Pesquisador do InsCer e professor da PUCRS é empossado no Conselho Nacional de Educação - Augusto Buchweitz é o novo membro do órgão vinculado ao Ministério da Educação

Transmissão da posse do Conselho Nacional de Educação / Foto: Reprodução

Pelos próximos quatro anos Augusto Buchweitz, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer)integrará a equipe da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). A nomeação, que aconteceu no dia 11 de julho, ao lado de sete novos conselheiros que integrarão a equipe já existente, é um reconhecimento ao trabalho de anos com pesquisas no âmbito das neurociências, da alfabetização e da aprendizagem. 

Com a missão de assessorar o Ministério da Educação, o CNE é responsável por formular e avaliar a Política Nacional de Educação, zelando pela qualidade do ensino no País. “Pretendo contribuir com a (Neuro) Ciência da Leitura e levar uma abordagem científica para as propostas, especialmente na alfabetização e aprendizagem dos anos iniciais”, conta Buchweitz 

O aprendizado de uma nova geração 

Uma das principais propostas do pesquisador é que crianças tenham acesso ao ensino das relações entre letras e sons desde a idade pré-escolar, a denominada instrução fônica, prevista na Política Nacional de Alfabetização. “Há comprovações científicas de que essa é a melhor maneira – mais eficaz e mais efetiva – de se alfabetizar”, afirma 

A neurociência também contribui para a evolução da discussão sobre o processo da leitura. Estudos recentes mostram que a ativação do cérebro para linguagem oral (dos sons) e para a leitura são mais semelhantes naquelas pessoas que leem bem. Ou seja, se mesclam no cérebro a linguagem oral e a escrita (letras e sons). “A instrução fônica e o ensino de habilidades fundamentais, juntos, aumentam em muito a probabilidade de um resultado melhor na alfabetização. Existem evidências científicas sobre isso desde a década de 60”. 

Além disso, o pesquisador explica que a aprendizagem da leitura não é um processo natural“Ela depende de adaptações das nossas redes neurais e não se dá por adivinhação ou hipóteses. O que se defende é a instrução clara de um conjunto de habilidades e conhecimentos fundamentais e das relações entre letras e sons. E esse ensino pode e deve ser lúdico”.  

Sobre o pesquisador 

Pesquisador do InsCer e professor da PUCRS é empossado no Conselho Nacional de Educação - Augusto Buchweitz é o novo membro do órgão vinculado ao Ministério da Educação

Augusto Buchweitz / Foto: Arquivo pessoal

Augusto Buchweitz também é membro permanente dos Programas de Pós-Graduação em PsicologiaMedicina e Letras da PUCRS, além de atuar como pesquisador no InsCer e professor na Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. No InsCer, criou e coordena o ambulatório de aprendizagem do projeto de Avaliação de Crianças em Risco de Transtornos de Aprendizagem (Acerta), que, desde 2013, já avaliou mais de 800 crianças. 

Coordenou o projeto Vida e Violência na Adolescência (Viva), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Universidade Autônoma de Honduras, onde, pela primeira vez, se estudou os efeitos da violência na cognição e no funcionamento do cérebro de adolescentes. É também pesquisador afiliado do Haskins Laboratories, Universidade Yale e do Haskins Global Literacy Hub. 

Sobre o Conselho Nacional de Educação 

O CNE tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade. Mais informações sobre o conselho aqui. 

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Foto: Anna Shvets/Pexels

Em uma parceria inédita, a PUCRS e a Associação Columbus lançam o programa de treinamento em Diseño y Evaluación de Ambientes Híbridos para el Aprendizaje. O programa é voltado para professores universitários de toda a América Latina e demais interessados no tema e tem como objetivo discutir sobre as mudanças nos processos de ensino e aprendizagem em ambientes híbridos, assunto que tornou-se ainda mais necessário a partir da rápida implementação do ensino remoto durante a pandemia.

A diretora de graduação da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada (Prograd) e professora da Escola Politécnica Adriana Kampff será uma das facilitadoras do curso, juntamente com as professoras Alejandra Bautista, da Corporación Universitaria Minuto de Dios (UNIMINUTO) e Kelly Henao Romero, da Associação Columbus.

O programa busca desenvolver nos participantes habilidades para:

“Nos tempos atuais, com tantos desafios para o Ensino Superior, é preciso refletir sobre a potencialidade de currículos híbridos, desenhados a partir da definição de objetivos de aprendizagem, com escolha de metodologias ativas e engajadoras, de recursos adequados para mediação e de formas de avaliação que visibilizem evidências das aprendizagens preconizadas”, afirma Adriana Kampff.

Para Kelly Henao, da Columbus, o curso se materializa como mais uma iniciativa inovadora, fruto da parceria entre a associação e a PUCRS. “Essa nova aliança busca unir forças, experiência e conhecimento entre as duas instituições para fortalecer as capacidades das universidades da América Latina, que no meio da crise enfrentam o desafio de desenvolver experiências de aprendizagem significativas e de alta qualidade em ambientes virtuais e presenciais”, completa.

O curso de 50 horas, distribuídas em sete semanas, será 100% online, utilizando as plataformas Moodle e Zoom, com certificação pela PUCRS e pela Associação Columbus. As aulas serão conduzidas em português e espanhol, com previsão de início para o mês de agosto. Professores interessados poderão acessar mais informações sobre valores e inscrição neste link.

