado(a).

2) Preste atenção aos sinais do corpo

Fique atento(a) aos sinais que seu corpo está comunicando. No frio, geralmente comemos mais e fazemos refeições com um padrão mais denso de energia. A sensação de saciedade após uma refeição pré/pós-treino deve ser observada com cautela para não haver exageros no consumo.

3) Busque opções quentes de lanches

Caminhos para a Vitória será protagonizado por comunicadores do Grupo RBS

Reality show será protagonizado pelos comunicadores Luciano Périco e Alice Bastos Neves / Foto: André Ávila/Agência RBS

É sempre bom variar o tipo de refeição, especialmente nos dias frios. Monotonia alimentar é um hábito que todos nutricionistas incentivam que se abra mão. Portanto, se puder ser uma versão quente, mude!

4) INCLUA LEGUMES COZIDOS NAS REFEIÇÕES

Inclua mais vegetais refogados ou cozidos na sua alimentação. No frio, geralmente, uma salada fria não é a primeira escolha de muitas pessoas. Por isto, opções veganas quentes que podem enriquecer a cor e qualidade nutricional do seu almoço e/ou jantar. Sempre que possível, tente optar por opções orgânicas, especialmente de feiras próximas a você.

5) USE BEBIDAS QUENTES COMO ACOMPANHAMENTO NOS LANCHES

Cafés, chás e outras bebidas quentes são excelentes opções para acompanhar lanches intermediários. Sempre que possível, use opções saudáveis para deixar seu lanche mais saboroso e até mesmo ganhar um “plus” de desempenho físico. Café em doses habituais pode ser um excelente estimulante para aumentar o desempenho do seu treino. Só cuide para não exagerar na dose de uma só vez! 

Dica bônus PARA FAZER ESPORTES NO INVERNO: 

Evite esquentar preparações com suplementos de proteínas: o aquecimento excessivo presente em preparações “fit” contendo suplementos de whey protein acaba desnaturando proteínas da receita. Isso significa que você não perderá o conteúdo total de proteínas, mas o calor irá modificar os efeitos biológicos delas. Por isso, busque consumir as preparações frias ou em temperatura ambiente. 

Leia também: 5 dicas: cuidados para se ter com a saúde ao longo do ano 

Vacina DengueO Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) está recrutando voluntários/as para a fase final da pesquisa de uma vacina contra a dengue. A pesquisa para o desenvolvimento do imunizante está em andamento desde 2009, conduzida pelo Instituto Butantan em parceria com o Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas, dos Estados Unidos. O HSL integra o estudo desde 2016, sendo o único centro de pesquisa do Sul do País a participar.

Serão selecionados cerca de 700 voluntários/as entre 18 e 59 anos, saudáveis e não gestantes que ainda não tiveram Dengue. O estudo é coordenado pelo infectologista e diretor técnico do HSL, Fabiano Ramos, que também foi o responsável pelos testes da vacina contra o coronavírus na instituição. Para ele, a testagem do imunizante contra a dengue é um avanço de extrema importância na ciência, com acesso universal da dose que deve entrar no calendário do SUS até 2024. “Desenvolver uma vacina de dose única, bastante segura e com uma eficácia alta traz realmente uma esperança de diminuição da doença e, principalmente, de casos graves como os que tem acontecido com aumento significativo neste ano”.

Ele destaca ainda que o imunizante deverá ser liberado para produção a partir de 2024. Segundo o médico, esse é um resultado buscado há muitas décadas. “Há mais de cinquenta anos, pesquisadores tentam desenvolver um imunizante eficaz contra a doença e, até o momento, há somente uma vacina disponível e ela é restrita a quem teve dengue previamente. Isso limita muito sua utilização”. No primeiro semestre de 2022 o Rio Grande do Sul teve quase o triplo de casos de dengue do que no mesmo período do ano passado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Em abril, o percentual de aumento no País foi de 139% em comparação com o mesmo mês em 2021.

Para se voluntariar basta se inscrever por meio deste formulário. Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas com o Centro de Pesquisas Clínicas do HSL nos telefones (51) 33203260 ou (51) 33205610, em horário comercial.

