palhaçaQue universo se esconde por trás de um nariz de palhaço? O que é necessário para dar vida a ele, a menor máscara do mundo? Quem tem respostas para essas perguntas é Gabriella Argento, convidada da PUCRS Cultura para dois eventos: a apresentação aberta ao público e gratuita de um solo cômico nomeado Insolação e o Workshop Degustação – O palhaço de cada um.  

Nascida em Santos e radicada em São Paulo, Gabriella tem formação em Teatro e se dedica às artes cênicas e à palhaçaria. Com sua personagem, a palhaça Du’Porto, ela percorreu uma trajetória diversa: passou pelos palcos, tendo atuado com importantes grupos de teatro, como o Jogando no Quintal; por corredores de hospitais, com organizações como Doutores da Alegria; por salas de aula, ministrando oficinas de palhaço e até mesmo em cruzeiros turísticos.  

Em meio a tudo isso, para coroar sua carreira, veio a conquista de se tornar a primeira palhaça brasileira a entrar para o elenco do Cirque du Soleil. Hoje, Gabriella atua como atriz, palhaça, palestrante e professora. Seu maior foco é entender a profundidade e a filosofia por trás do nariz de palhaço, a menor máscara do mundo.   

Solo cômico Insolação e lançamento do livro Onze Estreias 

No dia 25 de agosto, às 20h, no Teatro da PUCRS (prédio 40), ocorre a apresentação do solo cômico Insolação, seguido de um bate-papo entre Gabriella e o escritor e jornalista Fred Linardi, autor do livro Onze Estreias –obra que fala sobre a trajetória da artista e que será lançada nessa mesma noite. A conversa será mediada por Gisela Rodriguez, escritora e doutoranda em Escrita Criativa da PUCRS. O evento acontece no Teatro da PUCRS – Prédio 40, com entrada gratuita, mediante retirada de ingresso no Ateliê PUCRS Cultura (Prédio 30, Escola Politécnica) entre os dias 22 e 24 de agosto, das 12h às 17h, ou na bilheteria do Teatro a partir das 18h, no dia do evento. A distribuição é limitada a 2 ingressos por pessoa. 

Em Insolação, Gabriella Argento retorna aos palcos na pele da palhaça Du’Porto para dividir com o público poesia, música, cenas, impressões do mundo e das pessoas, além de causos da sua trajetória e dos bastidores do maior circo do mundo. A história de vida da atriz e as reflexões acerca da arte circense e da palhaçaria também são o enfoque do livro Onze Estreias, de Fred Linardi. Mesclando o método da investigação íntima com a prosa literária, a narrativa mostra que o riso e o abismo são mais próximos do que se imagina. Gabriella e suas estreias, altos e baixos da bipolaridade, assim como a solitude circense, ajudam a entender o lado mais humano de alguém que vive em busca da risada alheia. 

Workshop Degustação – O palhaço de cada um 

Já nos dias 26 e 27 de agosto, das 14h às 18h, Gabriella ministra o Workshop Degustação – O palhaço de cada um, no Ateliê PUCRS Cultura, localizado no térreo do prédio 30. Ao longo de dois encontros, os participantes serão apresentados ao universo do palhaço e ao trabalho interno necessário para dar vida à menor máscara do mundo: o nariz de palhaço. Por meio de exercícios práticos e lúdicos, a atividade abordará questões como o autoconhecimento, a aceitação de si e do outro, a empatia e a quebra de paradigmas sociais, percebendo o brincar como meio de redescobrir o prazer de ser quem se é. 

Nos dias da oficina, os alunos devem levar toalha de rosto e vestir roupas confortáveis, sem estampa e preferencialmente de cores neutras: branco, preto, cinza ou bege. Haverá tolerância máxima de 15 minutos de atraso para acesso às aulas. Para participar, é necessário ter, no mínimo, 18 anos – compre seu ingresso por meio do link. 

dia do triatlo, companhia dos cavalos

Foto: Divulgação Companhia dos Cavalos

Cada vez mais popular no País, o Triatlo celebra o seu dia neste 18 de agosto. Criado nos Estados Unidos durante os anos 70 e praticado no Brasil a partir de 1980, o esporte é indicado para todos os públicos e já conquistou uma legião de atletas – profissionais e amadores/as – no mundo todo. Para quem ainda não está familiarizado, esse esporte se destaca por ser altamente dinâmico, envolvendo três esportes em sequência: natação, ciclismo e corrida.  