Sobre a Associação Columbus

A Columbus é uma associação de universidades da Europa e da América Latina. Seu principal objetivo é promover a cooperação internacional e o desenvolvimento institucional das universidades, através da melhoria dos processos e estruturas de gestão. O reitor Ir. Evilázio Teixeira é membro do conselho administrativo (América Latina) 2018-2020.

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Para este semestre, investimos em diferentes frentes, a fim de assegurar a saúde de nossa comunidade e aulas ainda mais qualificadas para os alunos

Ainda dá tempo de garantir sua vaga nas disciplinas do próximo semestre e não adiar sua graduação. Para as rematrículas, estendemos o prazo para garantir a redução de 20% na primeira parcela. Agora, você tem até o dia 7 de agosto para realizar o pagamento do boleto e garantir também os demais benefícios exclusivos que preparamos para a rematrícula deste ano.

Novidades para este semestre

Reforçando o compromisso de preservar a saúde da comunidade acadêmica e oferecer aulas ainda mais qualificadas para nossos alunos, investimos em diferentes frentes para o semestre. Desenvolvemos um modelo próprio de educação online, com interação ao vivo, flexibilidade com as aulas gravadas, acompanhamento constante dos professores e novos recursos. Também criamos uma equipe de mediação online, exclusivamente dedicada a acompanhar e orientar professores sobre o uso dos diversos recursos que têm a sua disposição.

E, claro, seguimos atentos às mudanças, de modo que estamos prontos para a implementação de um modelo híbrido quando for possível, com aulas teóricas online e atividades práticas no Campus, em grupos reduzidos, e com todos os cuidados necessários.

Saiba mais: Modelo pedagógico-tecnológico e cuidado constante: confira as novidades do semestre na PUCRS [aguardando link]

Como garanto a redução da primeira parcela?

Para garantir a redução de 20% na primeira parcela, basta você efetuar o pagamento do boleto (que está disponível no Portal do Aluno e em seu e-mail acadêmico) até esta sexta-feira, dia 7 de agosto. No boleto consta o valor integral da parcela, e o desconto será automaticamente aplicado no momento do pagamento. Mais informações aqui.

Até quando posso me matricular?

Você pode fazer sua rematrícula no período de complementação, que acontece do dia 11 até o dia 21 de agosto. Lembrando que o benefício de 20% permanecerá disponível somente até dia 7 de agosto.

Benefícios da rematrícula

Além da redução da primeira parcela, fazendo sua rematrícula para este semestre você ainda tem diferentes possibilidades de flexibilização do pagamento e crédito educativo especial. Você também tem acesso à Formação Complementar, na qual tem a oportunidade de experimentar gratuitamente o Pós PUCRS Online, e poderá escolher dois entre os seguintes benefícios:

Como nosso aluno, você ainda tem acesso gratuito a todo o Pacote Office 365, que inclui diversas ferramentas que facilitam seus estudos e a comunicação com colegas e professores. Além disso, conta com 5 terabytes de armazenamento em nuvem no OneDrive, para que possa manter todos os seus arquivos e acessá-los de qualquer lugar.

Saiba mais sobre os benefícios

Sou ProUni. Quando será minha matrícula?

As matrículas ProUni acontecem nas seguintes datas:

Força-tarefa para um atendimento de qualidade

Para atender com ainda mais qualidade a todas as dúvidas e solicitações nesse período de matrículas, a PUCRS criou uma força-tarefa de atendimento composta por colaboradores de diversas áreas para dar suporte às ligações recebidas no setor financeiro e acadêmico.

Ficou com dúvidas? Entre em contato conosco

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120 ANOS DE MISSÃO MARISTA NO SUL DO BRASILHá 120 anos, desembarcavam no porto do Rio Grande os primeiros Irmãos Maristas missionários no Sul do Brasil. Após uma longa viagem de navio,​ os Irmãos foram recebidos por uma comitiva que os guiou até a cidade de Bom Princípio, onde, no dia 2 de agosto de 1900, iniciava oficialmente a missão marista no Rio Grande do Sul.

O trabalho desenvolvido pelos Irmãos Weibert, Marie Berthaire e Jean Dominici, hoje é seguido por mais de 10 mil colaboradores, entre Irmãos Maristas e profissionais de diversas áreas. Pessoas que mantêm viva a missão de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna por meio da educação e do cuidado com a vida.

Para celebrar a trajetória de início da presença marista no sul do Brasil, o Centro de Espiritualidade e Memória Marista preparou uma sequência de atividades que serão realizadas de forma virtual ao longo dos próximos dias. No dia 2 de agosto, a Paróquia Nossa Senhora da Purificação, de Bom Princípio, irá realizar uma missa comemorativa aos 120 anos da chegada dos Irmãos Maristas ao município. A transmissão será realizada às 16h, pelo Facebook​ da paróquia.

Já no dia 3 de agosto, às 16h, o superior-geral do Instituto Marista, Ir. Ernesto Sánchez, participará de uma celebração virtual, promovida para os colaboradores da Rede Marista na plataforma teams.  Acesse aqui.