Wereable coleta dados que contribuem para monitorar saúde do idoso

Foto: Pixabay

Por critérios socioeconômicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a pessoa idosa aquela com mais de 60 anos, porém, de acordo com o pesquisador da Escola de Medicina Newton Terra, o envelhecimento começa bem antes. Para o docente, a partir dos 27 anos já é possível perceber alterações fisiológicas que caracterizam este processo. Além disso, o professor pontua que isso é perfeitamente natural e que o desafio não é parar o envelhecimento, mas sim envelhecer de forma saudável.

As declarações do pesquisador fizeram parte do e-book Com toda a vida pela frente, desenvolvido pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Gerontologia Biomédica Carla Kowalski para elucidar sobre temas como perfil demográfico das cidades, epidemiologia, envelhecimento ativo e o papel de profissionais da saúde nesse processo. O e-book contou com a participação de médicos, pesquisadores e enfermeiros que atuam na área da Gerontologia, que de forma efetiva e usando uma linguagem simples, se engajaram na disseminação do conhecimento a respeito de possibilidades de uma vida com mais qualidade e plenitude.

Cidades para todas as idades

Entre os temas centrais do Com toda a vida pela frente está a Cidade Amiga dos Idosos, ou seja, uma cidade pensada para todas as idades, priorizando o bem-estar dos idosos e o envelhecimento ativo. Conforme é contextualizado no e-book, o Brasil era reconhecido como um país de jovens há 20 anos, porém, atualmente, essa realidade é diferente. Hoje o País conta com um número de pessoas com 60 anos ou mais três vezes maior do que no início dos anos 2000.

Com isso, as cidades estão enfrentando um novo cenário em que precisam se adaptar e pensar novas possibilidades para esta população. De acordo com Carla, é mais comum vermos ações assistenciais e de entretenimento voltadas a esse público do que políticas públicas de acolhimento, por exemplo. Ou seja, ainda é necessário acontecer uma reflexão sobre o envelhecimento e da mudança de mentalidade. Para a doutoranda, pensar em idosos é pensar no futuro e, em políticas públicas em todas as esferas para proporcionar uma adequada qualidade de vida.

A professora do PPG em Gerontologia Biomédica da PUCRS Patrícia Krieger Grossi e a pesquisadora Kennya Mota Brito também contribuíram com o e-book com importantes apontamentos sobre o papel dos assistentes sociais na promoção do envelhecimento ativo. De acordo com as pesquisadoras, tornar uma cidade amigável as pessoas idosas implica promover uma cultura de respeito e valorização de longo da vida.

Utilizando linguagem clara e explicativa, o e-book atua como uma ferramenta digital a ser   compartilhada. Seu  conteúdo propõe uma análise ampla das prioridades elencadas  por gestores, com a identificação das propostas e recursos investidos nas cidades é possível distinguir se os representantes estão se comprometendo com interesses coletivos.

De acordo com a doutoranda, são necessárias maiores investigações sobre essa temática e ampla divulgação, caso contrário o público idoso não irá ter conhecimento das políticas específicas criadas para eles.

“As cidades possuem uma populção diversificada e heterogênea, porém, suas  estruturas e organização   não atendem a todos. O entendimento que as transições efetivam-se diante das multirresponsabilidades a serem assumidas por agentes  sociais, familiares e governamentais  são conjunturas possíveis para ressignificação de comportamentos  compondo edificação  de  novos cenários. Somando-se ao fortalecimento da rede de apoio às pessoas idosas como a família, vizinhança, grupos de convivência, amigos, grupos religiosos, entre outros espaços a serem considerados indissociáveis e fundamentais”, explica Carla.

Patrícia e Kennya também explicam que a promoção de atividades de interação social para pessoas idosas rompe com situações de isolamento social e atua como fator protetivo de violências e outros agravos na saúde mental. Assim, programas voltados para o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais constituem como um dos desafios para a consolidação de cidades amigáveis ao idoso/a, além de uma estrutura de cuidados para pessoa idosa que possui fragilidades ou limitações.

O e-book com distribuição gratuita e outros materiais audiovisuais podem  ser obtidos atraves das  redes sociais ou pelo contato.

População idosa em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é 10.693.929 habitantes. Desse total, cerca de 12,7% são idosos. Assim, de acordo com os cálculos do IBGE em 2060 esse percentual pode alcançar quase 30%. Por conta disso, Carla entende que é preciso pensar em cidades amigáveis para todos, uma proposta de governo que não depende de grandes volumes de recursos, nem de grandes estruturas públicas para o controle e a produção de políticas assistenciais, mas que depende sim da vontade política e a disposição para agir.