Além de ser considerado uma modalidade olímpica desde os jogos de Sydney, na Austrália em 2000, o Triatlo está mais próximo de você do que parece. Para apresentar as possibilidades da categoria, convidamos Cleimar Rodrigo Tomazelli, profissional de Educação Física e sócio proprietário da Companhia dos Cavalos, escola situada no Parque Esportivo da PUCRS, para contar mais detalhes sobre como a companhia funciona.  

Como é praticar Triatlo na Companhia dos Cavalos? 

Focada em difundir os benefícios do esporte da forma mais ampla possível, a escola adotou como o lema a frase “Triatlo para todos”. Seguindo essa lógica, a companhia atende todos os públicos e diferentes níveis técnicos. A metodologia utilizada foi desenvolvida pela própria equipe e é adequada a cada perfil de aluno/a, desde iniciantes, que nunca praticaram triatlo e pretendem ter uma nova experiência, até atletas experientes que procuram o alto rendimento.  

“Nós respeitamos as características  de cada aluno e aluna, levando em conta essas individualidades para elaborarmos o treino mais adequado possível para cada tipo de atleta. Com isso, a aprendizagem se torna muito mais eficaz e dinâmica”, destaca o profissional.  

É importante destacar também que qualquer pessoa, independentemente de idade, pode participar. Cleimar explica que, caso alguém não saiba nadar, poderá realizar alguns meses de aulas na Escola de Natação do Parque Esportivo e, logo após, ingressar com segurança no triatlo. Além disso, quem pratica o esporte na Companhia dos Cavalos também tem o direito de usar os demais serviços da escola, mesmo fora do Parque, sem pagar nenhuma taxa extra por isso. 

Quais as vantagens de praticar Triatlo no Parque Esportivo? 

O maior benefício está na comodidade: o/a aluno/a poderá realizar as três modalidades (natação, bicicleta e corrida) sem sair do Parque Esportivo. Isso porque o/a atleta tem acesso à estrutura do Parque Esportivo, tendo à disposição uma das melhores piscinas olímpicas cobertas e térmicas do Brasil.  

“O nosso treinador fica na borda da piscina em dois dias da semana. Também temos dez rolos estacionários para que os/as alunos/as possam pedalar de forma indoor, na beira da piscina. A corrida pode ser realizada num percurso de 770 m, dentro do Parque, e também na pista de atletismo oficial, dentro do estádio olímpico da PUCRS”, ressalta. 

Cleimar também pontua que os/as alunos/as de Triatlo também podem utilizar a piscina com raia livre, de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 22h30, e nos sábados das 8h às 13h. Sem contar a possibilidade de estacionar gratuitamente em um local seguro e coberto, dentro do complexo do Parque Esportivo. 

“Nós prezamos por um atendimento totalmente personalizado, com os treinadores disponíveis em todas as modalidades de forma presencial e online, pelo WhatsApp, Instagram, e-mail e aplicativo TREINUS, onde os treinos ficam disponíveis para o/a aluno/a acessar de qualquer lugar, desde que tenha internet.”

Como faço para estabelecer metas e objetivos no Triatlo? 

Cleimar é enfático ao dizer que a primeira pergunta da anamnese, entrevista conduzida pelo profissional da saúde, é justamente sobre qual a meta ou objetivo do novo/a aluno/a ao entrar na Cia dos Cavalos. A partir da resposta, é analisado se aquilo é condizente com a atual condição física do aluno. “Somos totalmente sinceros para que a pessoa não se sinta frustrada ao ter como objetivo algo totalmente fora da sua realidade. Nesses casos, com todo o cuidado, explicamos tecnicamente o porquê deveríamos rever a meta para que, passo a passo, possamos avançar com segurança e muita saúde”.  

dia do triatlo

Foto: Arquivo Pessoal

João Pedro Miranda Difini, 26 anos, acadêmico de Medicina na PUCRS, conta que dar o melhor de si para conseguir performar ao nível amador é a sua meta no Triatlo. Para ele o esporte é muito mais do que um hobby ou entretenimento.  

“Para mim, o Triatlo é um estilo de vida, é o alicerce de uma rotina saudável. Faz parte da minha rotina assim como qualquer compromisso, por isso, tento conciliar sempre com a rotina da faculdade na medida do possível”, comenta João, que irá participar do torneio Ironman 70.3 Floripa no ano que vem. 

