Oferecer oportunidades de desenvolvimento, orientações de carreira e proporcionar um espaço para o autoconhecimento de adolescentes que estão no Ensino Médio de escolas públicas. Esses são os objetivos do projeto MUDA, idealizado por João Vitor Severo, estudante do 6º semestre de Administração: Inovação e Empreendedorismo da Escola de Negócios da PUCRS. “Geralmente as oportunidades são escassas para os jovens de escolas públicas. Porém, muitas vezes, quando aparece uma chance eles agarram com tal força que se tornam destaques. Então, eu enxergo o MUDA como uma possibilidade de identificar talentos, mostrando para os adolescentes que eles podem ter sonhos e oferecendo um ambiente de reflexão e planejamento de vida”, ressalta Severo.

A ideia foi a grande vencedora do Torneio Empreendedor 2019, realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear). Durante o Torneio, os participantes foram estimulados a desenvolver projetos de impacto social, recebendo o acompanhamento de mentores parceiros do Idear. Para Severo, o ambiente empreendedor foi fundamental para avançar na construção do MUDA. “O Torneio faz com que a gente pense, através das várias ferramentas de modelagem, os diversos pontos que são necessários para transformar uma ideia em um negócio que saia do papel e dê certo”, destaca. Ao final das mentorias, as equipes apresentaram seus projetos no Pitch Day, realizado em novembro.

O protagonismo que cria oportunidades

Em quatro módulos, o MUDA atuará dentro das escolas, com dinâmicas que buscam favorecer que os alunos também participem ativamente na construção do conhecimento. “No primeiro módulo, vamos procurar estabelecer vínculos com os estudantes para que eles se vejam como protagonistas. Paralelamente, vamos auxiliar o desenvolvimento de competências empreendedoras como trabalho em equipe, liderança e oratória. Queremos que eles se conheçam, saibam onde querem chegar e construam os caminhos com propósito”, conta o idealizador do MUDA.

Severo ainda destaca que nos demais módulos as atividades aprofundarão temas voltados para o autoconhecimento, planejamento de carreira e educação financeira. “Durante a criação do projeto, fizemos um estudo que nos apontou a importância de levar para esses jovens o conhecimento sobre finanças. Esse é um dos temas que mais gera impacto para o futuro”, afirma.

O projeto piloto do MUDA será testado em março deste ano e a proposta é que as atividades aconteçam durante quatro semanas, com um dos módulos sendo abordado em cada semana.

Empreendedorismo como parte da formação acadêmica

Além da participação no Torneio Empreendedor, Severo destaca que a estrutura da Universidade contribui para o desenvolvimento de ações de inovação e para a criação de negócios. “Ao longo da minha trajetória na PUCRS conheci professores que estão me auxiliando muito para o crescimento do MUDA, inclusive me motivando e dando dicas. Além disso, o Campus proporciona a troca de experiências com estudantes de outros cursos, o que é fundamental para observar as possibilidades sob diversos ângulos”, frisa.

Em dezembro, os integrantes dos quatro projetos melhores colocados no Torneio visitaram a sede do Google em São Paulo. A visita faz parte da premiação do evento, que inclui também mentorias no programa Rocket, participação na seletiva do Startup Garagem e consultoria com o Tecnopuc Fablab. “Essa experiência contribuiu para evidenciar que não existem fronteiras e que há uma infinidade de caminhos possíveis. No início do ano passado eu tinha uma ideia engavetada, mas meses depois ter sido vencedor do Torneio Empreendedor e ter vivenciado tudo isso me mostrou que vale a pena continuar me dedicando para aquilo que acredito”, completa Severo.