No estado gaúcho existem cidades que integram a Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas dos Idosos, criada pela OMS. Cidades como Veranópolis, Esteio e Porto Alegre foram reconhecidas como uma cidade que estimula e otimiza oportunidades para saúde, participação e segurança, a fim de aumentar a qualidade de vida no envelhecimento, levando em conta as diferentes necessidades e capacidades dos idosos. “É uma certificação dada pelo compromisso das cidades e das comunidades em trabalhar pelo benefício aos idosos, além de propiciar políticas, serviços, ambientes e estruturas que permitam melhorar a saúde e a qualidade de vida desta população”, destaca Carla.

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

A data de 15 de junho é definida como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa e visa ampliar o conhecimento da população sobre o tema e a promoção de ações. A data também foi criada para manifestar o repúdio aos diferentes tipos de violência contra esse público, por meio de reconhecimento de suas vulnerabilidades e direitos, bem como a divulgação de ações para protegê-los.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, define-se violência contra pessoa idosa uso deliberado da força física ou do poder, seja em grau de ameaça ou de forma efetiva, contra si próprio, outra pessoa, um grupo ou comunidade, que cause ou tenha probabilidade de causar lesões, morte, danos psicológicos, transtornos ao desenvolvimento pessoal e social ou privações do atendimento às necessidades.

Hoje, com o aumento demográfico na nossa população idosa em nossa sociedade, cresce a necessidade de buscarmos formas de proteção contra violações, dentre elas a questão da violência em todas as suas formas contra pessoa idosa. Percebe-se um aumento drástico de casos de violência contra a população idosa, gerando a necessidade de se encontrar maneiras de diminuir o número de casos, bem como tentar preveni-los.

Na capital gaúcha, a presença do Instituto de Gerontologia e Geriatria da PUCRS é notável no desenvolvimento de iniciativas na área do envelhecimento. O IGG conta com o corpo docente altamente qualificado e uma estrutura que abrange laboratório de pesquisa básica e clínica. Com suas ações e infraestrutura, proporciona a formação de recursos humanos qualificados e contribui para o envelhecimento ativo e bem-sucedido.

Um exemplo das iniciativas promovidas pelo IGG é a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), que surge alinhada ao propósito marista de proporcionar um futuro melhor por meio da educação. Por isso, o Instituto oferece cursos de extensão em diferentes áreas, a fim de incentivar o desenvolvimento das mais diversas habilidades. Confira mais sobre a programação desenvolvida para homens e mulheres que possuem mais de 60 anos no site.

Programação

Nesta quarta-feira, o IGG e a Unati, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso, promoveram o I Simpósio sobre a Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. O evento aconteceu no Anfiteatro Ir. José Otão  do Hospital São Lucas da PUCRS. Os participantes receberam certificados e livros relacionados ao envelhecimento humano aos participantes.

Já no dia 28 de junho, acontece uma Live com as pesquisadoras e assistentes sociais Patrícia Krieger Grossi e Kennya Mota Brito, alusivo ao mês de Combate à Violência Contra Pessoa Idosa. A programação acontecerá no Youtube da PUCRS, acesse.

medicamentos

Foto: Pexels

Docking molecular é um método computacional utilizado para pesquisar moléculas que possam se tornar medicamentos no futuro. Este método permite que sejam desenvolvidos estudos para entender como uma molécula se encaixa em determinada proteína e calcular a afinidade dessas duas. O docking, assim como todos os métodos computacionais vieram com a proposta de diminuir o tempo e o custo para desenvolver novos medicamentos, quem explica isso é a aluna do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS Gabriela Bitencourt Ferreira.

De acordo com a doutoranda, normalmente leva em torno de 10 a 15 anos para desenvolver novos medicamentos, e o custo chega a 2,6 bilhões de dólares. Para isso, os métodos computacionais estão sendo utilizados para agilizar e viabilizar melhor este processo, pois poderiam indicar quais as melhores moléculas a serem testadas experimentalmente. Recentemente, Gabriela participou como jovem pesquisadora do XXVIII Symposium on Bioinformatics and Computer-Aided Drug Discovery, com o estudo intitulado Exploring The Scoring Function Space For Structure-based Drug Design.

