Em janeiro de 2024, foi aprovada lei que regulamenta e tipifica o crime de cyberbullying 

cyberbullying2

Foto: Envato

O bullying é caracterizado pela sistêmica e repetida violência física, verbal e psicológica. Esses atos podem ser realizados por só uma pessoa ou até mesmo por um grupo que atua como telespectador e incentivador. Já no cyberbullying, essa violência é transferida para os espaços virtuais e suas consequências são potencializadas.  

Para o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e dos programas de pós-graduação em Psicologia, Sociologia e Ciência Política e Medicina e Ciências da Saúde Angelo Brandelli a motivação dessa violência podem ser fatores individuais, incluindo inveja, desejo de poder, baixa autoestima e pressão de amigos ou familiares.

“Comportamentos hostis e agressivos, consumo abusivo de substâncias, e a sensação de anonimato na internet podem encorajar o agressor. Especificamente, minorias como a população LGBT são frequentemente alvos devido a preconceitos, com relatos de agressões no ambiente virtual que podem se estender para agressões verbais e físicas nas escolas, por exemplo”, destaca. 

As consequências do cyberbullying para as vítimas são graves, como: baixa autoestima, dificuldades de convívio social, isolamento e, em casos extremos, intenção suicida. “Além disso, há casos em que vítimas de cyberbullying podem também adotar comportamentos agressivos, tornando-se perpetradores, destacando a necessidade de intervenções que abordem ambos os lados para quebrar esse ciclo de violência”, elenca Brandelli. 

Perspectiva Jurídica 

Em janeiro de 2024, foi sancionada a lei Nº 14.811, cujo objetivo é estabelecer medidas de proteção diante da violência que pode acontecer em escolas e estabelecimentos educacionais. A legislação prevê a pena de 2 a 4 anos para quem comete o bullying, que variam entre a multa e a reclusão. Crianças e adolescentes, no Brasil, não podem ser responsabilizados por crimes, mas podem responder por atos infracionais por meio de medidas socioeducativas. Além disso, no âmbito civil, os pais podem responder pelos atos ilícitos praticados por seus filhos. Dessa forma, os danos causados pelos filhos, sejam materiais ou morais, deverão ser indenizados por seus responsáveis. 

Nesta nova diretriz jurídica, as escolas e instituições de ensino já estão inseridas, todavia, sobre a prática do cyberbullying, ainda há dúvidas sobre como prosseguir, visto o ambiente externo, digital e fora da alçada direta da instituição. Para o professor da Escola de Direito, Plinio Melgare, os colégios podem ser responsabilizados.

“Os tribunais brasileiros já responsabilizam as instituições de ensino diante de casos de bullying. Em relação ao cyberbullying, a discussão é mais complexa. Contudo, em tese, se caracterizado a identificação do nexo causal entre a atividade da escola e o dano sofrido, é possível falar-se em uma responsabilidade civil da instituição de ensino”, destaca. 

Prevenção e reflexos pandêmicos 

O período pandêmico pode ter influenciado no aumento das práticas de cyberbullying, especialmente entre crianças e adolescentes. A pandemia exacerbou o isolamento de grupos que já eram isolados tornando-os mais vulneráveis ao cyberbullying. “Por outro lado, há pesquisas que mostram uma diminuição do cyberbullying durante a pandemia em função de maior controle parental já que a família passou mais tempo convivendo no mesmo ambiente”, menciona Brandelli. 

Para o pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, para prevenir o cyberbullying, é essencial promover a educação e conscientização sobre respeito e empatia no ambiente digital e fora dele.

“Os pais podem orientar sobre os riscos do mundo virtual e o impacto da violência e investir em aplicativos de monitoramento. As escolas podem criar políticas claras contra o bullying e o cyberbullying, com foco especial na inclusão e respeito à diversidade, e promover programas de educação e treinamento para professores e alunos, visando construir um ambiente seguro e acolhedor para todos”, elenca. 

Leia mais: Cyberbullying: o que é e como combatê-lo

Aluna do Curso de Ciências Sociais compartilha as suas experiências no Voluntariado 

Handiara dos Santos, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da PUCRS, embarcou, na última semana, para a sua primeira experiência como voluntária interprovincial. A estudante irá ficar em uma comunidade de acolhida em Mindelheim, no sul da Alemanha, com o auxílio do Programa de Voluntariado Educativo Marista PUCRS, promovido pelo Centro da Pastoral e Solidariedade. 

