16/01/2023 - 17h00

Entenda a importância da vacinação para a saúde coletiva

Início da aplicação de doses de reforço contra a Covid-19 em crianças reitera a importância da imunização em massa

vacinação

Uma das metas é atingir um grande número de pessoas vacinadas para eliminar a circulação do vírus./Foto: Camila Cunha

Com a liberação de orientações do governo estadual para aplicação de doses de reforço das vacinas contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, o debate sobre a importância da vacinação volta aos holofotes. Ao longo da história, as vacinas estiveram presentes em períodos críticos, marcados por tristeza e dificuldade. Trazendo ares de prevenção e esperança há mais de 200 anos, elas vêm garantindo a bilhões de pessoas a saúde, o bem-estar e a continuidade da vida. Após dois anos de pandemia, distanciamento social e muitas perdas, é importante seguirmos conscientes da importância da imunização individual e coletiva.   

Para a pesquisadora e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS Ana Paula Duarte Souza, a vacinação é uma prática fundamental para garantir a diminuição dos casos de doença severa e das chances de hospitalização. “De forma coletiva, quando nos vacinamos reduzimos a possibilidade do vírus circular e, consequentemente, protegemos o restante da população que não está vacinada”.  

A pesquisadora ressalta que essa lógica vale para outras doenças também. Quando tratamos de patologias contagiosas, a meta é atingir um grande número de pessoas vacinadas para que se possa eliminar a circulação do vírus, como aconteceu com a varíola, erradicada no início da década de 80.  

“Nós nem precisamos mais tomar essa vacina e isso representou um avanço imenso para a sociedade. Tivemos também a diminuição nos casos de sarampo e de paralisia infantil, tudo por conta da grande campanha de imunização e do aumento de pessoas vacinadas. Em relação à Covid-19, já temos dados que mostram a diminuição dos casos e principalmente de casos severos, devido à eficácia da vacina”, pontua Ana Paula.  

Para reforçar a relevância da vacinação, selecionamos uma série de conteúdos sobre a temática. Boa leitura!  

Passaporte da vacina: entenda o que é

Foto: Frank Meriño/Pexels

As vacinas são a forma mais eficiente de prevenir doenças infecciosas. O pioneiro no desenvolvimento das vacinas foi Edward Jenner, um médico britânico que desenvolveu o imunizante contra a varíola, a qual foi declarada erradicada em 1979 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – devido à grande eficácia do método.   

Por que é tão importante vacinar as crianças? 

A professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, explica que, embora poucas crianças tenham sido infectadas pela Covid-19, existem casos em que os pequenos contraíram a forma grave da doença. 

“Além de proteger a saúde das crianças, a vacinação em massa também ajuda a parar a circulação do vírus. Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, mais barreiras contra a circulação viral nós teremos. Então, elas acabam protegendo, de forma indireta, seus familiares, principalmente aqueles que estão em grupos de risco: idosos, pessoas com comorbidades, diabetes, pessoas com mais risco de ter a doença grave”, ressalta ela. 

Além disso, crianças que frequentam ambientes como escolas e creches, estão mais suscetíveis à contaminação. “É uma maior segurança para os pais ao mandarem os filhos para a escola vacinados”, afirma a professora.  

“Essa questão de conscientizar a população para intensificar a vacinação nesse público alvo realmente é difícil e desafiador. Então é um ponto que ainda precisa ser melhor trabalhado. É importante conscientizar os pais, principalmente em relação à segurança da vacina. Há vários estudos mostrando que ela realmente é segura nessa faixa etária, acho que isso é uma grande preocupação dos pais, então deve ser melhor divulgado. A vacina está sendo utilizada em diferentes países, já em crianças, e tem se mostrado segura.”

Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células.  

As vacinas contra o coronavírus CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan; e a de Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz, foram os dois imunizantes aplicados inicialmente no Brasil. Por serem recentes, para uma doença ainda nova, é comum haver dúvidas sobre o tema. Para entender melhor o funcionamento e a diferença entre as vacinas, o professor Marcelo Scotta, da Escola de Medicina, esclarece alguns pontos. Confira!  

Leia também: Vida pós-pandemia: reflexões sobre a saúde pública e o bem-estar mental 

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