Aplicativo de adoção abre portas para novas famílias - Pelo menos nove crianças e adolescentes já foram adotados através da plataforma

Foto: Camila Cunha

O sonho de fazer parte de uma família deixa de ser uma realidade distante na vida de diversas crianças do Rio Grande do Sul. Um ano após o lançamento do aplicativo Adoção do Tribunal de Justiça do RS (TJ RS), pelo menos nove crianças e adolescentes já foram adotados através da plataforma. Outras cinco estão em fase de aproximação e 12 em estágio de convivência com as novas famílias. Atualmente, mais de 3,2 mil pretendentes a pais e mães já estão cadastrados na ferramenta desenvolvida por alunos da Escola Politécnica da PUCRS, sob a coordenação do professor e cientista da computação Eduardo Arruda.

Arruda conta que a Escola Politécnica segue acompanhando a evolução dos resultados alcançados com o app, que, segundo ele, já atingiu o seu objetivo: ajudar crianças e adolescentes a terem uma família. “São vidas impactadas. Isso faz com que a gente tenha uma grande satisfação”, conta. Desde o seu lançamento, em agosto de 2018, o aplicativo de adoção já teve mais de 13 mil downloads para aparelhos Android e iOS.

Um dos grandes problemas que dificultam a adoção é que os candidatos têm objetivos muito limitantes, como faixa etária, cor das crianças, número de irmãos, entre outros, lembra Arruda. “No app nós retiramos essa possibilidade. É possível apenas organizar a ordem dos resultados com alguns critérios, mas todos os adolescentes também são exibidos”, explica. Ao assistir os vídeos, ver as fotos ou ler as mensagens de cada criança, os futuros pais e mães se sensibilizam e, muitas vezes, percebem que a idade é apenas um número.

Linhas de código e projetos de afeto

Matheus Vaccaro, de 22 anos, foi um dos alunos que participaram da construção do aplicativo. Ele conta que o projeto influenciou também as suas decisões pessoais e, dois anos após ter se formado, decidiu seguir atuando na área de desenvolvimento de software para aparelhos mobile: “O projeto que a gente desenvolveu foi para uma cadeira, mas o mais legal é que a Universidade foca em ideias que têm um retorno importante para a comunidade”.

Durante o projeto, os participantes tiveram conversas e entrevistas com o a equipe do TJ para entender quais eram as necessidades do aplicativo. “Foi muito bom ter esse envolvimento desde o início”, destaca Vaccaro.

Formação de pessoas e profissionais reais

“O espírito do curso é assim, mão na massa”, conta Eduardo Arruda sobre o curso de Engenharia de Software, que prepara os alunos com toda a carga teórica para a prática com projetos, clientes e problemas reais ainda na formação. A Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) também fica aberta para novas ideias e desafios a cada semestre. Qualquer empresa, pública ou privada, que tenha atuação de impacto social pode procurar a agência para construir uma parceria ou projeto.

Um projeto, muitas mãos

Além da coordenação do professor e da criação dos alunos, o projeto também contou com a ajuda da Agese da Apple Developer Academy, sediadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A tecnologia como ferramenta de transformação: essa foi a ideia do time que trabalhou junto para impactar vidas e ajudar a formas novas famílias.

Principais dúvidas sobre adoção

O portal oficial do TJ RS responde algumas das dúvidas mais frequentes dos interessados em adotar. Entre elas, o que é adoção, qual a preparação necessária para adotar, período de espera do processo, direitos das famílias, entre outras. Confira abaixo algumas delas:

Promover a inclusão no seu aspecto mais amplo é o objetivo da plataforma IncluiTec, idealizado pelo aluno do curso de Psicologia Robson Souza. Inicialmente lançada com o nome TchêInclui em 2018, a plataforma reúne serviços que podem ser utilizados por escolas, empresas e pessoas que procuram informações relacionadas ao tema, conectando quem tem essas demandas com estudantes, grupos de pesquisa e profissionais interessados em propor soluções.

A ideia surgiu no primeiro semestre de 2018, na disciplina Psicologia Escolar e Educacional I, ministrada pelo professor Alexandre Guilherme na Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O docente utiliza a metodologia Problem Based Learning (PBL), em que a aprendizagem é baseada na busca de soluções para determinados problemas. Os estudantes deveriam visitar uma escola para entender a função de um psicólogo escolar e as possibilidades de se trabalhar em uma instituição de ensino como psicólogo. Posteriormente, iriam cria um website informativo, tendo como temática a inclusão. Robson, porém, quis fazer algo diferente: apresentou um aplicativo.