Na PUCRS, a Pastoral desempenha um papel fundamental ao incentivar os membros da comunidade acadêmica a auxiliar aqueles que mais necessitam. O envolvimento em atividades voluntárias local ou regionalmente proporciona aos voluntários a oportunidade de se conectarem diretamente com indivíduos de diversas realidades. Ao dedicarem seu tempo e esforço, eles contribuem para melhorar as condições de vida, abordando aspectos como alimentação, educação, lazer, interação social e prevenção da violência. Além disso, esse engajamento possibilita estabelecer laços mais estreitos com outros membros da comunidade, sejam eles irmãos ou leigos, permitindo uma compreensão mais profunda e identificação com o carisma Marista. 

O Voluntariado Interprovincial é uma ferramenta poderosa para criar habilidades e compartilhar conhecimentos e valores, contribuindo para a redução da pobreza na sociedade. Ele promove iniciativas institucionais e provinciais como as Comunidades Lavalla200>, Projeto Fratelli, Solidariedade com o Sudão do Sul ou o Distrito Marista da Ásia

A doutoranda é um exemplo, já que sua história foi traçada ao lado do Voluntariado Interprovincial. Handiara ingressou na PUCRS como aluna de graduação pelo ProUni e atualmente é mestra e bacharela em Ciências Sociais, concluindo seu programa de doutorado em Sociologia e Ciência Política – com bolsa integral por meio do Programa de Excelência Acadêmica (PROEX), fomentado pela CAPES. Como pesquisadora, realiza diversos estudos que incluem as crianças e as suas emoções a partir da antropologia e sociologia. 

Como experiências voluntárias, a estudante atualmente está atuando na Instituição VIAVIDA Pró-Doações e Transplantes, por meio do Programa de Voluntariado Educativo Marista PUCRS, promovido pelo Centro de Pastoral e Solidariedade. Ela participa de diferentes atividades na instituição na parte infanto-juvenil, como as reuniões de planejamento, grupo de estudos, movimentos de conscientização nas escolas e em espaços públicos. 

Ela será a primeira voluntária Interprovincial enviada pela PUCRS em experiência na Alemanha, na comunidade de acolhida Maristen JugendHaus – onde exercerá atividades de acolhimento e educação de jovens a partir dos valores Maristas.  

“Fazer voluntariado é uma imensa oportunidade de desenvolvimento em todas as áreas da vida das pessoas e poder realizar essa ação através da Pastoral da PUCRS é saber que você sempre terá suporte gentil e cuidadoso em cada etapa do processo,” aponta Handiara. 

A Casa da Juventude Marista (JugendHaus) foi inaugurada em 2020, tendo como objetivo ser um espaço de atendimento à juventude e de incentivo dos valores Maristas. A casa atende vários projetos, como jogos, leitura, escrita, música, artes, apoio pastoral, espaços de sala de aula em turma, entre outros. Os voluntários são organizados em grupos para a realização da formação e vivência prática em creches, hospitais e alojamentos de imigrantes e refugiados. Handiara auxiliará o voluntariado atendendo a parte administrativa e nos diversos projetos que são ofertados. 

“As expectativas são gigantes para o voluntariado internacional tanto na questão de aprendizados quanto nas trocas de saberes, é uma oportunidade única e valiosa, pois, irei conviver com diferentes pessoas nas suas respectivas culturas, línguas e modos de ser. Vivenciarei atividades práticas de acolhimento e educação de jovens para o entendimento e enfrentamento dos desafios do mundo, com foco no desenvolvimento de futuros voluntários” comenta a estudante de Ciências Sociais. 

Tem interesse em se tornar voluntário?

O Centro da Pastoral e Solidariedade abre vagas no início de cada semestre letivo, nos meses de janeiro e agosto, respectivamente. Os requisitos básicos para se tornar parte do programa são: 

No dia que marca o aniversário dos 252 anos de Porto Alegre (26), o estudante da Escola de Direito da PUCRS Artur H. Schmitz foi recebido pela Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) da Câmara Municipal para tratar sobre o poder da tributação no desenvolvimento de cidades inteligentes, inclusivas e sustentáveis. O convite para participar da reunião da Comissão surgiu a partir do Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido por Artur, que articula as mudanças geradas pela Reforma Tributária ao conceito de smart cities — que tem como pilares aspectos sociais, tecnológicos e de sustentabilidade.

Na agenda, inédita para a Escola, o acadêmico foi acompanhado por seu orientador, o professor Paulo Caliendo, membro do Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação sobre o Consumo – PAT-RTC do Ministério da Fazenda e consultor jurídico da Confederação Nacional dos Municípios (CNJ). Para o profissional, a união de forças é indispensável.

“Para termos uma cidade inteligente, precisamos ter um sistema tributário inteligente. Essa união da Universidade com os setores público, empresarial e colaborativo compõe um sistema capaz de gerar uma cidade inteligente, verdadeiramente inclusiva e sustentável”, considera.

O estudante afirma que, atualmente, o sistema tributário da Capital desincentiva a criação de cidades inteligentes:

“É complexo, regressivo e não fomenta a inovação e o empreendedorismo, por isso, desejo que a pesquisa tenha aplicabilidade prática para Porto Alegre e para todos os que se preocupam com seu desenvolvimento”.