Sua pesquisa tem como foco o uso de inteligência artificial para o estudo de fármacos contra câncer e foi premiada com a terceira colocação (3rd Degree Diploma) no evento que aconteceu em Moscou, capital da Rússia. De acordo com a aluna, os métodos computacionais ainda precisam de melhorias para que a informação gerada por eles seja mais confiável.

“Nosso trabalho buscou aprimorar os métodos computacionais usados atualmente para o desenvolvimento de medicamentos. A nossa intenção é que depois de criarmos uma função escore específica para uma proteína, e comprovarmos que ela funciona, a gente possa usá-la para prever quais as moléculas possuem melhor afinidade com essa proteína e passar essa informação para os laboratórios experimentais. Dessa forma, ao invés dos laboratórios testarem mil moléculas eles poderiam testar apenas as 10 melhores que indicarmos”, explica a pesquisadora.

Sobre a pesquisa

Gabriela explica que o controle de cada programa de docking molecular é feito por uma equação chamada de função escore. De acordo com a doutoranda, as funções escores dos programas de docking são desenvolvidas pensando em diversas proteínas diferentes e são eficientes em determinar o encaixe de pequenas moléculas nas proteínas, mas que são insuficientes na hora de calcular a afinidade.

A doutoranda integra o Laboratório de Bioquímica Estrutural, coordenado pelo pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Walter Filgueira de Azevedo Junior. No laboratório foi criado o programa chamado SAnDReS, que possui mais de 60 métodos de aprendizado de máquina para fazer equações específicas para cada proteína. No Simpósio, Gabriela apresentou o projeto que mostrava que esse método de desenvolver funções escores específicas para cada proteína melhora em até 10 vezes o cálculo de afinidade quando comparado com as funções escores usadas atualmente pelos programas de docking.

“Ou seja, a pesquisa atua com o foco de melhorar esse cálculo de afinidade. A nossa proposta é que ao explorar o espaço de funções escore com métodos de inteligência artificial, a gente poderia ter uma equação adequada para cada proteína”, conforme explica a doutoranda.

Oportunidades de pesquisa desde a graduação

Gabriela é formada em Ciências Biológicas na PUCRS e atualmente integra o doutorado do PPG de Biologia Celular e Molecular da Universidade. Durante sua graduação, a estudante participou do Programa de bolsas de Iniciação Científica e nesse programa teve oportunidade de trabalhar e aprender com o pesquisador Walter Filgueira. Gabriela ressalta que aprendeu a apresentar trabalhos científicos e fazer resumos dos projetos nos Salões de Iniciação Científica e a PUCRS foi parte importante de todos os passos para que hoje ela conseguisse ser uma cientista.

Com sua participação estreante em um simpósio internacional, a doutoranda conquistou seu primeiro prêmio e incluiu novos métodos de validação em seu projeto graças ao contato com outros pesquisadores do mundo inteiro.

“Além do reconhecimento internacional que o meu projeto recebeu, eu também tive a oportunidade de discutir o meu projeto com cientistas renomados da área. Esse foi o meu primeiro simpósio e a minha primeira apresentação em inglês, então foi muito importante para mim poder ter essa oportunidade de conversar e explicar os meus resultados em outra língua também”, finaliza Gabriela.

 

seminário iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

A cerimônia de abertura do Seminário Interno de Avaliação da Iniciação Científica da PUCRS iniciou nesta terça-feira, dia 31 de maio, e segue até sexta-feira, dia 3 de junho, com 247 trabalhos inscritos e 50 bancas avaliativas. Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, por meio da sua Coordenadoria de Iniciação Científica, o evento constitui um espaço de socialização de atividades de pesquisa, envolvendo os bolsistas de Iniciação Científica e seus professores/pesquisadores orientadores. 

O evento de abertura, que aconteceu no Auditório do Prédio 11, contou com a presença do vice-reitor Ir. Manuir Mentges, do pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, e com o diretor técnico-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Rafael Roesler. 

