Dra. Maria Inês Schmidt
Maria Inês Schmidt é professora titular do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e docente-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFRGS. De um fellowship em endocrinologia pediátrica no Hospital Johns Hopkins, realizou seus estudos de mestrado e doutorado em Epidemiologia na University of North Carolina, nos Estados Unidos. Na Hopkins, no final dos anos 1970, descreveu o fenômeno do alvorecer como determinante na instabilidade glicêmica de pessoas com diabetes, tema de sua investigação das causas e tratamento durante o doutorado na Carolina do Norte.
No início dos anos 1980, voltou ao Brasil onde direcionou seu foco de pesquisa para a saúde pública, prenunciando as epidemias de diabetes e obesidade que assolariam o mundo. Junto de seus grupos de pesquisa, conduziu estudos populacionais sobre diabetes, diabetes gestacional, doenças crônicas, obesidade, síndrome metabólica, entre outros. Formou dezenas de mestres e doutores e produziu com seu grupo mais de 300 publicações. Dentre suas ações, contribuiu para a elaboração de diretrizes nacionais e internacionais sobre diabetes, como por exemplo, quando foi membro de comitês da Organização Mundial da Saúde sobre diabetes e atualmente como membro da Comissão Lancet para diabetes.
A pesquisadora é reconhecida mundialmente com alguns prêmios e distinções, entre eles o da Fundação Conrado Wessel. Atualmente a professora é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), tendo sido incluída entre as cientistas mais influentes por painéis internacionais.
Para a professora Maria Inês a presença de mulheres em áreas STEM ainda é insuficiente. “Testemunhei um aumento impressionante de mulheres médicas, e mais recentemente, de pesquisadoras bem-sucedidas na área da saúde no Brasil. Se elas quiserem, podem (e deveriam!) contemplar carreiras acadêmicas nas diversas áreas STEM”, comenta a docente.
