PUCRS participa de webinars internacionais com outras Universidades Irmão Manuir Mentges representou a Universidade em atividades promovidas pela Associação Columbus Associação Columbus, rede internacional de universidades da qual a PUCRS faz parte, promoveu dois seminários internacionais nos dias 24 e 25 de junho para falar sobre as ações das instituições de ensino superior frente à pandemia da Covid-19 sobre ações de planejamento para o futuro. O Pró-Reitor de Graduação e Educação Continuada, Irmão Manuir Mentges, participou como painelista nas duas atividades, junto com vice-reitores acadêmicos de outros países.

Desde março, com a proliferação do novo coronavírus, universidades no mundo todo tiveram que adaptar seus serviços e atividades para a modalidade online. Nas conversas, com foco nos aspectos acadêmicos, Irmão Manuir compartilhou as principais medidas adotadas pela PUCRS:

Outro aspecto debatido nos eventos envolveu as condições para aprendizagem remota. Sobre isso, Irmão Manuir relatou a iniciativa da Universidade, de mapear estudantes que não contavam com infraestrutura necessária para acompanhar as aulas e partilhou todo o suporte oferecido pela Universidade. Além disso, a realidade de cada área do conhecimento foi levada em consideração para pensar a maneira mais efetiva de permitir que todos/as alunos/as acompanhassem as aulas, mesmo que de maneira assíncrona.

“Adotamos estratégias, especialmente voltadas para uma maior apropriação tecnológica e metodológica por parte dos nossos professores. Nesse sentido, somos agradecidos aos nossos professores, que diante de um cenário de incerteza, souberam atuar com grande capacidade de adaptação e compromisso com os objetivos comuns da nossa Universidade. Destaco também todo o suporte oferecido aos nossos alunos, em diferentes frentes, buscando promover o engajamento, a motivação e a participação no processo de aprendizagem. A partir de diversos espaços de escuta, seguimos aprimorando nossas práticas e processos de ensino e aprendizagem, por meio de programas de formação continuada”, conta o Irmão Manuir Mentges.

Sobre a Associação Columbus

A Associação de Universidades na Europa e na América Latina tem o objetivo de promover a cooperação internacional e o desenvolvimento institucional das universidades, através da melhoria dos processos e estruturas de gestão. Para apoiar a melhoria contínua, desde 2009, a Columbus aplica a metodologia de benchmarking com mais de 80 gerentes de mais de 20 universidades em diferentes áreas.

Foto: Bruno Todeschini

Foto: Bruno Todeschini

Somos 7,8 bilhões de pessoas vivendo em um mundo globalizado. Apesar da desigualdade social abissal de nossas sociedades, somos todos iguais, compartilhamos e dependemos da mesma arca chamada Terra. Porém, o crescimento explosivo da nossa população nas últimas décadas tem provocado uma exploração insustentável da natureza. Entre as inúmeras agressões ambientais que cometemos, a degradação dos ecossistemas naturais e a caça, captura, aprisionamento, venda, uso como pets e consumo de animais selvagens nos põem em contato com vírus e bactérias que viviam em harmonia com seus hospedeiros silvestres. Como o nosso corpo não foi treinado para lidar com esses microrganismos estranhos, corremos o risco de que eles sejam bastante agressivos para nós. Vírus que atacam o aparelho respiratório e que são transmitidos de uma pessoa para outra podem ser espalhados rapidamente pelo globo terrestre por viajantes infectados. É exatamente isso que está acontecendo com o coronavírus causador da Covid-19.

Assim como adoecemos ao entrarmos em contato com esses novos microrganismos, também levamos a morte para os animais silvestres quando deixamos os nossos patógenos nos ecossistemas naturais que invadimos. Esse é um sério problema, inclusive, dentro da nossa própria espécie. Indígenas que nunca tiveram contato com a maioria das nossas doenças são muito mais sensíveis do que as pessoas de nossa cultura. Infelizmente, a história da humanidade está repleta de exemplos de culturas tradicionais dizimadas ao redor do mundo por doenças levadas pelos “colonizadores”.