“Foi uma grande ousadia. Eu adorei a ideia e percebi que a gente poderia desenvolver mais, pois vi muito potencial”, conta o professor Alexandre. O docente convidou Robson para seu Grupo de Pesquisa em Educação e Violência (Grupev) e o aluno inscreveu o projeto para participar do Ideias do Bem, evento promovido pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear) e pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida, que propôs soluções criativas e inovadoras para problemas relacionados à saúde. Durante as atividades, Robson ganhou a companhia dos alunos Flavio Cordeiro e Nicolle Cernicchiaro, da Gastronomia; Stéphanie Medeiros, da Farmácia; e Eduarda Racky, da Psicologia. Eles ficaram em primeiro lugar e, com isso, contaram com todo o apoio e a estrutura do Tecnopuc para aprimorar a plataforma.

De cara nova e novos horizontes, mas com o mesmo propósito

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

“Remodelamos o negócio, vimos a parte de marketing e financeira, começamos a trabalhar algumas ferramentas – sempre testando com diretores, escolas e alunos”, lembra Robson. Foi nessa época que a plataforma recebeu uma demanda de São Paulo, motivando a troca do nome.

O estudante de Psicologia diz que a ideia sempre foi criar uma ferramenta prática e funcional. “Queríamos oferecer uma ferramenta para auxiliar gestores, professores, psicólogos. Se uma escola receber um aluno com dislexia, por exemplo, os educadores podem consultar os últimos artigos sobre o assunto ou algum grupo de pesquisa que trabalhe com o tema para poderem se atualizar através da plataforma”, explica.

Desde então, o app esteve presente em eventos e Robson ministrou capacitações. A iniciativa também ficou entre as finalistas do edital Centelha de fomento, realizado em uma parceria entre Fapergs e Fapesp, que tem como objetivo dar um impulso inicial para startups.

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar para receber um link. A partir desse endereço, a pessoa poderá acessar informações gerais, o cadastro de solucionadores ou o cadastro de instituições que precisam de soluções, dependendo do usuário. Cada perfil recebe informações e notificações personalizadas.

Assistente virtual conecta demandas com soluções

Para poder fazer a conexão entre demandas e soluções, Robson recorreu à inteligência artificial, através da Helena, assistente virtual do IncluiTec. Ela reúne as solicitações e, dentro de seu banco de dados, procura as opções de resolução disponíveis. A plataforma oferece informação e apoio sobre diversidade e inclusão, com foco em PCDs, imigrantes, LGBTQI+, pessoas com Down, autismo, entre outros; consultoria online; análise e desenvolvimento de censo de Recursos Humanos para empresas, com encaminhamento e acompanhamento de pessoal; palestras, cursos e oficinas de sensibilização; entre outros serviços.

O conceito utilizado é o modelo social de inclusão, aprendido nas aulas do professor Alexandre, que é mais amplo que o modelo médico. “Esse modelo não entende inclusão nas escolas como integrando apenas os estudantes com necessidades especiais. Ele considera, questões de gênero e sexualidade, racismo e questões sociais”, explica o docente. Até o momento, mais de 400 pessoas já foram atendidas de maneira direta pelo app.

Atualmente, a equipe do IncluiTec é composta por Robson, Eduarda (já formada em Psicologia) e a estudante de Publicidade e Propaganda, Mariana Ruiz. Para esse ano, uma das metas é desenvolver ainda mais a plataforma, contando com o apoio da Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) da PUCRS, além da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Idear. Além disso, o estudante conta que pretende participar mais de feiras, divulgar mais a plataforma, cadastrar mais pessoas e captar recursos. “Nosso lema é unir pessoas e construir soluções”, destaca.