Sobre a Companhia dos Cavalos 

Criada em agosto de 2011, a Companhia dos Cavalos tinha a corrida de rua como foco. Aos poucos, viram a necessidade de ampliar o leque de serviços, expandindo para as modalidades trail, duatlo, aquatlo e triatlo. Atualmente, é uma das maiores assessorias esportivas do Sul do Brasil, com quase 300 alunos/as ativos/as. Além dos treinos, são realizados diversos eventos internos, esportivos e sociais, promovendo integração, novas relações e fortalecendo amizades e a união do grupo. 

Além disso, a Cia dos Cavalos é a única assessoria esportiva do Brasil que possui à disposição dos/as alunos/as treinos em uma piscina olímpica térmica coberta e uma pista de atletismo oficial, de maneira exclusiva, e no mesmo complexo esportivo.  

Curiosidade sobre o nome da escola 

Desde os tempos mais remotos, o cavalo sempre esteve ao lado dos humanos. Foi meio de transporte quando não existiam outras opções, ajudou a arar terras para o plantio dos alimentos, travou duras batalhas, arriscando a própria vida em várias guerras, e sempre foi um fiel e leal companheiro.  

“Símbolo de força, coragem, trabalho, lealdade e amizade, não foi muito difícil escolher o coletivo “Companhia” para se aliar ao nome desse fantástico animal, formando assim a equipe Companhia dos Cavalos”, conta Cleimar.  

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educação midiática

Foto: Pexels

A forma como nos relacionamos com as mídias sociais se transforma todos os dias. Na última década,   informações e opiniões  passaram a ecoar pelo mundo com facilidade e rapidez, fenômeno que  derrubou barreiras de comunicação entre cidades, países e continentes. É fácil perceber que a internet oportunizou algo que hoje é completamente normal – principalmente para quem nasceu após os anos 2000. O que muitas vezes não recebe a nossa atenção são os ruídos que acompanham a mensagem, originando as fake news.   

Em um contexto em que as pessoas não apenas participam como protagonizam a produção de conteúdo nas redes sociais, é fundamental saber identificar o que é verídico e tem embasamento do que não tem. Combater a desinformação e entender como a usabilidade das redes sociais vem se transformando são alguns dos propósitos da educação midiática. 

O que é educação midiática? 

Você já refletiu alguma vez sobre esse tema? Pare um minuto para pensar todos os canais dos quais você consome informação e como eles são diferentes. A educação midiática reconhece as funções dos meios de comunicação e informação nas nossas vidas e nas sociedades democráticas. Ou seja, desenvolve competências para avaliar as fontes de informação com base em como elas são produzidas e para quais audiências são distribuídas. 

Para a UNESCO, é importante pensar em estratégias de educação midiática para criar uma sociedade inclusiva e baseada em conhecimento. A mídia e a informação são centrais para democracia, pois auxiliam a moldar percepções, crenças e atitudes das pessoas. Com o aumento do conteúdo gerado pelos usuários, a educação midiática é fundamental para saber “navegar” nesse contexto. 

Como as pessoas usam as mídias sociais hoje? 

educação midiática

Foto: Pexels

O professor universitário Clay Shirky escreveu, em 2010, que estávamos vivendo em uma cultura de extrema participação. Dez anos depois, muitos usuários migraram de criadores de conteúdo para consumidores. Isso é chamado de navegação passiva – quando o usuário passa mais tempo consumindo conteúdo do que compartilhando suas próprias ideias.  

De acordo com Social Media Trends 2020 do Hootsuite, 97% das pessoas que responderam estar conectadas à internet usam mídias sociais; destas, 30% são millenials e 28% fazem parte da Geração Z. Em 2019, o crescimento de usuários na plataforma chinesa TikTok chamou atenção do mundo. O Relatório Social Mundial da Global Web Index (GWI) de 2020, apontou que 69% dos usuários desta rede estão entre os 16 e 24 anos. No entanto, a forma de utilizar essas ferramentas muda de indivíduo para indivíduo e, por causa desse movimento, as marcas têm prestado cada vez mais atenção nos novos usos de mídias sociais. 