A covid-19 nos ensina muitas lições. Uma delas é que a única maneira de reduzirmos o risco de novas pandemias é a construção de uma sociedade que respeite a natureza acima de tudo e na qual todo ser humano tenha uma vida digna. Como quase sempre somos os únicos responsáveis pelos nossos problemas de saúde, está na hora de vivermos um “novo normal” e escrevermos uma história que, finalmente, faça jus ao Homo sapiens (“homens sábios”).

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Foto: Arquivo fotográfico PUCRS

Na manhã desta sexta-feira, dia 26 junto, o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, recebeu a visita de autoridades da Brigada Militar. O encontro também contou com as presenças do pró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, Ir. Manuir Mentges e o Relações Institucionais da Reitoria, Solimar Amaro.

O encontro aconteceu no Salão Nobre e os presentes dialogaram sobre parcerias futuras na área da educação em conjunto entre as instituições. Entre as autoridades da Brigada Militar estavam o coronel Rodrigo Mohr Picon, comandante geral, o tenente coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, diretor de ensino, o major Luís Henrique da Fonseca Campomar, da corregedoria-geral e o major Roberto dos Santos Donato, do gabinete do comandante-geral.

Golden Age Rankings 2020 - Top 200O ranking do Times Higher Education (THE) Golden Age Rankings 2020 colocou a PUCRS entre as melhores universidades estabelecidas entre 1945 e 1967. O levantamento contempla 308 universidades de todo o mundo fundadas neste período, considerado uma “era de ouro” na educação superior em todo o mundo, que viu, após a Segunda Guerra Mundial, uma rápida expansão de instituições de ensino superior (IES) e um grande aumento no investimento em pesquisa universitária.

No ranking, a PUCRS aparece como a melhor universidade privada brasileira, destacando-se especialmente no quesito transferência de conhecimento (Industry Income), figurando em primeiro lugar entre públicas e privadas brasileiras.

Mais sobre o ranking

O Times Higher Education é considerado um dos mais importantes indicadores de ensino superior mundial. A metodologia utilizada pelo THE é a mesma do World University Rankings, examinando os pontos fortes de cada universidade em relação a todas as suas principais atividades: ensino, pesquisa, citações, transferência de conhecimento e perspectivas internacionais.

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Foto: Divulgação

Nesta terça-feira, o quadro semanal de entrevista coletiva, realizado por alunos de jornalismo com profissionais da área, recebe, às 21h, Isabel Vincent, repórter investigativa do portal de notícias New York Post. A transmissão acontece na página do Facebook do Editorial J e os espectadores podem enviar suas perguntas por meio dos comentários que serão lidos ao vivo.

Produzido pelo Editorial J, Laboratório Convergente do Curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos), o programa Sem Estúdio exibe seu nono episódio ao vivo. Com a participação de alunos da PUCRS e de outras universidades, as edições anteriores podem ser assistidas a qualquer momento pela página do Facebook.

Além de Isabel Vicent, entre os convidados dos episódios anteriores estavam Cecília Olliveira (The Intercept Brasil), Andrei Netto (Headline News Brasil), Núria Saldanha (CNN Brasil), Luiza Bodenmuller (Aos Fatos), Andressa Collet (Vatican News), Marcelo Canellas (Rede Globo), Cristine Gallisa (RBS TV) e Cristiano Dalcin (Record TV).

Jornalista e escritora

Autora do livro Uma Questão de Justiça escrito enquanto trabalhava no Brasil como correspondente do jornal canadense The Globe and Mail. Ela escreveu ainda outros quatro livros, recebendo prêmios por Hitler’s Silent Partners (1997) e Bodies and Souls (2005). Isabel é especialista em corrupção política e responsável por reportagens que levaram a investigações estaduais e federais, envolvendo, por exemplo, a censura de um congressista norte-americano e a prisão de dois senadores do estado de Nova York.