Em sua fala de acolhida, o vice-reitor Ir. Manuir Mentges destacou a importância da pesquisa para gerar soluções para os problemas concretos da sociedade e como a iniciação científica contribui para o desenvolvimento do pensar científico. Já o pró-reitor Carlos Eduardo Lobo e Silva falou sobre como a Iniciação Científica pode ser um diferencial para a formação do aluno, além de ser uma porta de entrada para quem busca seguir uma trajetória científica.  

“Todo ser humano nasce cientista” 

A conferência de abertura, intitulada A neuropsicologia e o papel da Iniciação Científica no desenvolvimento cognitivo e socioemocional do futuro profissional, foi conduzida pela professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Rochele Paz Fonseca. A pesquisadora abordou como o programa pode contribuir para a vida do estudante, baseando-se em conceitos da sua área de atuação, a neuropsicologia. 

Para a pesquisadora, todo ser humano nasce cientista e a curiosidade é a base da ciência. Rochele abordou sua trajetória acadêmica e como o dia a dia da pesquisa pode desenvolver competências importantes para a vida de um profissional. 

Saiba mais sobre a Iniciação Científica

A Iniciação Científica busca proporcionar aos estudantes de graduação, sob orientação de um professor/pesquisador, a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensamento científico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. Saiba mais sobre o programa no site da Iniciação Científica. 

Leia também: Varíola dos macacos: saiba mais sobre a doença Monkeypox

 

Nas últimas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou novos casos da varíola dos macacos em países que são não endêmicos para o vírus. A doença se manifestou em países da Europa, como Reino Unido, Espanha e Portugal e também na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá. Por enquanto, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são três casos suspeitos, um deles no Rio Grande do Sul, e a varíola dos macacos já causa alerta na população e na comunidade científica.

O professor da Escola de Medicina e Chefe do Serviço de Infectologia e Controle de Infeccção do Hospital São Lucas da PUCRS, Diego Rodrigues Falci, destaca a importância de diferenciar as doenças varíola e varíola dos macacos para não causar mais alvoroço na população. O docente explica que a varíola é uma doença que já foi erradicada e que o nome “varíola dos macacos” surgiu de uma tradução do termo em inglês “monkeypox”.

A professora de Infectologia da Escola de Medicina, Patrícia Fisch ressalta que os principais fatores que contribuíram para a erradicação da varíola foram a existência de uma vacina efetiva e disponível, a inexistência de portadores assintomáticos da doença e o fato de que apenas os humanos eram reservatórios para os vírus. Já a varíola dos macacos (monkeypox em inglês) é uma doença viral, causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, com sintomas similares aos da varíola, porém menos graves.

“Diferentemente da varíola que foi erradicada no mundo, a varíola dos macacos segue ocorrendo em países da África Central e Ocidental e é considerada uma zoonose – uma doença transmitida de animais para humanos. Vários animais já foram relacionados a essa transmissão, como esquilos, ratos e diferentes espécies de macacos”, explica a docente.

Transmissão e Sintomas

A transmissão da Monkeypox ocorre principalmente em áreas de floresta tropical da África e ocasionalmente dissemina-se para outras regiões do globo, de acordo com Falci. Sua transmissão é chamada de zoonótica, quando transmite do animal para o homem, através de mordidas, arranhões, consumo e preparação de carne contaminada, contato direto ou indireto com fluidos ou lesões. Além disso, a doença pode ser transmitida de humano para humano através de gotículas respiratórias e contato prolongado direto ou indireto com fluidos corporais ou material das lesões.

Por conta disso, a professora Patrícia destaca que a transmissão de varíola dos macacos entre humanos é considerada limitada. A docente destaca que diferente de outros vírus com transmissão facilitada entre humanos, como o da Covid-19 ou o sarampo, acredita-se que para a transmissão de varíola dos macacos é necessário contato físico próximo com uma pessoa que apresente sintomas, como ocorre durante as relações sexuais, quando há contato pele a pele mais intenso, além de exposição de mucosas.

Os infectologistas da Escola de Medicina também informam que os principais sintomas da varíola dos macacos são febre, erupção cutânea com bolhas em rosto, mãos, pés e/ou genitais, aumento de linfonodos, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.  Já o período de incubação varia entre 5 a 21 dias, e a doença geralmente dura de 2 a 4 semanas, uma condição autolimitada associada a uma baixa taxa de letalidade (cerca de 1%).