A reunião foi encerrada com a entrega de um livro que celebra os 75 anos da PUCRS à Câmara Municipal, na pessoa do vereador Airto Ferronato, presidente da Cefor.

Leia também: PUCRS Data Social e Comitê Intersetorial pela Primeira Infância debatem estudo sobre pobreza

Dados sobre a pobreza infantil no Estado foram analisados em reunião na Secretaria de Desenvolvimento Social

O Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho (PUCRS Data Social) apresentou, nessa terça-feira (25), para o Comitê Intersetorial pela Primeira Infância (CEIPI), o estudo “Pobreza Infantil no Rio Grande do Sul entre 2012 e 2022”, que analisa dados sobre a incidência de pobreza e extrema pobreza entre crianças de zero a cinco anos e as possíveis associações financeiras, familiares e de escolaridade.

“O convite para participarmos desse diálogo com o poder público é uma evidência de que o PUCRS Data Social tem conseguido alcançar seu objetivo de produzir relatórios com impacto no debate público, a respeito de temas sensíveis à sociedade gaúcha e brasileira. O estudo traz informações objetivas relevantes para o desenvolvimento e monitoramento de políticas públicas voltadas para a primeira infância em nosso estado”, pontua André Salata, professor da Escola de Humanidades e coordenador do PUCRS Data Social.

Para o vice-governador, Gabriel Souza, que coordena os projetos pela primeira infância por meio do Gabinete de Projetos Especiais (GPE), os resultados da pesquisa complementam os indicadores já monitorados pelo governo do Estado e que contribuem para ampliar os cuidados com a faixa etária.

“O estudo da PUCRS traz uma radiografia da primeira infância no Rio Grande do Sul, somando-se a outras ferramentas, como o Dashboard da Primeira Infância, para desenvolvermos e qualificarmos as políticas públicas para as crianças, desde a gestação até os seis anos”, explica.

O secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, ressalta que a proteção e o estímulo na primeira infância são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e intelectual das crianças: “Através dos programas Mãe Gaúcha, RS Nutrir Infâncias e Primeira Infância no SUAS/ Criança Feliz oferecemos um olhar especial para a infância”.

Segunda menor taxa de pobreza infantil no Brasil

Entre as análises do Data Social, foi possível identificar que o Rio Grande do Sul possui a segunda menor taxa de pobreza infantil do país. Em 2022, na faixa etária de zero a cinco anos, 30,2% – cerca de 244 mil indivíduos – vivem em situação de pobreza; já a taxa de pobreza extrema foi estimada em 4,7% – representando 37,9 mil crianças nessa condição. Também foi possível constatar que as crianças negras apresentaram uma taxa de pobreza duas vezes maior em relação à das crianças brancas – 50,5% contra 25,6%.

Políticas públicas amenizam a pobreza infantil no RS

Programas de políticas públicas sociais de transferência de renda foram relevantes para amortizar a situação de pobreza infantil no Estado. A pesquisa do Data Social fez uma simulação de como ficariam as taxas de pobreza em 2020, ano auge da pandemia, sem os auxílios. A porcentagem subiria de 31,6% para 38,3%.

Os dados completos do estudo, realizado pelos pesquisadores André Salata, Izete Bagolin, Ely José de Matos e Tomás Fiori, podem ser acessados em www.pucrs.br/datasocial.

Comitê Intersetorial pela Primeira Infância – CEIPI

O objetivo do CEIPI é elaborar o Plano Estadual pela Primeira Infância para os próximos 10 anos. O enfrentamento à desnutrição e à mortalidade infantil, especialmente nas áreas indígenas, também estão nas pautas do grupo. O tema da atenção às crianças de zero a seis anos integra o Gabinete de Projetos Especiais, vinculado ao Gabinete do Vice-Governador (GVG).

Também participaram da reunião representações de Secretarias de Estado, entidades do Poder Judiciário, sociedade civil organizada e universidades.

*Texto publicado originalmente no site da Secretaria de Desenvolvimento Social

A peça, baseada no livro de mesmo nome do autor Jeferson Tenório, faz parte da programação da 30º edição do Porto Alegre em Cena

O espetáculo de O Avesso da Pele lotou o Salão de Atos da PUCRS na noite de quarta-feira (20). / Foto: Giordano Toldo

Às vezes você fazia um pensamento e morava nele. Afastava-se. Construía uma casa assim. Longínqua. Dentro de si. Era esse o seu modo de lidar com as coisas. Foi assim que começou a apresentação da peça O Avesso da Pele. Baseada no livro de mesmo nome do escritor Jeferson Tenório, o espetáculo lotou o Salão de Atos da PUCRS na noite de quarta-feira (20). Com 1,600 mil pessoas na plateia, a peça foi realizada pelo Coletivo Ocutá e faz parte da 30º edição do Porto Alegre em Cena. Para o professor e diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Ricardo Barbarena, a noite foi histórica e traz para o debate o racismo sofrido diariamente por pessoas negras.  