Primeiras demandas surgiram na fase experimental

Uma das ações oferecidas pelo IncluiTec são oficinas e palestras sobre os mais diversos assuntos relacionados à inclusão e diversidade. Ainda em 2018, quando a plataforma estava em fase experimental, Robson recebeu uma demanda: desenvolver uma atividade que trabalhasse os temas violência de gênero, bullying na escola e empoderamento feminino com meninas de 15 anos atendidas pela ONG Suve (Sociedade União Vila dos Eucaliptos), localizada no bairro Mario Quintana.

Ilson Renato Marques, presidente da Suve, conta que conheceu Robson durante o 1º Hackathon Social de Porto Alegre, realizado pela Prefeitura Municipal. O evento tinha como proposta encontrar soluções para a prevenção da violência contra a mulher, diversidade sexual e identidade de gênero e, para isso, contou com o apoio da Aliança pela Inovação, da qual a PUCRS faz parte. “Na ocasião, apresentamos o projeto, pedimos apoio e logo nasceu a parceria”, conta.

Uma parceria entre IncluiTec e Suve pelo empoderamento

A Suve realiza um projeto com meninas da comunidade, trabalhando questões relacionadas ao empoderamento feminino e promovendo, anualmente, um baile de debutantes, que chegará a sua 10ª edição em 2020. Para a oficina solicitada via IncluiTec, Robson contou com o apoio do Grupev e a supervisão do professor Alexandre. “Durante a atividade, as participantes confeccionaram uma cartilha com contatos de emergência e dicas para denunciar a violência contra a mulher”, relata Robson. Segundo ele, as meninas saíram da oficina com a missão de ser multiplicadoras em suas escolas. “Além disso, foi a primeira vez em que estiveram em uma universidade. Elas ficaram maravilhadas e motivadas para estudarem e, um dia, voltarem como alunas”, conclui.

Para Ilson Renato, através desse projeto, é possível mostrar outras perspectivas a essas jovens: “Neste ano, queremos ir ainda mais longe, e certamente esperamos fazer outras parcerias através do IncluiTec”. O baile de debutantes acontece sempre na Semana do Bairro Mario Quintana, de 14 a 22 de dezembro, e a organização começa em maio. Além dessa iniciativa, a Suve, fundada há mais de 30 anos, realiza outros projetos via governo federal e estadual, e conta com uma escola municipal de educação infantil.

Saiba mais em O que se faz na Universidade?

Projeto investiga novos aditivos e materiais para construção de poços de petróleo

Português como língua de acolhimento e a formação de educadores

Passaporte da Bondade

Alunos do projeto com a professora Alessandra e a psicóloga Jaqueline Foto: Divulgação Escola Politécnica

 

Segundo o dicionário, bondade é a “qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem”. Mas essa é uma característica que também pode ser incentivada, principalmente nas crianças. E é a isso que se propõe o aplicativo Passaporte da Bondade, desenvolvido pelos alunos do curso de Engenharia de Software da Escola Politécnica da PUCRS. Em forma de jogo infantil, incentiva crianças de 6 a 10 anos a fazerem o bem para as pessoas, para os animais e ao mundo, ajudando a torna-la um adulto saudável e cuidadoso com os demais.

O Passaporte já era utilizado em papel, como um instrumento de psicoterapia.  Agora, o aplicativo possibilita o acesso a crianças, adolescentes, pais, psicólogos e escolas de forma on-line. O sistema funciona assim: por meio de um mapa mundial lúdico, as crianças são incentivadas a “conquistarem” os países após completarem desafios, que incluem atividades do bem como ser cordial e oferecer ajuda; fazer uma nova amizade; e ensinar algo a alguém. Jaqueline Malheiros, idealizadora do projeto, é psicóloga clínica e percebeu a necessidade de incentivar a bondade nas crianças. “Existem estudos que comprovam que pessoas bondosas possuem melhor qualidade de vida e têm uma saúde emocional melhor. Pensamos em fazer o projeto usando a tecnologia a favor das crianças”, afirma.