Sobre o Editorial J

Há oito anos, o Laboratório Convergente do Curso de Jornalismo recebe estagiários e alunos voluntários dos mais variados semestres, para que produzam, diariamente, conteúdos em diversas linguagens e plataformas. Neste período, o grupo já conquistou 27 prêmios regionais e nacionais. O trabalho realizado por eles,  pode ser encontrado no site e nas redes sociais do @editorialj.

live reitor

Reprodução de vídeo

Reflexões sobre como a educação e a mente humana tiveram impactos devido à Covid-19 foram temas abordados pela reitoria da PUCRS na última quinta-feira, dia 18 de junho. De forma simultânea, no horário das 17h, o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, e o vice-reitor, Jaderson Costa da Costa, puderam contribuir com os seus conhecimentos para as redes sociais. As transmissões contaram com uma grande interatividade do público, que puderam fazer perguntas aos convidados.

A educação pós-pandemia

Pelo Youtube, o reitor da PUCRS esteve na live A educação na pós-pandemia e seus reflexos na sociedade, promovida pelo Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF/RS). Também participaram do evento Rui Vicente Oppemann, reitor da UFRGS, e Luís Isaías Centeno do Amaral, vice-reitor da UFPel, com a mediação de Willam Peres, conselheiro federal suplente pelo Rio Grande do Sul do CRF/RS.

Em uma das suas explanações, o reitor destacou que, com um problema tão complexo, como é a pandemia, não se pode resolver os desafios de uma forma linear, mas sim por meio de um pensamento adaptativo. “O nosso planejamento era para até 2020 e teremos que repensar tudo isso. Esse cenário fez com que se antecipasse o que era para futuro, tornando algo imperativo no presente. Evidentemente, a nossa responsabilidade é buscar, junto com a comunidade, opções viáveis para o futuro”, comentou.

Teixeira salientou também a mobilização e engajamento das equipes da Universidade. “Confesso que fiquei impressionado e contente, que, apesar dessa crise, tivéssemos respostas eficazes e rápidas; além de um aprendizado de novas ferramentas de ensino e interação. Um outro elemento frente à migração que houve é o empenho para manter a motivação e audiência dos nossos alunos, garantindo, ao máximo, o acompanhamento, a qualidade e a excelência”, enfatizou. Esse encontro virtual do CRF/RS pode ser conferido na íntegra neste link.

live vice reitor

O comportamento do cérebro no coronavírus

Por meio do Instagram, o vice-reitor e diretor do Instituto do Cérebro (InsCer) abordou o tema Como o nosso cérebro se comporta em uma pandemia. A live da série Mentes Transformadoras, do Jornal do Comércio, teve como entrevistadora a jornalista Patrícia Knebel.

Questionado pela repórter sobre a rotina ter a sensação dos dias serem iguais, afetando na vida privada e profissional, o vice-reitor comentou que, se não invade o lar, tendo ambientes, reuniões e tempos definidos, a relação com o trabalho será boa. “Quando começa a misturar a vida doméstica, com a profissional, se trabalha mais. Nas reuniões, é preciso cuidar se não está havendo um ruído ou se alguém não passará atrás do vídeo. O desgaste é muito grande, pois é uma atenção periférica. Nesses encontros, a tensão é maior, se fica preso a uma tela, ao som que pode não estar dos melhores. É uma série questões que deixa mais cansativo, interferindo a dinâmica familiar”, analisou.

Sobre o home office, o diretor do InsCer apontou que as novas gerações não sentiram muitas dificuldades pelo fato de estarem acostumadas com as redes sociais e acredita que todos sairão diferentes em relação ao comportamento no trabalho após a pandemia. “Teremos graus diferentes de experiências com o home office. Uns terão amado, outros nem tanto e outros provei e não gostei. É algo mais emocional do que propriamente relacionado a uma tecnologia”, ressaltou. A conversa completa com vice-reitor pode ser assistida neste link.

 

 

Com o objetivo de aproximar os visitantes durante o período de distanciamento social provocado pelo novo coronavírus, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS desenvolveu um espaço de interação online. Com experiências que podem ser acessadas em diferentes formatos e conteúdos educativos sobre diversas áreas do conhecimento e temas relacionados à Covid-19, o espaço pode ser acessado gratuitamente no site do Museu. Quinzenalmente, os materiais são atualizados para oferecer ao visitante novas interações. Para aproveitar as experiências online clique aqui.