“Trata-se de uma noite histórica dentro do Porto Alegre em Cena, que é realizado pela PUCRS, juntamente com a Voz Cultural e Prefeitura de Porto Alegre, na qual assistimos uma grande reflexão estética e política sobre uma das piores mazelas da sociedade brasileira: o racismo. Alinhado aos últimos momentos culturais promovidos pela PUCRS, a peça O Avesso da Pele foi um momento especial para despertar a sensibilidade e o senso crítico”, celebra Barbarena que também foi professor do Jeferson Tenório.  

O Avesso da Pele se passa em Porto Alegre, na década de oitenta, e conta a história de Pedro, filho de um professor de literatura assassinado em uma desastrosa abordagem policial. Após este episódio, ele inicia uma investigação acerca de suas origens, o passado da sua família e a trajetória de seu pai, Henrique. Construindo assim, uma jornada que elucida não só questões de paternidade preta em um país marcado pelo racismo, mas também os caminhos que levam ao afeto e à redenção.     

O livro, que foi vencedor do Prêmio Jabuti em 2021 na categoria Romance literário, nasceu durante o doutorado em Teoria Literária na PUCRS. Para Jeferson, estrear a peça em Porto Alegre (local onde o livro se passa) traz ao autor um misto de emoções. Feliz, diz que se sentiu comovido de encontrar seus ex-professores, orientadores, conhecidos, amigos, parentes, colegas e professores.  

“Está sendo uma noite muito especial para mim e fico muito feliz, muito comovido. Porque é um retorno ao passado como acadêmico, como estudante. De certa forma, a minha carreira como escritor tem a ver com a minha passagem na PUCRS como doutorando. É uma alegria muito grande esse retorno”.

Das páginas para o palco  

Jeferson Tenório venceu o Prêmio Jabuti em 2021 na categoria Romance Literário pelo livro O Avesso da Pele. / Foto: Giordano Toldo

A adaptação do livro para uma peça de teatro foi pensada e produzida pelo Coletivo Ocutá. Com direção de Beatriz Barros, o espetáculo de 1h30 foi conduzido pelos atores Alexandre Amano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Victor Salomão, que se alternam entre os personagens, de modo que todos foram pai (Henrique) e filho (Pedro). Depois da apresentação, aconteceu um bate-papo com o elenco e produtores da peça, junto com o escritor Jeferson Tenório. Na conversa, o autor foi perguntado sobre sua inspiração para escrever o livro. Com mais de 20 anos de experiência em escola pública a particular, Jeferson acompanhou de perto a dinâmica e o ambiente escolar.  

“Eu quis levar o leitor para dentro da sala de aula. E foi isso que aconteceu hoje. O Alexandre, Bruno, Marcos e Vitor transformaram o teatro em uma grande sala de aula. Esse era o objetivo, fazer quem não tem nenhuma noção do que significa ser professor entendesse como funciona esse ambiente. Então a minha inspiração tem a ver com isso. E tem a ver com a minha experiência enquanto homem negro no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, sabendo que eu me sinto estrangeiro em determinados lugares. Acho que a paternidade também me fez ter uma outra necessidade, que seria me pensar, enquanto pai, e como lidar com essas questões da violência para as crianças. Então acho que foi também um momento para me pensar e, de certo modo, também pensar na caridade da educação, no racismo estrutural, na violência policial, e assim por diante”.

Transformar um livro em um espetáculo teatral não é um trabalho fácil, e trazer uma obra que aborda tantos assuntos pertinentes como racismo para a arte cênica requer estudo e técnica. Para trazer O Avesso da Pele para o palco, foram anos de ensaios e preparações. Tratando-se de uma adaptação, a obra pegou o tema central do livro (a relação entre pai e filho) e explorou a partir dali. Entre as cenas, se destaca a da terapia de casal, em que Henrique e Marta, pais de Pedro, frequentam uma psicóloga para tentar salvar o relacionamento.  

Para Tenório, esta cena foi construída de forma genial na peça e recorda que, quando escreveu o livro, esta não era uma passagem que ele dessa muita importância. Recorda, também, que quando o livro saiu ele começou a ser chamado para falar em grupos de psicólogos e psicanalistas sobre o assunto. 