Passaporte da Bondade

Layout do aplicativo

O aplicativo foi desenvolvido na Agência Experimental de Engenharia de Software – AGES.  A professora Alessandra Costa Smolenaars Dutra, coordenadora da AGES e orientadora do projeto, salienta a dedicação dos alunos e a importância do aprendizado por se tratar de uma ferramenta real utilizada nos consultórios de psicologia. “A Jaqueline nos trouxe o desafio de transformar um material impresso em digital. Os alunos aprenderam muito com neste projeto, se dedicaram, estudaram, desenvolveram toda a programação Android para celular e vivenciaram em conjunto com a Jaqueline todas as entregas do projeto, desde a construção das telas, programação e a validação do cliente”, lembra.

Os participantes do projeto foram os alunos Douglas Paz, Enzo Russo, Gabriel Fanto, Giuseppe Menti, Guilherme Deconto, José Goulart, Julia Dorneles, Luiza Pereira, Mariana Borges, Matheus Hrymalak, Pércio Reinert, Rafael Cardoso, Victoria Azevedo e Virgilius Santos. O aplicativo está disponível para plataforma Android e a versão iOS encontra-se em desenvolvimento.

Criatividade, inovação,Programa StartupRS

Foto: fancycrave1/pixabay.com

Até este sábado, dia 18 de janeiro, estão abertas as inscrições para o Programa StartupRS 2020. A iniciativa é promovida pelo Sebrae/RS, com o apoio do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). As inscrições podem ser feitas por meio do site e são destinadas as iniciativas StartupRS Digital e Scale, além do StartupRS Start (exclusivo paras as cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Santa Maria e Caxias do Sul).

Os estudantes da PUCRS podem participar com as suas startups nas seguintes áreas:

Dúvidas e informações podem ser consultadas pelo telefone 0800.570.0800.

Tecnopuc Startups tem inscrições abertas durante o ano

Com o propósito de estimular e operacionalizar a visão empreendedora da comunidade PUCRS, o Tecnopuc Startups – Ambiente de Desenvolvimento de Startups da Universidade está com inscrições abertas durante todo o ano. Por meio de diferentes mecanismos, apoia projetos de negócio, dando suporte em assessorias e infraestrutura, transformando-os em empreendimentos competitivos e prontos para atuarem no mercado.

Quer estar no Tecnopuc? Para saber mais, acesse o site.

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Equipe responsável pelo projeto Alvará Fácil / Foto: Luciano Lanes-PMPA

Uma solução que automatiza procedimentos e reduz de 48 horas para 10 minutos o tempo de espera para a obtenção de alvarás para negócios de baixo risco. O projeto Alvará Fácil, criado em apenas dois dias, foi desenvolvido com a participação de alunas da Escola Politécnica da PUCRS e ainda está em fase de aprimoramento. A Prefeitura de Porto Alegre, no entanto, já demonstrou interesse na plataforma, que poderá ser integrada ao site da administração municipal.

Estudante do 6º semestre de Engenharia de Software, Bianca Camargo, 23 anos, integrante do grupo responsável por desenvolver a plataforma, destaca que o processo de criação teve como foco agilizar o processo para empresas, analistas da Prefeitura e empresários. “Focando na usabilidade e mantendo as informações essenciais, criamos um fluxo de interação que permite ao usuário ter o seu alvará expedido em cerca de 10 minutos, quando o negócio é de baixo risco. Permitindo que os analistas direcionem seus esforços para os negócios de médio e alto risco, que precisam de mais atenção”, ressalta.

Em declaração ao site da Prefeitura, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, apontou que são recebidos 480 pedidos de alvará por dia na Sala do Empreendedor, ligada à SMDE. Cidade também destacou que a solução trará benefícios para vários setores. “Ela vai beneficiar não só a prefeitura, mas sobretudo aqueles empreendedores que efetivamente fazem a economia girar”, afirma o secretário.