Dividido em seis editorias, o espaço de interação online do Museu conta com Exposição Digital, Quiz do EuGênio, Dicas Geniais, Conversas com EuGênio, Coleções em Foco e os Conteúdos Educativos.

Saiba mais sobre as interações

A Exposição Digital permite que o visitante conheça alguns dos experimentos que fazem sucesso no Museu. Ao todo, 13 experimentos podem ser conferidos, como o Giroscópio Humano, a Harpa Laser e o Centauro.

No Quiz do EuGênio, nosso mascote desafia você a testar seus conhecimentos em diferentes áreas. O primeiro quiz disponível é um desafio para descobrir se você é um gênio da física e se conhece bem os espaços do Museu relacionados ao tema.

As Dicas Geniais reúnem indicações de experiências que podem ser realizadas em casa e em família. Com vídeos didáticos, as dicas também são uma boa opção para instigar a curiosidade e a criatividade das crianças.

Já imaginou poder conversar com todos os itens do Museu? As Conversas com o EuGênio, são tirinhas em que o mascote faz isso por você. Além de divertidas, as tirinhas também são recheadas de conhecimento.

Nas Coleções em Foco, o visitante pode explorar de forma detalhada o mundo das coleções científicas do Museu, descobrindo curiosidades e informações. Podem ser conferidas 12 coleções: abelhas, acervo histórico, anfíbios, aracnídeos, arqueologia, crustáceos, fósseis, herbário, insetos, mamíferos, peixes e répteis.

Os Conteúdos Educativos são pequenas matérias para que nossos visitantes ampliem seus conhecimentos, principalmente sobre temas relacionados ao coronavírus.

Para acompanhar as novidades do Museu e saber mais sobre o espaço de interação online basta acessar o site.

Rede Global, PUCRS, Rede Marista

Grupo de Trabalho em dezembro de 2019, na Espanha

Em todos os cantos do mundo existem mais de 700 escolas da Rede Marista. São diretores, professores e estudantes que seguem os valores de São Marcelino Champagnat diariamente. A cada oito anos, a sede do Governo Geral Marista (que acompanha as outras sedes administrativas dos mais de 80 países com presença Marista), localizada em Roma, na Itália, convida lideranças da Instituição para refletir sobre a atualidade, definir diretrizes e pensar grandes estratégias para a missão do mundo Marista.

A partir da última edição, realizada em 2017, quando o Instituto Marista completou 200 anos, foi desenvolvida a 22ª edição do Capítulo Geral Marista, um documento que atualiza as premissas e diretrizes da atuação Marista. A partir dessas diretrizes, surgiu o propósito de criar uma Rede Global de Escolas Maristas. A Secretaria de Educação e Evangelização da sede do Governo Geral Marista, liderada por Ir. Carlos Alberto Rojas, iniciou o projeto.

O primeiro passo foi constituir um grupo de trabalho. Nesse momento, o Ir. Manuir MentgesPró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, conectou o Secretário, Ir. Carlos Alberto Rojas, ao Laboratório de Criatividade do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, Tecnopuc Crialab. A equipe do laboratório atua nas interfaces entre diferentes áreas do conhecimento através da cocriação, utilizando metodologias que potencializam a manifestação da criatividade e da inovação em projetos.

O Ir. Manuir Mentges destaca que sugeriu o Tecnopuc Crialab pela capacidade de conectar o ecossistema de Inovação da PUCRS com diversas áreas do Instituto Marista. “Eles são capazes de assessorar e fornecer metodologias para articular estratégias e ações, considerando a diversidade do mundo Marista”, salienta. De acordo com a líder do Tecnopuc Crialab, Ana Berger, as metodologias utilizadas pelo time do laboratório se encaixam no desafio da criação de uma Rede Global das Escolas. Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, “é uma enorme responsabilidade participar deste importante projeto da Rede Global das Escolas Maristas, e temos tentado contribuir da melhor forma possível, com as nossas capacidades e time do Tecnopuc Crialab para o sucesso da ação”.