Chegada da varíola dos macacos ao Brasil

Entre os dias 13 e 21 de maio de 2022, foram notificados à OMS 92 casos confirmados e 28 casos suspeitos em 12 países não-endêmicos para varíola dos macacos. Os casos foram identificados em vários países da Europa, na América do Norte e na Austrália. Já os países onde a doença é considerada endêmica são Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Gana, Costa do marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul. No dia 30 de maio o Ministério da Saúde do Brasil confirmou que investiga e monitora três casos suspeitos em território nacional.

Patrícia comenta que, com esse novo surto em países não-endêmicos, existe a possibilidade de a doença chegar ao Brasil já que atualmente o mundo todo é uma grande aldeia global conectada por vasta malha aérea. Porém com uma identificação precoce de casos suspeitos é possível realizar o manejo clínico adequado e a rápida instituição das medidas necessárias para bloqueio da transmissão. Para isso, também é importante intensificar as medidas de vigilância e de informação da população a fim de promover o rápido reconhecimento dos eventuais casos.

O professor Diego Falci evidencia que os cuidados para serem tomados são a higiene das mãos, essencial para a prevenção de diversas doenças infecciosas, e evitar contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Além disso, Patrícia realça o isolamento domiciliar dos casos (suspeitos e confirmados) e usar máscara se necessidade de contato próximo a alguém com sintomas. 

O Hospital São Lucas da PUCRS está à disposição e atento para a evolução desta reemergência da doença e todas as medidas serão seguidas para garantir a segurança da comunidade e de todas e todos os usuários e profissionais do Hospital. Acesse o site para mais informações.

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Foto: Divulgação

A Thummi, startup que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), irá representar o Brasil no SelectUSA Investment Summit. O evento, que acontece em julho, é liderado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos e tem como foco facilitar a criação de empregos e desenvolvimento econômico do país. Na ocasião, a empresa irá apresentar o aplicativo Thummi, desenvolvido para contribuir com o tratamento de pacientes com câncer.  

A plataforma de monitoramento remoto surgiu a partir do interesse de médicos oncologistas em utilizar informações do cotidiano dos pacientes em soluções mais eficazes, oferecendo aos profissionais, clínicas e hospitais o acesso a dados em tempo real. Com isso, foi desenvolvido um algoritmo médico especializado para um acompanhamento mais profundo dos casos, compreendendo suas especificidades e proporcionando maior assertividade no atendimento e segurança para a condução de cada protocolo. 

De acordo com Alessandra Morelle, CEO da startup e alumna da Escola de Medicina da PUCRS, a participação da Thummi no SelectUsa é resultado da vitória na competição de startups, promovida pelo consulado americano no Brasil, que recebeu inscrições de mais de cem startups de todo país. “É uma grande honra representar o Brasil em um evento internacional que conecta o ecossistema dos Estados Unidos e ainda ter a oportunidade de receber investimentos para melhorar nossa solução”, ressalta  

O líder do Tecnopuc Startups, Rafael Chanin, afirma ser gratificante acompanhar o impacto das startups não só no ecossistema local, mas também no cenário global.

“A Thummi faz um trabalho espetacular dentro de um contexto muito sensível, o apoio a pacientes com câncer. Ficamos muito felizes em saber que a startup venceu mais este desafio e está gerando um impacto muito significativo na sociedade”, destaca.

Como funciona o Thummi 

O aplicativo aposta em uma interface simples e intuitiva, garantindo conforto e tranquilidade ao paciente. O funcionamento segue o passo a passo:  

Alessandra também destaca propósito do aplicativo e comenta que a ferramenta busca resolver uma lacuna que existe hoje na saúde. 

“Acreditamos que o acompanhamento diário de pacientes com câncer pode efetivamente melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Buscamos conectar as equipes de saúde e os pacientes no dia a dia. Também entendemos que esse processo está em plena mudança e que novos modelos de entrega de saúde e de valor em saúde estão surgindo”, conclui. 

Essa não é primeira vez que a startup participa de uma iniciativa internacional. Em 2021, a Thummi foi reconhecida no programa de aceleração da Velocity TX. A organização sem fins lucrativos faz parte do Texas Research & Technology Foundation e ajuda startups de biociência a lançar soluções para mudar e salvar vidas no mundo inteiro.  

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