A plataforma foi criada por profissionais de marketing, design e desenvolvedores durante o hackathon de Licenciamento Digital, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre e pelo Agibank entre os dias 13 e 15 de dezembro.  A equipe que criou o projeto foi composta por Bianca Camargo, Jéssica Manoel, Jeferson Romano, Rodrigo Viegas (alumni PUCRS) e Jonas Machado.

Aluna do 4º semestre de Engenharia de Software, Jéssica, 30 anos, destaca que a integração com profissionais de diferentes áreas foi outro ponto positivo para o desenvolvimento da plataforma. “A experiência para mim não poderia ter sido melhor. Nossa equipe, desde o início, teve uma boa conexão e isso fez a diferença. É gratificante ver que todo o empenho que tivemos valeu a pena”.

O time foi vencedor do prêmio de R$ 6 mil oferecido pelo Agibank e entregue pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior durante o evento que aconteceu no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).

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Entrada do prédio 99 / Foto: Bárbara Macedo

Até o dia 13 de janeiro, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) é o local dos totens com o manifesto e as propostas do Pacto Alegre, movimento de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade de Porto Alegre. O material está disponível na entrada do prédio 99 (Av. Ipiranga, 6681).

Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, e membro do comitê estratégico do Pacto Alegre, é motivo de orgulho para a Universidade e para o Tecnopuc ser o primeiro ecossistema a receber as estruturas. “É um privilégio contar com todos os materiais que foram elaborados para mesa de reunião do Pacto Alegre na entrada do nosso Parque. Até o dia 13 de janeiro, poderemos ver todas as propostas, além do próprio manifesto e a equipe que está trabalhando na execução e desenvolvimento desse belo projeto”, afirmou o Superintendente.

As peças estarão na entrada do Parque por 30 dias e se dividem em tópicos com os primeiros projetos do Pacto: Blitz da Inovação; Cidadão Único; Cidade Transparente; Conecta POA – Trinova; Crowdfunding POA; Cultura Cidadã – I LOVE POA; Diretrizes Urbanas Inovadoras – Interação com o Plano Diretor; Educação Transformadora; ENGAJA POA – Open City; Formação de Agentes de Inovação – MBA em Ecossistemas de Inovação; Hands On 4D; Instituto Caldeira; Intervenções Culturais – Pintando POA; Licenciamento Expresso POA;  Marca de POA (Place Branding); Mexe com POA – do centro à periferia; Olimpíadas da Inovação POA; POA 2020; Professor Inovador; Rotas de POA;  Saúde Digital; Smart City – Todas Gerações; Start.Gov; WOnd3r – Água Maravilhosa.

Manifesto do Pacto Alegre

Somos um movimento que busca transformar Porto Alegre em uma referência como um ecossistema global de inovação de classe mundial, que potencialize nossas competências, alicerçados em valores e propósito, que retenha e atraia talentos. Temos origem na sociedade civil organizada de nossa cidade, envolvendo empresários, acadêmicos, cidadãos e atores públicos inquietos com o futuro. Alicerçamos nossa ação na criatividade, nas novas tecnologias e na inovação, tendo as pessoas como agentes de transformação da sociedade, com alto impacto social e ambiental, e dos negócios, das startups as grandes empresas. Cooperamos e atuamos JUNTOS na construção de um ambiente inspirador que contribua para a criação de um futuro melhor para nossa cidade e para as pessoas que fazem parte dela.

livro_tecnopuc_aceleradoraCom o propósito de desconstruir o padrão dominante e mudar a cara do mercado de Tecnologia da Informação (TI), ThoughtWorks e PUCRS se uniram no projeto da Aceleradora Ágil e da Aceleradora Inclusiva. Há 10 anos, a multinacional de Chicago (EUA) iniciou sua operação no Brasil, e comemora a década no território brasileiro com o lançamento da obra: Aceleradora Ágil e Inclusiva, unindo conhecimento, projetos e pessoas para construir um futuro tecnológico justo. O livro foi escrito por Nelice Heck, gerente-geral do escritório da ThoughtWorks Porto Alegre, Rafael Prikladnicki, diretor do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e Patrícia Knebel, jornalista e estrategista digital de diversas empresas e fundadora do Estúdio Editorial – content innovation lab.  O livro está disponível neste link.