Rede Global, PUCRS, Rede Marista

Grupo de Trabalho no encontro em Roma, em maio de 2019

Primeiros passos

Para começar a transformar a ideia em realidade, um Grupo de Trabalho com participantes de vários países do mundo se reuniu em maio de 2019 na sede do Governo Geral Marista. Ana Berger conta que “um ponto interessante é a pluralidade desse grupo. Temos Irmãos Maristas e leigos, ou seja, pessoas muito envolvidas na comunidade Marista – neste caso, especialmente no contexto da educação básica”.

A partir desse primeiro encontro, o Grupo percebeu que não seria possível conceber uma Rede Global sem ouvir diretores, professores, estudantes e familiares destes alunos. Por isso, entre maio e dezembro do mesmo ano, o Tecnopuc Crialab realizou uma consulta global: a equipe enviou um questionário para esses públicos no mundo todo. Foram mais de 15 mil respostas. “Além dos questionários, também realizamos 26 grupos focais com diretores e professores que representam 14 províncias Maristas”, relembra Ana. Com isso, foram 16 mil participantes em 58 países.

Resultados e próximos passos

Com o material coletado, a equipe do Tecnopuc Crialab analisou as respostas e reuniu as percepções de cada grupo sobre o que entendem por uma Rede Global de Escolas. “As respostas mostraram de que forma a iniciativa poderia beneficiá-los e quais são os sonhos para essa rede”, conta Ana. Os resultados estão reunidos em um relatório disponível em quatro línguas: francês, português, espanhol e inglês. Para acessá-los, clique aqui.

Em dezembro de 2019, o Grupo de Trabalho reuniu-se novamente na Espanha, quando a equipe do Tecnopuc Crialab compartilhou os resultados da pesquisa. Com a amostra, foram definidos tópicos cruciais para a Rede Global de Escolas Maristas, como uma plataforma digital conectando toda a comunidade, o desenvolvimento de projetos com significados compartilhados, como os valores Maristas, e estratégias para o envolvimento de Escolas em situações político-econômicas extremas em que o acesso a internet é limitado.

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Champagnat deu início à missão marista, inspirando a ser presença significativa na educação básica, no ensino superior, na saúde, na atuação social e missionária.

Marcelino José Bento Champagnat, hoje Santo da Igreja Católica, era um jovem movido por convicções e não foi indiferente à sua realidade. Ele deu início à missão marista e nos inspira a ser presença significativa na educação básica, no ensino superior, na saúde, na atuação social e missionária. A tradicional celebração eucarística pelo seu dia será realizada nesta sexta-feira, dia 5, às 18h30, com transmissão online no canal do YouTube da PUCRS.

Com apenas 27 anos e descontente com o modelo de educação de sua época, especialmente o abandono de crianças e jovens, decidiu fundar uma instituição católica dedicada à educação na zona rural da França, em 1817. Ao longo dos anos, foi se constituindo enquanto pessoa a partir de onde os seus pés pisavam: nasceu em uma família muito simples, em Rosey, em plena Revolução Francesa; morou em Lyon, La Valla, l’Hermitage; andou por Paris e tantas outras cidades do país.

A missão marista iniciou no Brasil em 1897 com a chegada dos primeiros Irmãos Maristas. Presente em mais de 80 países nos cinco continentes, hoje está organizada em três unidades administrativas, que envolve, todos os dias, milhares de vidas.

Rede Global de Escolas Maristas

Em todos os cantos do mundo existem mais de 700 escolas da Rede Marista. São diretores, professores e estudantes que seguem os valores de São Marcelino Champagnat diariamente. A cada oito anos, a sede do Governo Geral Marista convida lideranças para refletir sobre a atualidade, definir diretrizes e pensar grandes estratégias. No último encontro, surgiu o propósito de criar uma Rede Global de Escolas Maristas.