Como tudo começou

A memória e a história institucional têm um valor muito importante para a missão marista. A narrativa dos Irmãos missionários que vieram da França para o Brasil encontra-se em diferentes documentos históricos e, também, está retratada no livro Maristas no Brasil Meridional, do Irmão Alfredo Henz. Confira mais detalhes sobre a trajetória dos três Irmãos pioneiros da missão marista no Sul do Brasil:

O percurso

O nome do vapor que tomaram era Guahyba, pertencente à Companhia Hamburguesa de Navegação para a América do Sul. A viagem a bordo do vapor durou 30 dias. Após quatro semanas, atracaram em Maceió, acreditando ser o fim da viagem, mas não era. No dia 20 de julho, chegaram ao porto de Rio Grande, mas ainda faltava chão a ser percorrido. No desembarque, foram acolhidos por dois padres jesuítas da Escola Stella Maris. Logo a notícia da chegada dos Irmãos se espalhou pela cidade, tendo registros dessa passagem nas edições de 27 de julho de 1900 dos jornais Diário de Rio Grande e Echo do Sul.

A viagem continuou em 21 de julho, quando embarcaram no vapor Mercedes, que, em dois dias, os levou a Porto Alegre, para que pudessem visitar o Bispo Dom Cláudio Ponce de Leon e realizar as exigências legais, permanecendo na cidade de 23 a 31 de julho.

No dia 29 de julho Sua Excelência Dom Cláudio, grande apoiador da vinda dos maristas para o sul do Brasil, escreveu uma carta ao Superior-Geral dos Irmãos Maristas, desejando votos de prosperidade:

“Bom Princípio significa bom começo. – Conhecendo vossa comunidade, as necessidades e as disposições de meus diocesanos, espero que este bom princípio fará admiráveis progressos, ricos em consolação para a comunidade e a Diocese”.

Depois de cumpridas as formalidades com o Bispo e as exigências para estrangeiros em Porto Alegre, partiram rumo a São Sebastião do Caí, no dia 1° de agosto, sendo recebidos novamente pelos padres jesuítas, que se encarregaram de avisar aos responsáveis em Bom Princípio sobre a chegada dos Irmãos.

Chegada em Bom Princípio

120 ANOS DE MISSÃO MARISTA NO SUL DO BRASIL

Primeira casa dos Irmãos Maristas em Bom Princípio

No dia 2 de agosto de 1900, os três Irmãos Maristas foram conduzidos a Bom Princípio por uma comitiva formada por veículos rústicos típicos da região.

Diante da Igreja Matriz, os Irmãos foram recebidos pelas autoridades da região, com saudações e votos de boas-vindas.  O povo e os Irmãos entraram na Igreja ao canto do hino Te Deum Laudamus e Grosser Gott wir loben Dich em língua alemã. No dia seguinte, foi realizada uma missa solene para dar graças à instalação da nova comunidade.

Os Irmãos começaram a trabalhar quase que imediatamente, em uma pequena escola paroquial. Já nos cinco primeiros anos, a fundação de novas escolas gerou um cenário de otimismo para a educação católica. Ainda hoje os Colégios Maristas seguem sendo instituições de referência no estado do Rio Grande do Sul.​

Novas relações de trabalho e formas de gerir, humanização de marcas, tecnologias e inovações para o cotidiano, um futuro em constante transformação. Não, nós não estamos falando do “futuro pós-pandemia”, mas sim da realidade causada pela aceleração digital provocada pela Covid-19: o novo normal acontece hoje.

Separamos para você as melhores dicas e os destaques das aulas abertas realizadas pelas nossas professoras e professores de todas as Escolas sobre como se preparar para as novas demandas do mercado e acompanhar as reinvindicações da sociedade de forma consciente. Mas, principalmente, sobre a importância de sermos parte da mudança.

Trabalhar de casa ou como freelancer também conta?

Com André Jobim, Denise Fincato, Eugênio Hainzenreder, Gilberto Stürmer, Henrique Rocha, João Vicente Rothfuchs, Luiz Antônio Azevedo, Martha Sittoni e Maurício Góes.

Com o atual cenário não se fala mais em empregabilidade, mas sim, em trabalhabilidade, que vai além do exercício de funções consideradas padrões e estáveis, ou do regime autônomo, “não protegido”. Como lidaremos com as novas situações do mundo do trabalho, com as plataformas digitais, com os serviços informais e com o teletrabalho?

“O mundo do trabalho já estava mudando antes do novo coronavírus mudar planos em escala global, ele apenas acelerou esta mudança. E elas já são perceptíveis.” GILBERTO STÜRMER. 

Sem dúvidas, os conflitos decorrentes das relações de trabalho estarão presentes, como sempre estiveram. Porém, a grande aposta está na capacidade de mediação como instrumento de alcance de soluções coletivas.

Assista à aula gratuitamente: Qual o futuro do Direito do Trabalho?

Será que as marcas e empresas estão preparadas para um futuro mais consciente e responsável? 

Com Claudia Trindade, Denise Pagnussatt e Fabian Chelkanoff Thier.

A responsabilidade social compreende questões que já são debatidas há mais tempo: empresas e sociedade precisam agir de forma ética, responsável e comprometida. Hoje esse conceito se amplia e propõe novas formas de se pensar a Publicidade, o Jornalismo, as Relações Públicas e a Comunicação de forma geral. Não basta falar sobre propósito, valores e missão, sem rever a estrutura das organizações para entender o seu impacto e papel na transformação social.