Para Nelice, a história da ThoughtWorks é fortemente conectada com a do Tecnopuc. “Foi aqui no Parque que nasceu a primeira semente da ThoughtWorks no Brasil, e ver projetos como o da Aceleradora é muito gratificante, pois mostra a união forte entre empresa, universidade e sociedade. E ver todas essas histórias concentradas em um livro que pode inspirar ideias a outras empresas e pessoas nos enche de alegria”, celebra a gerente-geral de Porto Alegre.

Prikladnicki afirma que “a ThoughtWorks é uma empresa bastante admirada por todos. Uma das primeiras organizações que apoiamos a vinda para o Brasil, em um processo de softlanding. Nos orgulhamos muito não apenas por terem optado pelo Tecnopuc como o local para o primeiro escritório do Brasil, mas também pelas ações que desenvolvem conosco desde então, em projetos que envolvem diretamente o Centro de Inovação e a Escola Politécnica da PUCRS”.

Aceleradora Ágil

Programa com duração de 16 semanas no qual um grupo de jovens tem a oportunidade de vivenciar uma imersão temporária em um ambiente controlado e com o auxílio de profissionais experientes, entre eles consultores da ThoughtWorks, alunos de pós-graduação da PUCRS e mentores parceiros, que ajudam a desenvolver competências técnicas, comportamentais, de negócios e de governança necessárias para atuar em equipes de alto desempenho de desenvolvimento de software. Tudo tendo como base as metodologias ágeis. Cada participante recebe uma bolsa de R$ 1 mil por mês para se dedicar à iniciativa.

Aceleradora Inclusiva

A Aceleradora Inclusiva nasceu como um spin-off da Aceleradora Ágil e, além de ensinar os primeiros passos na programação e metodologias ágeis a jovens, busca acelerar o processo de inserção de pessoas, especialmente as mais vulneráveis socialmente, dentro da área da tecnologia. Cada participante recebe uma bolsa de R$ 700,00.

10 anos da ThoughtWorks no Brasil e no Parque

No Brasil desde 2009, a organização reúne no país mais de 600 profissionais, que estão divididos em quatro escritórios. O primeiro a ser inaugurado foi no Tecnopuc, o que marcou a entrada da multinacional na América do Sul.

Em trecho do livro, o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que a estratégia de negócios e a visão de mundo da ThoughtWorks é muito semelhante com a da PUCRS, e isso explica os dez anos de êxito da relação. “Precisamos cada vez mais criar um ciclo virtuoso em que a PUCRS e o Tecnopuc possam oferecer o que tem de melhor, que são os nossos professores, pesquisadores e estudantes, e as empresas que interagem conosco apoiem essa busca constante por projetos inovadores e geração de riqueza”.

Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, a ThoughtWorks representa muito do que a sociedade de hoje espera de uma empresa do século 21, pois ela se posiciona perante o mundo como uma companhia responsável socialmente e com uma forte preocupação com a diversidade. “Isso faz com que seja uma das mais admiradas do Brasil e um foco de desejo dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI). Nesse sentido, é uma empresa muito alinhada com os valores que norteiam o ecossistema de inovação da PUCRS”.

Foto: Vicente Zanella/ Arquivo Pessoal

Foto: Vicente Zanella/ Arquivo Pessoal

Os integrantes dos quatro projetos melhores colocados no Torneio Empreendedor 2019 visitaram a sede do Google em São Paulo nesta terça-feira, 10 de dezembro. A visita faz parte da premiação do evento, que inclui também mentorias no programa Rocket, participação na seletiva do Startup Garagem e consultoria com o Tecnopuc Fablab. O Torneio Empreendedor é realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear) e chegou à 13ª edição em 2019. Os projetos foram reconhecidos durante o Pitch Day, realizado em novembro.