“Tive que me defender dizendo que eu, enquanto Jeferson, não tinha nada contra eles, e sim Pedro, meu personagem. Eu acho muito legítima essa curiosidade dos leitores de saber o que é Jeferson e o que é Pedro no livro. Será que nessa passagem aqui ele está falando dele ou é o personagem? Eu adoro isso, porque aí é que está a magia da ficção, que é justamente fazer esse embaralhamento na cabeça do leitor, porque, honestamente, eu também não sei o que é meu, o que é da ficção e o que é da literatura. E toda vez que eu tentei escrever um texto que fosse exatamente do jeito que eu vivi, não deu certo. Precisava sempre aumentar ou diminuir alguma coisa.”

Para além da censura 

O livro O Avesso da Pele tem sido alvo de censura e represálias nos últimos meses em diversos estados do Brasil. Com isso, o número de vendas do livro aumentou em 400%. O Salão de Atos da PUCRS lotado e os ingressos esgotados representam para Jeferson a melhor resposta para uma situação em que há censura: a literatura está sendo valorizada.   

O Coletivo Ocutá realiza hoje (21) mais uma apresentação da peça O Avesso da Pele e o espetáculo conta com intérprete de Libras e Audiodescrição. Na sexta-feira (22), com mediação de Ricardo Barbarena, Jeferson Tenório irá participar de um bate-papo na Escola de Humanidades com o também escritor Marcelino Freire, a partir das 18h. Todos os livros publicados até o momento por Jeferson Tenório podem ser encontrados na Biblioteca da PUCRS e o livro O Avesso da Pele também se encontra disponível na versão em braile. 

Data é dedicada a levar informação e conscientização sobre a síndrome

síndrome de down
Amanda Antunes Rezende trabalha na Biblioteca da PUCRS há cinco anos. / Foto: Giordano Toldo

O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a condição e garantir a elas os mesmos direitos e oportunidades do restante da sociedade. A data escolhida é oficialmente reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012 e representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome. 

Buscando construir uma cultura inclusiva, plural e de respeito à diversidade, a Universidade reformulou, em 2023, sob coordenação da Analista de Diversidade e Inclusão da PUCRS, Bruna Bernardes, o Programa Somar, projeto voltado para a diversidade e inclusão – entre elas, a inclusão de pessoas com deficiência. Uma das beneficiadas pelo projeto foi Amanda Antunes Rezende, que conta como foi sua experiência: 

“Iniciei minha trajetória aqui na PUCRS como jovem aprendiz pelo Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar), e há cinco anos trabalho na Biblioteca Central como Auxiliar Administrativa. Gosto de trabalhar aqui, pois realizo diversas atividades, os meus colegas são legais, construí amigos ao longo desse tempo e já tive também oportunidade de realizar um curso de extensão em espanhol”, relata. 

Dicas para se aprofundar no tema 

Para quem quer aprender mais sobre a Síndrome de Down, separamos algumas sugestões de conteúdo: 

1) Colegas (filme)

O longa, disponível na Netflix, conta a história de três amigos com síndrome de Down: Stalone, Aninha e Márcio. Os três fogem no carro do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Márcio quer voar e Aninha busca um marido. O personagem Márcio é interpretado por Breno Viola, de 33 anos, primeiro faixa preta de judô com síndrome de Down nas Américas. 

2) Geração 21 (websérie)

A websérie, também nacional, foi criada pelo portal Movimento Down, fundado em 2012 com o objetivo de reunir conteúdos e iniciativas que contribuam para o desenvolvimento e inclusão de pessoas com Síndrome de Down. A obra conta a história de 12 pessoas com síndrome de Down que estão no caminho da autonomia. Você pode conferi-la aqui.

3) Um adeus irlandês (curta)

Vencedor do Oscar de “Melhor Curta-Metragem” em 2023, An Irish Goodbye (Um Adeus Irlandês, em tradução livre) aborda o luto e laços familiares de uma forma sensível e bem-humorada. Após o falecimento da mãe, os irmãos Lorcan (James Martin) e Turlough (Seamus O’Hara) se reencontram e se juntam para realizar a lista das 100 coisas que a mãe desejava fazer antes de morrer. Assista ao trailer aqui.

4) Cromossomo 21 (filme)

O filme conta a história de Vitória, uma jovem com Síndrome de Down que leva a vida como qualquer pessoa da sua idade: ela faz faculdade, aula de piano e natação. Até que, um dia, ela conhece Afonso, um rapaz que não possui a síndrome, e os dois se apaixonam instantaneamente – um romance que desafiará diferenças e preconceitos. Você pode conferir o longa no Prime Video.

5) A história de Jan (documentário)

Também disponível no Prime Video, o documentário foi filmado durante seis anos e acompanha a vida do menino Jan, que nasceu em 2009 e surpreendeu seus pais quando eles receberam a notícia de que seu filho nasceria com Síndrome de Down. O pai dele, então, decide documentar a vida do menino escrevendo um blog e filmando o dia a dia dele – uma história tocante de superação, aceitação e otimismo. 