Já o report da GWI deste ano, mostrou que a Geração Z, por exemplo, está tentando adotar hábitos de mídia social mais saudáveis: não apenas mudando o tempo que passam nas plataformas, mas também como as usam. Em comparação com 2020, mais usuários dizem que postar sobre sua vida pessoal é uma das principais razões para usar as redes. Isso pode estar ligado à tendência de postagem casual e ao surgimento de novos layouts como o “photo-dump”. Agora, essa estética menos polida está em alta, movimento que também é positivo, já que pesquisas mostram que quando estamos ativos nas mídias sociais temos uma experiência mais positiva do que quando somos passivos. 

Inovação em mídias 

Nesse cenário de mudanças, o papel dos profissionais de comunicação muda o tempo inteiro. De acordo com Pedro Sellos, jornalista e professor na Universidade Americana em Dubai, os principais fatores que motivaram os grandes produtores de notícia e conteúdo a pensarem em outras alternativas foram a queda no número de assinantes de jornais, o aumento da concorrência e a diminuição da receita. 

A solução seria os Media Labs, laboratórios de inovação que valorizam a interdisciplinaridade, pesquisa, tecnologia e o “tentar sem medo de errar”. Na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, também trabalhamos com o modelo de laboratório experimental. Assista ao depoimento da professora Cristina Lima e conheça o Colab. 

Nas áreas da Publicidade e da Comunicação Empresarial, os professores buscam cada vez mais interação com pessoas reais: mais gente de verdade e personalização e menos mensagens prontas. Qual foi a experiência mais legal que você já teve com uma marca? Nessa experiência, você notou traços de uma comunicação mais humanizada? 

Como combater a desinformação 

Já vimos que a forma de utilizar as mídias sociais muda o tempo todo e varia de acordo com o usuário. Segundo o report da GWI de 2020, a Geração Z e os millenials costumam ter perfis em cerca de nove mídias sociais diferentes. Já a Geração X está, em média, em sete. Os baby boomers aparecem com menos perfis, uma média de cinco. Todas as gerações estão conectadas em várias mídias, mas isso não quer dizer que todos as utilizam da mesma maneira. Por isso, entender como as mídias digitais funcionam é fundamental para não disseminar fake news. Neste post, reunimos cinco dicas de como identificar notícias falsas. 

Foto: Pexels

A educação midiática tem um papel muito importante para o exercício da cidadania e dos processos democráticos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou um programa de enfrentamento à desinformação nas eleições de 2020, em parceria com 48 empresas. Em 2019, promoveu também o Seminário Internacional de Fake News, com discussões pertinentes para o momento em que vivemos. No final do evento, foi produzido um livro relatando o que foi abordado por lá. Um dos dados presentes na publicação aponta que mais de 2 milhões de contas são banidas por mês no WhatsApp, 75% por meio do uso da inteligência artificial. 

O que você pode fazer para contribuir: 

O papel da educação midiática no futuro da comunicação 

A nossa relação com o mundo da informação é extremamente mutável. É preciso que os profissionais de comunicação compreendam esses contextos e saibam se adaptar com ética e inovação. Mas, lembre-se: todos nós somos responsáveis pela conscientização dos usuários de mídias sociais. 

Curtiu esse conteúdo e quer saber mais sobre assuntos relacionados à comunicação social? Ouça o Podcrast, o podcast da FAMECOS. 

Amigo UniversitárioConhecer colegas de diferentes partes do mundo e viver uma experiência internacional durante a graduação ou pós-graduação são algumas das possibilidades do Programa Amigo Universitário. Coordenado pelo Escritório de Cooperação Internacional, a iniciativa aproxima estudantes da PUCRS e colegas internacionais matriculados/as em programas de mobilidade na Universidade.

Para se inscrever no processo seletivo para 2022/2, é preciso preencher o formulário disponível neste link e enviar com o comprovante de matrícula para o e-mail [email protected] até o dia 10 de junho.

Os/as candidatos/as deverão participar de uma entrevista coletiva e individual com os professores do Núcleo de Apoio Psicossocial vinculado ao Centro de Apoio Discente como parte do processo seletivo. As entrevistas terão data e hora divulgados após o fim do período de inscrições.

O que é ser Amigo Universitário

O programa possibilita que estudantes tenham contato com novas culturas, pratiquem um segundo idioma e contribuam com a experiência de mobilidade de novos/as colegas.