“Humanização, engajamento, propósito e responsabilidade social. Afinal de contas, para quem a gente se comunica e o que comunicamos?” FÁBIAN CHELKANOFF.

O diálogo entre as instituições e a sociedade não pode ser de mão única: é necessário que haja troca. Nessa dinâmica, a transparência e a honestidade são pontos chave. Trabalhar o social é essencial e precisa ser algo consistente, não pontual.

Assista à aula gratuitamente: Comunicação com propósito e a responsabilidade social das marcas.

Como as diferentes doenças provocadas pelo coronavírus afetam a subjetividade humana?

Com Inês da Silva, Andreia dos Santos, Teresa Marques, Rosane Zimmer, Maria Amodeo e Marcia da Silva.

Somos seres relacionais. E se alteramos a forma como estabelecemos nossas relações, também modificamos as próprias relações. O medo é uma reação, e, durante a pandemia, temos experienciado a ausência do convívio. Porém, o medo pode ser um impulsionador, com a capacidade de nos paralisar, mas também de nos mobilizar.

“Caberá ao futuro reinventar a confiança, o respeito, a empatia, a solidariedade, recuperando todas essas perdas que vivenciamos durante o período de pandemia.” ANDREIA DOS SANTOS.

O nosso papel é o trabalho junto à humanidade. A pandemia deixa muito mais evidentes algumas mazelas históricas, mas também nos leva a pensar sobre coisas mais profundas, como as filosóficas, que dizem respeito à nossa natureza humana.

Assista à aula gratuitamente: A humanização das profissões e das relações sociais após a pandemia e O impacto da pandemia na educação.

A curiosidade é algo fundamental para profissionais de qualquer área

Com Augusto Aiquel, Ely Mattos, Jorge Elias e Lélis Espartel.

Comportamento do consumidor, logística, gestão de pessoas, economia… Todos esses são temas importantes para profissionais da área de Negócios. Mas, independentemente do ramo de atuação, quem quer se destacar no mercado de trabalho precisa desenvolver a curiosidade e saber questionar.

“Uma das questões que fica será a profissionalização. Precisamos de pessoas com competência para saber o que fazer e tomar decisões. Muitas não eram usuárias do meio digital, e agora são. O desafio é fazer isso funcionar.” AUGUSTO AIQUEL.

As restrições mudam os comportamentos. Muitas pessoas tiveram que procurar alternativas durante a quarentena, e isso vai impactar no consumo, no varejo, e em diversas outras áreas. Por isso é importante pensar em um trabalho multidisciplinar para construir soluções coletivas.

Assista à aula gratuitamente: Os desafios da gestão na Nova Economia.

A tecnologia em favor do combate à pandemia

Com Anderson Terroso, Fabiano Hessel, Rodrigo Barros, Karina Ruschel, Marlon Moraes, Odilon Duarte e Sérgio Boscato.

Todas as empresas de médio e grande porte estão buscando formas de utilizar Inteligência Artificial para ter vantagem competitiva nos seus negócios ou para automatizar os seus processos e ganhar em agilidade. Elas descobriram que, aquelas que não evoluírem, vão perder mercado. Durante a pandemia, a importância dos avanços tecnológicos ficou ainda mais evidente.

“E se esse contexto tivesse acontecido há 20 anos? Será que nós, enquanto sociedade, conseguiríamos ter os mesmos resultados? É bem provável que não, porque os avanços tecnológicos das últimas décadas foram decisivos pra que hoje tenhamos conforto e condições de fazer com que as atividades fossem mantidas, pelo menos minimamente.” MARLON MORAES.

Essas novas ferramentas são importantes para que possamos prevenir que situações parecidas com a atual se repitam. A capacidade de monitorar e agir é decisiva para a segurança e a saúde da população.

Assista às aulas gratuitamente: A importância da Internet das Coisas e da Inteligência Artificial no mundo pós-Covid-19 e A importância do desenvolvimento tecnológico neste momento de pandemia.

Como ficarão nossa mente e o nosso corpo quando a “vida presencial” voltar?

Com Ana Feoli, Rodrigo Sartori, Rochele Fonseca, Cristina Pio, Eduardo de Lima, Giuseppe Potrick, Rafael Baptista e Thais Resende.

É um momento de instabilidade em diferentes âmbitos, mas principalmente no emocional. Não é difícil de se deparar com relatos de pessoas que estão enfrentando uma “montanha-russa” de sentimentos, hora se sentem bem, hora não. Entender que está tudo bem não estar sempre bem é importante, assim como saber respeitar o seu tempo e espaço para se adaptar às mudanças. O trabalho de profissões da área da saúde, como a Psicologia, Medicina e a Nutrição, por exemplo, se mostra cada vez mais essencial no cotidiano da população.

“Todos nós tivemos que aprender a nos virar nessa pandemia. Isso cria trilhas mentais totalmente novas. A gente teve que se virar para cozinhar, para fazer exercícios, para se concentrar para ler.” ROCHELE FONSECA.