Leia também: PUCRS reforça seu compromisso com Diversidade e Inclusão por meio do Programa Somar 

Pesquisas permitem compreender como os animais se relacionam com diversas comunidades

Pesquisa do Pró-Mata investiga diversidade de espécies e comportamentos dos animais mamíferos/ Foto: Reprodução

Explorar os mistérios do mundo animal, especialmente o comportamento e a ecologia dos grupos de animais, é um desafio constante para os pesquisadores do programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD). A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata é uma área de conservação ambiental da PUCRS na serra gaúcha e conduzida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA). O IMA realiza várias pesquisas e é coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que formou uma rede de sítios de referência para a pesquisa científica na área da Ecologia de Ecossistemas. 

Um importante grupo de animais que está sendo tema de estudo são os mamíferos, que possuem sangue quente e pelos pelo corpo, além de amamentarem seus filhotes. No Pró-Mata são catalogadas cerca de 90 espécies de mamíferos, incluindo desde pequenos roedores a grandes carnívoros. Em meio a essa diversidade, é possível encontrar diferentes hábitos e comportamentos nesses animais – o que os torna prestadores de diversos serviços ambientais: os herbívoros, por exemplo, que dispersam sementes, e os carnívoros de grande porte, que controlam populações. 

“Todas as espécies têm papéis extremamente importantes dentro das suas comunidades, fazendo com que essa dinâmica continue e os serviços ecossistêmicos sigam sendo fornecidos,” destaca Júlio César Bicca-Marques, professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. 

Papel das araucárias  

As araucárias são encontradas em florestas ombrófilas mistas, produzindo sementes popularmente conhecidas como pinhões. Sua produção é relativamente alta no inverno – quando o número total de árvores frutíferas é baixa nessas florestas. As sementes de araucária são consumidas por, pelo menos, 14 espécies de mamíferos nesse local.  

Embora isso seja de extrema importância ecológica e se diferencie do que ocorre em outras áreas da Mata Atlântica, que possui 250 mamíferos em seu catálogo, essa atividade ainda é pouco estudada no Brasil. 

Métodos para a monitoração da diversidade 

O método inicial utilizado pelos pesquisadores do Pró-Mata foi a busca por rastros e pegadas de mamíferos nas trilhas e estradas que atravessam o sítio. As espécies mais fáceis de serem identificadas foram os carnívoros de médio a grande porte, como veados, porcos-do-mato, roedores grandes, entre outros.  

“É um método que ajuda a descobrir várias coisas, mas sem um nível de detalhamento suficiente para podermos monitorar a presença, a abundância, a diversidade de espécies como métodos mais avançados hoje em dia permitem,” explica Eduardo Eizirik, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. 

Nesse contexto, o método mais utilizado na reserva são as armadilhas fotográficas, que consistem em câmeras digitais fixadas em postes, árvores, trilhas e estradas no interior do Pró-Mata. Elas funcionam por sensor de movimento, então é possível tirar fotos ou vídeos dos animais que passam pelo sítio para a monitoração e, talvez, descoberta de novas espécies.  

Os rastros e as imagens obtidas com as armadilhas digitais permitem a detecção de animais de médio a grande porte, mas há várias outras espécies na área, como roedores e marsupiais – que são mamíferos do grupo dos gambás e cangurus, cujos filhotes se desenvolvem em bolsas. 

“As armadilhas para roedores podem ser de dois tipos: caixa ou grade. Elas funcionam para capturar mamíferos não voadores, esses animais são muito importantes para a cadeia trófica da comunidade – sendo um dos principais itens dos carnívoros”pontua Arthur Santana, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. 

A comunidade de mamíferos na área do sítio Pró-Mata é tão diversa que esses métodos ainda não são suficientes para detectar todos os tipos de animais. O estudo dos mamíferos voadores, os morcegos, requer outras técnicas, como a detecção dos seus sonos por meio de gravadores automáticos, colocados no ambiente de forma similar a armadilhas fotográficas. Eles também são capturados com o uso de rede de neblinas, permitindo a coleta de várias informações. 

Análise de DNA 

Pró-Mata foi fundado para colaborar para a pesquisa científica na área da Ecologia/ Foto: Bruno Todeschini

Existem vários tipos de análise de DNA que incluem o levantamento de qual espécie ocorre numa área utilizando o DNA ambiental – que consiste na coleta de amostras de solo e água e, através do sequenciamento, descobrir quais animais vivem no Pró-Mata. 

Outra análise envolve a dieta de carnívoros, que ocorre a coleta de fezes. A partir dela, é possível detectar qual animal está comendo o que, além da análise das presas dos carnívoros, que permite uma identificação mais detalhada. 