Como membro da Comissão Internacional de Missão Marista, Ir. Manuir Mentges, pró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, conectou o Laboratório de Criatividade do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, Tecnopuc Crialab à secretaria de Educação e Evangelização da sede do Governo Geral Marista, líder do projeto. Ir. Manuir Mentges destaca que a equipe do laboratório foi indicada pela capacidade de atuar nas interfaces entre diferentes áreas do conhecimento, através da cocriação, utilizando metodologias que potencializam a manifestação da criatividade e da inovação em projetos.

Após o desenvolvimento de uma consulta global com 16 mil participantes em 58 países, foram definidos tópicos para que a Rede Global de Escolas Maristas começasse a se consolidar: uma plataforma digital conectando toda a comunidade, o desenvolvimento de projetos com significados compartilhados, como os valores Maristas, e estratégias para o envolvimento de Escolas em situações político-econômicas extremas em que o acesso à internet é limitado.  Saiba Mais

Ser presença transformadora   

Em 2020, para marcar e dar mais significado para a data, especialmente em meio a um momento histórico e delicado pelo qual o mundo está passando, pessoas de diferentes frentes de missão foram convidadas para contar como o carisma marista se renova e permanece presente frente aos desafios de nosso tempo.

Confira os episódios:

Episódio 1 – Ir. Inacio Etges, presidente da Rede Marista

Episódio 2 – Marisa Machado, coordenadora pedagógica do Colégio Marista São Marcelino Champagnat

Episódio 3 – Carlos Sardi, diretor do Colégio Marista Santa Maria

Episódio 4 – Denise Marcarini, encarregada administrativa do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer)

Episódio 5 – Celita Fraporti, enfermeira supervisora do Ambulatório do Hospital São Lucas

Episódio 6 –  Temis Corte, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Episódio 7 – Ir. João Gutemberg Sampaio, Irmão Marista e animador da Comunidade Marista de Manaus/ Amazônia

 

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Atração na Rua da Cultura (2018) / Foto: Camila Cunha

“O acesso à cultura potencializa a aprendizagem e é uma ferramenta muito potente. Ela nos transposta desse lugar que estamos acostumados, seja ele qual for”. A frase de Andreia Mendes – professora de Psicologia na Escola de Ciências da Saúde e da Vida e de Pedagogia na Escola de Humanidades e pesquisadora da PUCRS –, evidencia a importância da cultura, além da arte e do entretenimento, mas também para a educação. Ainda, a área é um dos mercados que mais emprega profissionais – superando os setores automobilístico e calçadista, no Rio Grande do Sul, por exemplo – e gera impacto direto na economia.

“Cultura e educação, não. Cultura é educação” 

Ricardo Barberena, professor da Escola de Humanidades, relembra uma frase marcante de Fernanda Montenegro, a dama do teatro. “Durante a entrega do Mérito Cultural, ela negou esses dois campos como complementares, que estão lado a lado. Na verdade, temos que colocar um acento: ‘cultura é educação’”. Segundo Barberena, essa frase guia todas as ações do Instituto de Cultura da PUCRS, do qual é diretor.

Quanto mais se lê, visita museus, ouve músicas, transita no mundo da cultura, maior a potência e a capacidade de significação dentro desse grande enredo de existência que é a vida, afirma o professor. “Estudantes que estão instrumentalizados para trazer a cultura dentro da sua rotina, com diferentes históricos, formam uma força muito importante dentro dos grandes desafios e metodologias da educação. Isso aumenta a capacidade de criar interpretações e validações, de comparar o mundo. Trabalhar com cultura é trabalhar com a alteridade – a desproporção da vida – e ir em relação ao outro: outros hábitos, outra dança, outra forma de apreciar”, destaca.

“Mais eu me sensibilizo, me humanizo, me coloco diante da dor do outro” 

Segundo Barbarena um dos papéis da cultura é promover a empatia, na prática. “Para entender o mundo que não é o meu, mas aquele de determinadas dores e apreensões que eu não vivi. Quem consegue pensar nas diferentes manifestações do humano, tem a capacidade de aprender muito maior – no que se trata de conteúdo, de sala de aula”, conta. Essa tecnologia de sensibilização, humanização, sobrevivência, é um “artefato da maquinaria ética e estética que é a obra de arte”.