Outra discussão muito presente durante a quarentena é sobre o slowfood, a alimentação mais lenta, onde cada um produz a sua própria comida. Onde a batata pré-frita é substituída pela batata comprada em uma feira e preparada com um tempero especial. Isso tudo muda as abordagens tradicionais, e acaba incentivando o interesse em cuidar da alimentação.

Assista às aulas gratuitamente: Como ficará nossa mente quando a vida voltar? Dicas práticas da neuropsicologia, educação física e nutrição e Os aprendizados trazidos pela Covid-19 para a área da saúde.

Esteja preparado para o futuro das profissões

Você sabia que quem estuda ganha mais? Pessoas formadas no ensino superior costumam ganhar mais que o dobro (140%) do que quem possuiu apenas o ensino fundamental. É o que mostra o relatório Education at a Glance, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as nações consideradas mais ricas.

Estude na PUCRS, a melhor universidade privada do País, e conte com uma estrutura completa, ao mesmo tempo em que prioriza a segurança, com a adaptação das aulas e de protocolos. Conheça todos os nossos benefícios aqui!

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Um dos maiores atores da cultura brasileira, Ariclenes Venâncio Martins, conhecido como Lima Duarte, será o homenageado com a entrega do Mérito Cultural PUCRS no dia 19 de agosto às 20h em cerimônia online pelo canal da Universidade no YouTube. Na ocasião, o artista também fará a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira.

A honraria Mérito Cultura PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade em um polo cultural e já premiou, em 2018, a atriz Fernanda Montenegro que, na oportunidade, apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo, e, em 2019, a cantora Maria Bethânia, que marcou sua volta aos palcos no espetáculo Claros Breus, que teve apresentação única no Rio Grande do Sul, no Salão de Atos Irmão Norberto Rauch, na PUCRS.

Ariclenes Venâncio Martins, nascido num povoado chamado Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e do Sagrado Sacramento (MG), filho de um boiadeiro e de uma artista de circo, sempre manteve um pé na roça e outro no mundo cosmopolita. De Zeca Diabo a Sinhozinho Malta, Lima Duarte trouxe à teledramaturgia nacional um grande personagem: o brasileiro comum.

Com a mesma naturalidade, foi o empresário Salviano Lisboa, de Pecado Capital, e o elegante Dom Lázaro Venturini, de Meu bem, meu mal (1981). Das classes abastadas aos estratos mais humildes, sua galeria de personagens revela uma profunda dimensão humana. A doçura de Sassá Mutema, em O salvador da pátria (1989), foi capaz de parar o Brasil a cada episódio. Numa determinada ocasião, ao ser comparado a Charles Chaplin e Marlon Brando, Lima Duarte definiu em uma frase seu projeto artístico: “Somos todos atores de um papel só. O meu é o brasileiro”.

Entretanto, essa profunda identificação não impossibilitou que o ator representasse um indiano em Caminho das Índias (2009) ou um turco em Belíssima (2005). Segundo o próprio ator, ao ser perguntando sobre os seus múltiplos papéis, sua vida foi marcada pelo constante encontro de mundos antagônicos: “O que muito me honra e engrandece é o fato de ser, na elite dos atores brasileiros, o único de formação rural, um caboclo que virou ator. E todo o meu esforço tem sido no sentido de servir minha gente, de não envergonhá-la e de dizer, a cada personagem: ‘Olha! Eu sou um de vocês!’ Mesmo tendo sido Hamlet, Padre Antônio Vieira, Macbeth, Otelo… Tudo caboclo, como eu!”.

A carreira de Lima Duarte é uma travessia de coragem, bravura e dedicação. Em 1946, chega a São Paulo, depois de duas semanas numa boleia de caminhão de frutas. Na capital paulistana, passa a viver de pequenos bicos, inclusive como carregador na feira. Ao tentar uma vaga na rádio, é humilhado e chamado de “voz de sovaco”, devido ao seu timbre.  Apesar desse revés na Rádio Tupi, consegue uma vaga de aprendiz de sonoplasta. Logo depois seria convidado por Oduvaldo Vianna a assumir um papel na radionovela Rádio Romance Royal Briar. Na histórica primeira transmissão da TV Tupi, em 1950, Lima Duarte estava ao lado de Assis Chateaubriand e Lolita Rodrigues.

Em 1951, fez parte do elenco de Sua vida me pertence, a novela em que um galã, Walter Forster, beijou a mocinha, Vida Alves, pela primeira vez no vídeo. Depois participou da novela O Rouxinol da Galileia (1968), O drama dos humildes (1964) e Os irmãos corsos (1966), entre outras.  Lima Duarte, ainda na Tupi, dirigiu Beto Rockfeller em 1968. Convidado pela Globo, consagra-se como um ator definitivo numa impactante sucessão de personagens. Lima Duarte também atuou na peça Arena contra Zumbi, de Augusto Boal, que evidenciou um dos momentos marcantes na cultura brasileira nos anos de resistência ao golpe militar.

Hoje, no ano em que a TV brasileira completa 70 anos, Lima Duarte converteu-se num verdadeiro fundador e desbravador desse veículo de comunicação que transformou a sociedade contemporânea. Falar em Lima Duarte é falar em TV Brasileira, em teatro brasileiro, em cinema brasileiro, em cultura brasileira. Sua história se confunde com a história de todos nós.