A combinação desses vários métodos de identificação enriquece as pesquisas do projeto, que está revelando com detalhes a presença de mamíferos em um bioma com a existência de araucárias. O conhecimento acerca dos mamíferos é importante para descobrir como eles serão afetados por impactos ambientais e humanos, algo que poderá ser evitado futuramente. 

Sobre o Pró-Mata  

O Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata é uma reserva de conservação ambiental da PUCRS localizado em uma área de Mata Atlântica em São Francisco de Paula, na serra gaúcha. Ele foi inaugurado em 1999 para colaborar para a pesquisa científica em Ecologia de Sistemas – cofinanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Foi adquirida em 1993 pela Universidade e convertida em RPPN em 2019, com a presença de pesquisadores, estudantes e professores ao redor do Brasil em colaboração com o projeto.  

Leia também: Crise climática: Pró-Mata é local de pesquisas nacionais e internacionais sobre impacto na biodiversidade

Confira os selecionados nesse edital. / Foto: Camila Cunha

A PUCRS foi contemplada com 100 bolsas integrais do Professor do Amanhã, programa do Governo do Estado com foco na formação de docentes para atuarem na educação básica da rede pública estadual do Rio Grande do Sul. As bolsas serão para os cursos de Letras – Língua Portuguesa (54 bolsas), História (36 bolsas) e Ciências Biológicas (10 bolsas), conforme publicado no Diário Oficial do RS. 

Podem participar da seleção candidatos que tenham estudado em escola pública ou com bolsa integral em escola privada, ou ainda professores da rede pública estadual com, pelo menos, três anos de atuação e que não tenham Educação Superior. A seleção será feita pela nota do Enem. 

Além da bolsa de estudos 100% integral, os alunos selecionados ganharão uma bolsa-auxílio de R$ 800,00 por mês, paga pelo Governo do RS. O edital prevê bolsas para negros, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas trans. 

Inscrições 

As inscrições devem ser feitas até 11 de março, exclusivamente presencialmente, com a entrega da documentação completa, conforme listagem apresentada no edital, na Central de Atendimento ao Aluno da PUCRS, prédio 15 – Living 360, das 8h às 18h. Confira os documentos referentes às normas para os cursos de bolsas licenciaturas no edital. 

Resultado 

12º Fórum Internacional do Meio Ambiente abordou o tema “Água e Energias Renováveis” / Foto: Giovanna Brambilla/Famecos

O auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) recebeu, entre os dias 12 e 13 de março, o 12º Fórum Internacional do Meio Ambiente (FIMA), que abordou o tema Água e Energias Renováveis. A primeira noite do evento teve como destaque o líder indígena e presidente do Conselho Distrital Yanomami, Junior Hekurari Yanomami. A professora e decana da Famecos, Rosângela Florczak, abriu o evento com um discurso de união dos profissionais de comunicação com o tema meio ambiente.  

“Entendemos que no meio acadêmico nada se faz sozinho. Se nós não estivermos unidos como sociedade, o tema não anda”, reforçou.  

A decana também destacou que a Escola trabalha a temática por meio de grupos de pesquisa, buscando aperfeiçoar o lugar na comunicação na atuação de riscos e crises decorrentes de situações climáticas emergentes. Seguindo as falas de abertura do fórum, a professora e doutora em comunicação na UFRGS, Ilza Girardi, destacou a importância dos povos indígenas na preservação das florestas. Ela defendeu ainda a necessidade de se reconhecer e valorizar os conhecimentos e práticas tradicionais desses grupos para a proteção do meio ambiente. “Graças aos indígenas, conseguimos manter nossas florestas de pé”, disse Ilza. 

A partir disso, o líder indígena Junior Hekurari iniciou os relatos da situação em que vive o povo Yanomami. Ele revisitou os desafios enfrentados por sua comunidade, que tem que lutar diariamente contra a contaminação dos rios devido à presença de garimpeiros nas suas terras, bem como as altas taxas de mortalidade infantil decorrentes da desnutrição e de doenças como malária e pneumonia. Além disso, reforçou a necessidade do engajamento dos jornalistas pela causa e clamou por apoio governamental para proteger a sua comunidade. 

Ilustrando essa realidade, um vídeo documental foi exibido, mostrando o trabalho dos mineradores em território indígena e o impacto devastador que essa atividade ilegal tem sobre a população nativa. O filme revelou o contraste sobre as condições precárias em que vivem os Yanomamis diante da invasão de seu território. “Não compre ouro, pois isso financia o trabalho dos mineradores na terra Yanomami”, apelou Hekurari, após a transmissão do documentário. 

Palestras reforçaram a necessidade do engajamento dos jornalistas pela causa indígena. / Foto: Giovanna Brambilla/Famecos

Para encerrar a primeira parte do evento, foi mostrada uma apresentação detalhada que revelou estatísticas contundentes, obtidas a partir da dolorosa realidade vivida pelo povo Yanomami. Esses números reforçam a urgência de ações concretas para proteger essa comunidade vulnerável e preservar sua cultura e modo de vida.  