Os amigos e amigas universitárias são encorajadas a auxiliar os/as estudantes do exterior em questões acadêmicas e institucionais, bem como a se engajarem com trocas interculturais compartilhando curiosidades, informações, tradições e experiências.

Quem pode participar

Para participar, candidatos/as precisam estar matriculados/as em algum curso de graduação ou pós-graduação da Universidade no momento da inscrição e no semestre seguinte, quando iniciam as atividades como Amigo Universitário.

Aprendizado intercultural

Para a voluntária do Programa, Isadora Rocha Araújo, acadêmica de Arquitetura da Escola Politécnica, participar do programa Amigo Universitário resulta em uma oportunidade incrível para conhecer pessoas e aprender a respeito de diversas culturas através do diálogo em vários idiomas.

Além disso, também auxilia e possibilita a inserção dos alunos/as estrangeiros/as em nossa sociedade de uma forma natural e muito divertida. “Além disso, fazer parte desse maravilhoso programa é ter a certeza que a cada final de semestre, nossas amizades e experiências se tornarão cada vez maiores”, celebra.

Leia também: 5 dicas de como se motivar para estudar um idioma

ricardo barberena

Foto: Luiza Rabello

Na minha última aula, fiz uma proposta para os meus alunos de primeiro semestre: “Vocês gostariam de assistir a um concerto com músicas de Bach?”. Todos levantaram a mão em sinal de concordância. Saímos caminhando pelo campus até a Igreja Cristo Mestre da PUCRS. Após quase uma hora de acordes barrocos, alguns alunos me mostraram seus braços arrepiados. Tal deslocamento, territorial e simbólico, trouxe, mais uma vez, um questionamento que tem me acompanhado: o que significa trazer a cultura para dentro de uma universidade?

Algumas respostas parecem imperiosas. Na sua própria essência, cultura é educação. Não se trata de áreas vizinhas que se comunicam. Ao lermos um livro, assistirmos a um filme, ouvirmos um instrumento, estamos adentrando em um terreno chamado poesia do pensamento, que constitui a aprendizagem ao longo da vida. Assim sendo, uma intensa agenda cultural universitária representa a possibilidade de uma formação humana para além dos limites protocolares. A cultura, enquanto instrumento de sensibilização e alteridade, também evidencia a oportunidade de sairmos de redomas disciplinares.

Cultura é a arte do encontro com o outro: outros significados, outras identidades,outras realidades

Cultura é cultivo da vida. Nesse sentido, uma universidade que incentiva múltiplas ações culturais colherá frutos de uma educação pautada pela transformação e pela libertação da experiência artística. Hoje, a PUCRS conta com mais de cem ações culturais anuais. De forma precursora, acaba de inaugurar um espaço de ateliê, Cultura é a arte do encontro com o outro: outros significados, outras identidades, outras realidades. A rotina cultural universitária é um exercício da tolerância e do respeito à pluralidade.

Por falar em diversidade, a semana da PUCRS, que começou ao som de Bach, terminou com um pocket show da Fresno, passando por Ney Matogrosso. Em tempos de ataque às manifestações culturais, a universidade também acaba se caracterizando em uma espécie de morada para diversos agentes da cena cultural.

Colocar a cultura no centro da universidade é lançar um facho de luz para a força vital do devir artístico enquanto fórum de criatividade, subjetividade e dignidade.

Leia também: Pesquisador desenvolve estudos para entender novas formas de atuação jornalística

Lucas FresnoNa sexta-feira, 22/04, às 18h, o cantor e compositor Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, realiza um pocket show gratuito no palco da Rua da Cultura da PUCRS. Em caso de chuva, o show acontecerá no Salão de Atos. O evento é promovido pela ATL House em parceria com a PUCRS Cultura e aberto para toda a comunidade acadêmica.

Um ambiente de descontração e interatividade, a ATL, Casa da Rádio Atlântida no Campus, recebe desde 2018 diferentes eventos de música, humor, inovação e programações acadêmicas. O espaço é fruto da parceria entre a PUCRS e o Grupo RBS e foi criado a partir da combinação entre universo da Atlântida com a atmosfera única da Universidade. O ambiente também conta com operações da hamburgueria Severo Garage, da agência de intercâmbio STB e do Canal Café.

Além de mesas coworking e jogos, a ATL possui um estúdio de rádio em que ocorrem gravações de podcasts e transmissões ao vivo dentro da programação da Atlântida. O espaço também recebe eventos da PUCRS e da Rede Marista, como o Startup Garagem, o Sarau Marista, workshops e palestras.