Imagem geral das atrações do Museu da PUCRS

A live do MCT no TikTok acontece na sexta-feira, dia 31, e mostrará o espaço de exposições. Foto: Bruno Todeschini

Em parceria junto ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o TikTok, aplicativo de vídeos popular entre os jovens, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) é um dos participantes da campanha #MuseuSemFronteiras entre os dias 27 de julho e 2 de agosto. A ideia é matar a saudade do passeio cultural, já que todos os museus seguem fechados devido à pandemia da Covid-19. A ação reúne um conjunto de museus públicos e privados. O MCT é o único museu universitário entre os participantes.

De acordo com a representante da coordenadoria de projetos museológicos do MCT, Simone Flores Monteiro, a experiência virtual é mais um meio de comunicação com o público que gera aprendizado, conhecimento, sensações, afetos.  “No momento em que estamos vivendo, essa comunicação contribui para a dignidade social, pois o público que não conhece pode se beneficiar de experiências e patrimônios museais”.

O físico e o virtual em simbiose

A pandemia nos fez olhar mais para a relação virtual. Com as restrições impostas, foi criado um espaço específico no site para as experiências online e também foi ampliada a interação com as redes sociais, que extrapola a relação de espaço do museu enquanto espaço físico, aproximando mais as pessoas.

Simone pontua que a virtualidade não resolve, “pois a experiência e a vivência permitem a sociabilidade, o crescer com o outro”. Mas, por outro lado, ela acredita que aproxima o que está distante, no sentido de que os museus são espaços que, através do aprender lúdico e poético, contribuem para reduzir o medo, e esclarecer, a partir da ciência e da memória, e assim multiplicar a esperança. “Não teria sentido ser diferente, afinal tudo o que o MCT guarda, conserva, pesquisa contribui para a valorização da vida, para que o homem se entenda como parte da natureza, sabendo que tem um papel importante”.

Segundo a coordenadora educacional do MCT, professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Renata Medina da Silva, o principal desafio ainda é o acesso ao ambiente virtual. “Mesmo com propostas educativas, lúdicas e interativas, como os vídeos da exposição Ma

rcas da Evolução  e o Quiz com o mascote do museu, o Eugênio, a questão ainda é fazer com que todo esse universo de possibilidades chegue às pessoas, pra que elas possam usufruir esses conteúdos, sobretudo os estudantes da rede pública de ensino.

Marque na sua agenda

Todas as lives serão exibidas nas páginas das próprias instituições no TikTok e terão entre 30 minutos e 1 hora de duração. A live do MCT acontece na sexta-feira, dia 31, e mostrará o espaço de exposições com duração máxima de 40 minutos. Será um tour relatando as diferentes experiências e temáticas que as pessoas podem encontrar a partir de dos acervos, exposições pesquisas e ações educativas.

Programação:

Sobre o TikTok

O TikTok é um aplicativo gratuito, no qual seus usuários podem postar vídeos de até um minuto, utilizando músicas e filtros disponíveis no aplicativo. Com a missão de inspirar criatividade e trazer alegria, o TikTok possui escritórios globais, incluindo Los Angeles, Nova York, Londres, Paris, São Paulo, Berlim, Dubai, Mumbai, Cingapura, Jacarta, Seul e Tóquio.

No último ano, foi um dos aplicativos com maior número de downloads no mundo e o Brasil está entre os países com o maior número de usuários.

jorge audy

Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS / Foto: Camila Cunha

A evolução da sociedade passou por diversas ondas ou etapas, desde a posse da terra como principal fator de geração de riqueza, passando pela Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, deslocando o eixo para as máquinas e as indústrias. Na segunda metade do século XX, a revolução da tecno ciência muda novamente os principais fatores de geração de riqueza, com a emergência da sociedade do conhecimento, com o foco na tecnologia e na inovação. Neste século XXI, diversos eventos e sinais vêm sendo enviados do futuro com relação à um novo ciclo de transformação na sociedade, onde a crise sanitária que vivemos é somente um destes sinais. As questões sociais, em especial o desafio da desigualdade em suas diferentes dimensões e as questões ambientais, em especial as mudanças climáticas e os impactos no meio ambiente, são temas centrais com relação ao próprio futuro da humanidade.

Uma das mais importantes discussões hoje no mundo vem da Inglaterra, em torno dos negócios de impacto social e ambiental. Neste sentido, Sir Ronald Cohen aborda o tema da Revolução do Impacto, cuja questão básica é: que tipo de mundo nós queremos viver no futuro?
Estamos hoje imersos ainda na primeira fase da pandemia, o que poderíamos chamar de sobrevivência, tentando nos manter vivos e os negócios viáveis. Logo, ingressaremos em uma segunda fase, ainda crítica, que envolverá a recuperação: será a hora de retomarmos nossas atividades relacionais, sociais e profissionais. Somente depois chegaremos na fase da renovação, o que muitos chamam de novo normal, que é muito difícil de prever ou antecipar. Mas parece que todos concordamos que não seremos os mesmos. Não nos comportaremos da mesma forma. Novos paradigmas irão emergir.
Quase impossível saber ou antecipar o que virá. No máximo podemos ler alguns sinais do futuro e imaginar algumas possibilidades. Provavelmente, as transformações virão em duas frentes: pessoal e social, profissional e dos negócios. Na frente pessoal e social talvez emerja um novo humanismo, como atitude frente aos desafios, como uma nova forma de estar no mundo. Humanismo como uma nova forma de cuidarmos uns dos outros. Pensar o coletivo antes do individual.
 