“É importante a função do jornalista mostrar o que acontece no território indígena. As autoridades só fazem algo a partir do que os jornalistas divulgam, concluiu o líder indígena. 

O evento transcorreu ao longo da quarta-feira (13), abrangendo diversos painéis que abordaram temas significativos, tais como o papel da imprensa na cobertura sobre água e energias renováveis, a contribuição da indústria gaúcha para a transição energética e a perspectiva das ONGs sobre energias renováveis, entre outras temáticas. 

Leia também: Pró-Mata é local de pesquisas nacionais e internacionais sobre impacto na biodiversidade

Ao encerrar o FIMA, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) apresentou uma Carta Aberta à população gaúcha e brasileira. Por meio deste documento, a Associação destaca a urgência da crise ambiental que já representa uma ameaça à vida na Terra. Simultaneamente, conclama os governantes e cidadãos brasileiros a se comprometerem na defesa vital da água, do ar e de práticas saudáveis. 

A Carta apela por uma redução do consumismo predatório, incentivando um maior cuidado com a saúde individual e coletiva, bem como um respeito mais atento aos povos originários. Além disso, ressalta a importância da conscientização coletiva sobre os destinos da humanidade. A carta também busca despertar a responsabilidade compartilhada na preservação do meio ambiente e na construção de um futuro mais sustentável para todos. 

bolsas carrefour, bolsas de estudo para pretos e pardos

As bolsas são viabilizadas por meio do Grupo Carrefour, com recursos do Termo de Ajustamento de Conduta. / Foto: Giordano Toldo

Já foram selecionados os/as estudantes que serão contemplados pelo edital de ação afirmativa para a concessão de bolsas de estudo e permanência para cursos de graduação e pós-graduação, na modalidade presencial, viabilizadas por meio do Grupo Carrefour.

Os/as candidatos/as selecionados devem se apresentar presencialmente para assinatura do Termo de Compromisso no dia 14 de março, das 8h30 às 12h ou das 14h às 18h30, na sala 222 do Living 360º (Prédio 15) ou no dia 15 de março, das 8h30 às 12h. Esse requisito é indispensável para a concessão do benefício e o não comparecimento implicará na desclassificação do processo seletivo.

confira aqui a lista de selecionados

Sobre as bolsas:  

O novo edital de ação afirmativa para a concessão de bolsas de estudo e/ou permanência para estudantes pretos/as e pardos/as conta com 20 bolsas para estudantes já matriculados nos cursos de graduação e de pós-graduação da PUCRS, na modalidade presencial. Viabilizadas por meio do Grupo Carrefour, com recursos do Termo de Ajustamento de Conduta, as bolsas têm o objetivo de viabilizar e ampliar o ingresso de pessoas negras em programas de graduação e pós-graduação.   

Para os cursos da graduação, o benefício contempla bolsas de permanência, as quais serão depositadas nas contas dos/as estudantes e poderão ser utilizadas para ajudar nos custos de vida. Já nos cursos de pós-graduação (especialização e mestrado), o benefício contempla bolsas permanência, além do custeio integral da mensalidade dos/as estudantes selecionados. Alunos/as beneficiados/as com bolsas Capes ou CNPq não poderão participar do processo de seleção.  

Para receber a bolsa, o/a estudante deverá ser aprovado em todas as disciplinas e precisa cumprir a frequência mínima de presença em aulas. Além disso, deverá estar matriculado na instituição entre o primeiro e o penúltimo ano dos cursos; ou no primeiro ano da pós-graduação (mestrado ou especialização), na PUCRS, nos cursos contemplados no edital; ou ainda, ter obtido aprovação no processo seletivo (normal ou complementar) para ingresso no respectivo curso em 2024/1. 

1) Para os cursos de graduação: somente bolsa de permanência correspondente ao valor de R$
1.000 ao mês (valor bruto, sujeito à dedução de eventuais impostos devidos);

2) Para os cursos de pós-graduação nível especialização (lato sensu): o custeio do
valor da mensalidade do respectivo curso e bolsa de permanência correspondente ao valor de
1.000 ao mês (valor bruto, sujeito à dedução de eventuais impostos devidos); 

3) Para os cursos de pós-graduação nível mestrado (stricto sensu): o custeio do
valor da mensalidade do respectivo curso e bolsa de permanência correspondente ao valor de
3.500 ao mês (valor bruto, sujeito à dedução de eventuais impostos devidos). 

Leia também: Liga de Sexologia do curso de Medicina realiza oficina no Colégio Marista Vettorello em homenagem ao mês da Mulher