Para João Severo, aluno do quinto semestre do curso de Administração de Empresas e idealizador do projeto MUDA, participar do Torneio, vencer e conhecer a sede do Google em São Paulo mostrou que existe um mundo de possibilidades. “Conversei com pessoas que estão com projetos incubados lá e isso nos incentiva, mostra que é possível empreender fora daqui”, comentou. Durante a visita, o grupo também recebeu instruções e dicas de como submeter projetos para incubação dentro do próprio Google.

Incentivando o empreendedorismo

Através de iniciativas como o Torneio Empreendedor, o  Idear busca sensibilizar a comunidade e os alunos para a temática empreendedora. Para Severo, a participação no evento foi muito uma experiência diferente: “Foi fundamental modelar o meu projeto e entender meu público, sair do papel e ir para a prática, entender todos os pontos que fazem parte da construção de um projeto. O Torneio me auxiliou em todo esse processo”.

Na edição de 2019 foram apresentadas metodologias de projetos que são utilizadas no mercado de trabalho: “Assim como o Torneio busca destacar ideias e soluções inovadoras, nós também buscamos inovar em processos e metodologias, queremos ver isso na prática. O evento muda a cada ano, nós crescemos junto com alunos”, destaca Vicente Zanella, professor do Idear e coordenador do projeto. Para ele, viajar até São Paulo e conhecer a sede do Google é como encerrar um ciclo. Na edição deste ano cinco projetos foram premiados: um como vencedor e outros quatro foram destaque. Confira:

Projeto Vencedor

MUDA
João Vitor Severo da Silva

Projetos Destaque

DrAMatch
Bernardo Jornada
Alexandre Perucia
Paulo Ricardo Martins
Lua Naiá Vasconcellos Goulart Dias
Augusto Gabriel de Lara

Jogo da Gestante
Débora Cristiane Andrade Dos Santos
Franciele Smiderle Bremm
Raquel Cristina Costa Custódio

Localpass
Fernanda Wildner de Sá
Alissa Zani Soares
Gabriella Rassier Madruga
Daniela Lima Gomes

Volva
Milena Castro de Oliveira
Luany Lanzarini da Silva
Carolina Cunha Silveira

 

agenda_hackathon_agibank_tecnopucDurante os dias 13, 14 e 15 de dezembro, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) recebe dois Hackathons abertos para comunidade. As iniciativas são do Innovation Challenge Agibank, núcleo de inovação do Agibank, e do projeto AgroUp RS.

Innovation Challenge Agibank

O núcleo de inovação do Agibank, Innovation Challenge Agibank, tem como principal missão resolver desafios de forma inovadora e colaborativa. Por isso, nos dias 13, 14 e 15, a partir das 19h, acontece o hackathon Agibank, que tem como desafio: Como transformar a jornada do empreendedor, provendo uma experiência digital na qual ele consiga realizar todo o processo de licenciamento de sua empresa de forma ágil, inteligente e sem fricção?

A iniciativa é uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre e com o Pacto Alegre. O objetivo é buscar mais protagonismo, colaboração, engajamento, resultados e impacto social. Para se inscrever, basta acessar o link.

agenda_hackatagro_tecnopucHackatAgro

HackatAGRO 2019 será o primeiro Hackathon promovido pelo projeto AgroUp no Rio Grande do Sul, em parceria com a Comissão de Inovação da Farsul e o Senar RS, junto com Sebrae. Esta edição conta com uma maratona na qual AgTechs (Startups já existentes, com CNPJ e soluções para o agronegócio) serão desafiadas a desenvolver novas soluções de impacto. O ambiente será propício para a execução e desenvolvimento de soluções, conectando profissionais desta área com equipes focadas em auxiliar na solução dos desafios propostos. O desafio começa a partir das 18h30min. Para se inscrever, é só acessar o site do evento.