Na frente profissional e dos negócios, talvez emerja um novo conjunto de valores a nortear a ação das organizações, não somente da percepção social, mas também novos padrões de análise dos negócios, onde o impacto social e ambiental dos empreendimentos se tornem tão importantes quanto seus resultados financeiros. Podemos imaginar um mundo onde as pessoas tenham mais responsabilidade e ciência de seu papel na sociedade, onde o consumo seja mais consciente, onde possamos (e devamos) escolher onde trabalhar, o que comprar e em quem investir, de acordo com valores que nos sejam relevantes. Valores globais, com senso de bem comum e responsabilidade pelo futuro do planeta.
 
Assim como a grande crise de 1929 mudou para sempre a forma como as empresas atuam, são avaliadas e auditadas, esta crise de 2020 pode ser um marco para uma nova forma de avaliar as organizações e seu papel social. Existem muitos desafios que devemos superar como sociedade, os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU indicam com clareza estes desafios. O que devemos fazer é direcionar o melhor dos nossos esforços e capacidades no desenvolvimento de ações de Impacto. Impacto social, Impacto Ambiental. Devemos, juntos, mudar as regras do jogo. O modelo mundial vigente não atende mais nossas expectativas de um mundo melhor. A Revolução da tecno ciência deve ser seguida por uma Revolução de Impacto Social e Ambiental. Podemos pensar em gerar resultados econômicos e impacto social e ambiental simultaneamente. Um não deve mais excluir o outro.
 
Desde a encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, até pensadores como o inglês Sir Ronald Cohen, cada vez mais a pauta social e a pauta ambiental se tornam mais e mais relevantes. Para nosso futuro. Para o futuro da humanidade. Para transformar o mundo em um lugar melhor para se viver, menos desigual, reduzindo a pobreza e ampliando as possibilidades de desenvolvimento pessoal por meio de uma educação de qualidade, transformadora, inclusiva. Para todos. Pelo bem de todos.
Onde estão as mulheres negras à sua volta? - Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha marca o combate ao racismo e ao machismo e a reinvindicação por equidade

Foto: Unsplash

No Brasil, elas são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem, em média, apenas 58,2% da renda das mulheres brancas, segundo dados divulgados pelo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na PUCRS, o Núcleo de Estudos em Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Neabi), o qual professora Leunice de Oliveira faz parte, dedica-se a aprofundar o debate sobre a negritude, a diversidade e uma possível reparação histórica.

Enquanto mulher negra e acadêmica, Leunice comenta sobre os desafios e os avanços em relação à quebra de paradigmas e a luta constante por espaços na sociedade. “Com a organização dos movimentos sociais foi possível evoluir em algumas pautas e no diálogo sobre o feminismo negro, por exemplo, com um maior engajamento em cessar com a invisibilidade”, comenta a professora da Escola de Humanidades da PUCRS.

É preciso falar sobre interseccionalidade

“É necessária a compreensão de que a mulher negra experimenta um conjunto de desvantagens sociais que resultam em uma posição social considerada inferior à da mulher branca. As nossas necessidades são muito peculiares e, sem que seja feita uma profunda análise do racismo, do machismo e colonialismo brasileiro, é impossível atender às urgências deste grupo” enfatiza.

Segundo a escritora Alice Walker, referência no movimento, existem diferenças entre o feminismo, o mulherismo e o mulherismo africano. “Ser uma mulherista africana significa que temos controle de nossa nomeação e nossa definição. É lidar com a tripla dificuldade das mulheres negras: raça, classe e sexo, mas com sua própria ordem. E, para mim, vem a noção de priorizar a raça, porque é isso que nos ameaça mais do que tudo, eu acredito”, explica.

Representatividade é coisa séria

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Foto: Nappy

As desigualdades étnico-raciais são evidentes tanto no mercado de trabalho, quanto nas competições de espaços de poder, como cargos de gestão, liderança e políticos. Mesmo com a melhora da universalização do ensino, essas ações não têm sido suficientes para reduzir significativamente as desigualdades da pirâmide educacional e “isto deve ainda implicar na persistência da concentração de brancos nas principais posições de poder do País”, segundo o Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil.

“Tenho na Universidade um lugar de fala, de direito à voz.” LEUNICE DE OLIVEIRA. 

Apesar dos desafios, a professora Leunice diz ter obtido avanços na pauta de empoderamento de mulheres negras. Para ela, o ativismo foi fundamental para a conquista de espaços, rompendo com a não representação e ajudando a mudar a história.

Ela conta que sua história de vida não é diferente da maioria de negros e negras no Brasil. “Reconheço que o espaço em que ocupo como professora universitária, poucos negros tiveram acesso por falta de oportunidades educacionais e profissionais. Nós que pertencemos a estes grupos, podemos e devemos falar por nós, para que nossas vozes sejam ouvidas, estabelecendo rupturas com o que nos fora destinado e buscando caminhos para a superação”, destaca.