Mas o que é cultura?

Feira do livro, Edipucrs, Rua da Cultura

Feira do livro na Rua da Cultura (2018) / Foto: Bruno Todeschini

Segundo algumas definições encontradas em dicionários, de forma muito breve, cultura é o conjunto dos hábitos sociais e religiosos, das manifestações intelectuais e artísticas, que caracteriza uma sociedade. Segundo Andreia, o principal benefício é a chance de ampliação da própria possibilidade. “Da maneira como eu enxergo, da transposição de visão, da diversidade. A cultura traz essa outra visão do que é possível, de outras formas de pensar o enfrentamento, as dificuldades do próximo e do não tão próximo assim, como as pessoas estão se organizando”, destaca.

Educação multidisciplinar

Para Andreia, as escolas, assim como as universidades, têm que trabalhar com a cultura de uma forma transversal, em todos os conteúdos. “A gente precisa pensar que, quando estamos estudando um conteúdo de matemática, por exemplo, existe um histórico por meio da cultura que pode ser contextualizado ali. Articulando diferentes abordagens, é possível potencializar essa aprendizagem”, explica.

Diferentes plataformas, a mesma essência

A cultura, como o diferente, é o meio; a tecnologia, como a pessoa acessa, o consumo do conteúdo – comenta Andreia sobre o fenômeno das lives. As transmissões online ganharam lugar de destaque na agenda do público durante a pandemia, como alternativa aos grandes eventos e para evitar aglomerações. Segundo a professora, o acesso à cultura tem que ser livre, não elitizado: “Tem que estar nos espaços públicos, para todas as famílias”.

O Instituto de Cultura da PUCRS, por exemplo, desde o início da quarentena adaptou projetos e criou novos com foco nas plataformas digitais para levar conteúdo qualificado até as casas das pessoas. No Meu Canto, com lives de artistas gaúchos no Instagram; Live de Cabeceira, com entrevista online de escritores; Ateliê da Cultura, oferecendo oficinas gratuitas; e Ensaios de Morar, com produções de poemas em audiovisual, são algumas das iniciativas.

“Por mais que exista uma desvalorização da cultura, em diferentes instâncias, ela sempre volta a ser essa possibilidade de sobrevivência. No Instituto de Cultura, fazemos isso”, diz o diretor.

Cultura em números

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Di Ferrero na Rua da Cultura (2018) / Foto: Camila Cunha

A indústria criativa emprega mais de 130 mil pessoas no Rio Grande do Sul, segundo o levantamento do Departamento de Economia e Estatística do governo estadual, em 2019. Considerando as contratações formais (de carteira assinada), o setor supera os 111 mil contratados no setor calçadista e os 105 mil nas montadoras automobilísticas.

A arte existe porque a realidade não basta  

A frase de Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira – escritor, poeta e crítico de arte –, ilustra um resultado divulgado no relatório de Cultura nas Capitais, da JLeiva Cultura & Esporte: quanto maior o nível de escolaridade, mais as pessoas acessam a cultura. Ao serem questionados sobre suas atividades culturais, o número de entrevistados com ensino superior que demonstraram consumir serviços, ou frequentar espaços culturais, era pelo menos o dobro dos que tinham estudado apenas até o Ensino Fundamental.

Ao olhar para os caminhos das grandes universidades ao redor do mundo, sempre se pensa no ser humano pleno, que trabalha o corpo e a mente, explica Barberena. “Quanto maior a capacidade de trânsito cultural, maior a capacidade de galgar novas instancias dentro do ambiente universitário e educativo. De pensar no conhecimento e combater um dos grandes males do mundo contemporâneo: o analfabetismo afetivo, a falta de empatia, não se sentir abalado diante da dor do outro”, complementa.

Leia também: A Educação do futuro é agora, multidisciplinar e experimental