<

Dra. Annette Dolphin

Neurofarmacologia
University College London
Annette Dolphin / Imagem: Joana Heck

Anette obteve seu diploma de graduação em Bioquímica pela Universidade de Oxford e seu doutorado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres, onde desenvolveu seu interesse em Neurofarmacologia. Em seguida, realizou bolsas de pós-doutorado no College de France, em Paris, na Yale University, nos EUA, e no National Institute for Medical Research, antes de obter um cargo permanente no St George’s, University of London. Atualmente é professora de Farmacologia no Departamento de Neurociência, Fisiologia e Farmacologia da University College London (UCL). 

Como resultado de sua bolsa de pós-doutorado no laboratório de Paul Greengard em Yale, Annette se interessou por aspectos da função pré-sináptica. Sua pesquisa então se concentrou na função e disfunção dos canais de cálcio dos neurônios e também na relação da função desses canais com o desenvolvimento e manutenção da dorcrônica . Em sua carreira acadêmica, ela fez grandes descobertas com relação aos canais de cálcio, sua modulação e seu papel nas doenças. Nos últimos anos, seu trabalho investigou o envolvimento de determinadas subunidades auxiliares do canal de cálcio na dor crônica. Ela também elucidou o mecanismo de ação de uma importante classe de drogas, os gabapentinoides, que são de uso terapêutico na dor crônica. Suas descobertas influenciaram significativamente nosso pensamento nesse campo. 

A professora Annette foi eleita membro da Academy of Medical Sciences em 1999 e membro da Royal Society em 2015. 

Em sua carreira, Annette sempre defendeu os direitos das mulheres em STEM, reconhecendo os muitos obstáculos enfrentados pelas acadêmicas. Isso começou logo no início de sua carreira de pesquisadora, quando, como aluna de doutorado, fez uma comunicação à British Pharmacological Society em uma época em que as autoras eram identificadas com seus nomes e sobrenomes, enquanto os autores do sexo masculino eram identificados por iniciais e sobrenomes. Ela se recusou a divulgar seu primeiro nome, fazendo com que as regras da Sociedade fossem eventualmente alteradas para que homens e mulheres fossem tratados de forma igualitária a esse respeito. 

Outro destaque foi um artigo de opinião que escreveu para a Nature em 2006, intitulado “Gênero: faltam os prêmios que podem inspirar uma carreira”, tendo notado o chocante viés masculino na atribuição de prêmios nas diversas sociedades científicas para as quais analisou os dados. Em sua opinião, “não são apenas necessárias mais mulheres em STEM, mas elas precisam ser tratadas com equidade ao longo de suas carreiras e encorajadas a ter sucesso”. Para esse fim, ela aproveitou todas as oportunidades para participar de vários esquemas de orientação feminina ao longo dos anos. 

Outras Pesquisadoras