Sobre as políticas públicas

O Brasil implementou algumas Políticas de Ações Afirmativas, com o objetivo de tentar corrigir a longo prazo os efeitos das discriminações e da escravidão, baseadas na igualdade de acesso a bens fundamentais e direitos de cidadania plena. Entre elas, a Lei de Cotas para universidades públicas para negros/as, indígenas, alunos/as de escolas públicas, entre outros grupos.

A lei Maria da Penha, de 2006, também representa um marco na garantia de proteção social das mulheres, considerando os índices crescentes de violência doméstica e feminicídio que crescem anualmente. O Brasil tem 13 homicídios de mulheres por dia, e maioria das vítimas (66%) é negra, segundo o Atlas da Violência de 2019 do Ipea.

Uma carreira dedicada a abrir portas

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Professora Leunice de Oliveira / Foto: Arquivo pessoal

Formada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Leunice Martins de Oliveira é mestre em Educação pela PUCRS, e possui doutorado e pós-doutorado em Educação pela UFRGS. Atua principalmente com temas sobre educação, currículo, cultura, políticas públicas, educação intercultural, estudos afro-brasileiros e educomunicação. É coordenadora do curso de especialização em Gestão da Educação e professora da Escola de Humanidades da PUCRS.

Uma causa coletiva

Com a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, o dia 25 de julho é considerado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, desde 1992. O dia representa o enfrentamento ao sexismo, racismo, machismo e a busca da mulher negra por igualdade de direitos e oportunidades.

Leia também: Elas estão alcançando cada vez mais espaços na área de Ciência e Tecnologia

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Estudantes poderão conhecer estrutura e diferenciais da Universidade por meio de atividades em diferentes formatos

Construir um projeto de vida é uma atividade que exige autoconhecimento e reflexão, além de um entendimento das inúmeras possibilidades que o futuro pode apresentar. Trata-se de um processo que acontece ao longo dos anos e que não é estático, mas que, quanto antes for iniciado, mais fácil será. Pensando nisso, a PUCRS lança a iniciativa Projetando o Futuro, voltado a estudantes de ensino médio, com o objetivo de contribuir nessa construção do projeto de vida e de carreira.

A ideia é que, por meio de atividades formativas e vivenciais alinhadas às expectativas e demandas do novo ensino médio, a Universidade seja apresentada aos estudantes como um lugar de descoberta e desenvolvimento do projeto de vida. A partir desse relacionamento, o intuito é olhar para o futuro de uma forma mais integral e apresentar a estrutura e os diferenciais da PUCRS. “A iniciativa conta com um portfólio de experiências em múltiplos formatos para ajudar esses jovens na escolha não apenas de um curso de graduação, mas de um projeto de e para a vida”, relata a diretora de Assuntos Comunitários, professora Rita Petrarca.

Através de uma plataforma, o Projetando o Futuro apresenta atividades interativas no que se refere ao projeto de vida e aos diferenciais da PUCRS, além de smart papers produzidos por docentes sobre temas de interesse dos estudantes, como Educação Midiática, Educação financeira, Empreendedorismo e Inovação e Educação para a Carreira. “Mesmo iniciando de forma online, o Projetando o Futuro permite que esses jovens ‘entrem’ na PUCRS e conheçam os cursos, professores, estrutura da Universidade e um pouco da vida acadêmica”, observa Rita.

Possibilidades ampliadas

A palavra Universidade vem do latim Universitas, que significa universalidade, o todo, o conjunto das coisas. Para Rita, isso significa mostrar os múltiplos caminhos que existem e ampliar o campo de possibilidades sobre as profissões, trajetórias acadêmicas e o mercado de trabalho. “Cabe a nós oferecermos as perguntas ‘certas’ para que o estudante busque as respostas na tomada de decisão”.

Assim, o Projetando o Futuro é um convite para que o estudante reflita sobre quem é, que relações estabelece, qual seu papel na sociedade, sua relação com a dimensão espiritual e o que ele deseja para sua vida profissional, acreditando na integralidade da pessoa. “Como Rede Marista, temos um jeito próprio de entender o que é projeto de vida – ‘ação de construir-se integralmente como pessoa num processo dinâmico, que faz com que a vida se movimente impulsionada por um sentido maior que o próprio eu’”, comenta Rita, lembrando que a adolescência é um momento de fazer escolhas e, quanto mais o jovem sabe quem é, mais tem segurança para tomar essas decisões.

Um relacionamento de longa data

A PUCRS sempre esteve junto de estudantes e instituições, promovendo espaços e projetos para o diálogo sobre carreira e futuro profissional. Em 2019, mais de 13 mil estudantes participaram de 72 iniciativas em escolas no Rio Grande do Sul. O Projetando o Futuro surge com o objetivo de que esse relacionamento estimule os jovens a olhar para o futuro a partir da perspectiva de projeto de vida, indo além da carreira. A iniciativa foi desenvolvida e é liderada pela Diretoria de Assuntos Comunitários, por meio do núcleo de Relacionamento com o Ensino Médio, em parceria com a Assessoria de Comunicação e Marketing e o Centro de Pastoral e Solidariedade da Universidade.

O site da iniciativajá está no ar. Acesse aqui e compartilhe o link com quem você achar que pode se interessar!