A ATL também já proporcionou para a comunidade acadêmica da Universidade atrações como os cantores Di Ferrero, Armandinho, Vitor Kley e Serginho Moah.

Um Campus que pulsa cultura

O Instituto de Cultura (IC) faz parte da Pró-Reitoria de Identidade Institucional da PUCRS, sendo o setor responsável por promover atividades relacionadas à cultura. Dentre os projetos conduzidos pelo IC, estão a administração do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, a produção do Coral da PUCRS e a gestão da programação da Rua da Cultura.

O IC também promove a realização de atividades culturais para toda a comunidade, que são divulgadas através da marca PUCRS Cultura, como o Mérito Cultural, a Galeria à Céu Aberto e o concurso fotográfico Olhar da Casa. Ao longo da pandemia de Covid-19, também foram produzidas diferentes iniciativas adaptadas ao formato online, como as lives dos projetos No Meu Canto, Papos PUCRS, Ato Criativo e Ateliê PUCRS Cultura, que neste mês inaugurou um espaço físico no Campus.

Leia também: Cultura é educação, e a educação é a transformação do conhecimento

Ouça a playlist do pocket show

ateliê pucrs cultura

Foto: Jonathan Heckler

Idealizado para proporcionar experiências por meio de práticas artísticas, o projeto Ateliê PUCRS Cultura agora possui um espaço no Campus da PUCRS. Localizado no prédio 30 da Universidade, na Escola Politécnica, o ambiente foi inaugurado nesta segunda-feira, dia 11 de abril. A partir desse mês, todas as atividades serão presenciais.  

O evento contou com a presença de lideranças da Universidade, como o Irmão Marcelo Bonhemberger, Pró-Reitor de Identidade Institucional da PUCRS, o professor Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura (IC), e a professora Sandra Mara Einloft, decana da Escola Politécnica, que cedeu o espaço para o Ateliê.  

O Ateliê foi criado com o intuito de proporcionar à comunidade acadêmica um espaço de criação, encontro, desenvolvimento motor e criativo. O espaço trará propostas e oficinas interartísticas a fim de aproximar e incentivar atividades corporais e cognitivas”, afirma Irmão Marcelo. 

O espaço receberá exposições práticas e teóricas de arte e cultura ao longo do ano, oferecendo cursos e oficinas de diversas atividades artísticas para alunos/as e comunidade em geral. Agora, com um ambiente moldado especificamente para esse fim, a expectativa é que mais pessoas sejam impactadas por essa vivência.

“Hoje, quando cheguei aqui, pensei no orgulho de estar em uma universidade com uma Galeria a Céu Aberto, uma Rua da Cultura e agora um Ateliê”, celebra Ricardo.  

ateliê pucrs cultura

Foto: Jonathan Heckler

De acordo com Michel Flores, produtor cultural do IC, realizar práticas manuais é importante para a manter o equilíbrio emocional. “Proporciona momentos de respiro nas nossas rotinas, nos incita a desenvolver novas habilidades e exercita nossa criatividade e a capacidade de reflexão”. 

História do Ateliê   

Em 2019, a PUCRS Cultura iniciou um projeto de experimentação em artes manuais e corporais, com atividades exclusivas para alunos/as em desenho, aquarela, teatro, técnicas de corpo e voz, entre outras práticas artísticas.  

Com o isolamento social, o projeto ganhou uma versão online, incentivando a atividade artística em casa. Pelo digital, o Ateliê buscou trabalhar a arte e o equilíbrio emocional das pessoas para enfrentar o período de pandemia. Confira os vídeos do Ateliê PUCRS Cultura online aqui.  

Olhar para o futuro   

O Ateliê PUCRS Cultura dá início às atividades nesse mês de abril, com cinco oficinas práticas: Violão para Iniciantes (13), A Semana de Arte Moderna entre o antes e o depois (19), Encadernação Descomplicada (20), Desenhos Criativos em Aquarela para Iniciantes (27) e O sonho transformado em pesadelo: distopias do século XX e o que elas dizem sobre nós (28).   

Saiba como se inscrever   

As vagas para o curso são limitadas e os materiais específicos de cada oficina são fornecidos pelo Ateliê. As inscrições para participar dos cursos e oficinas estão abertas exclusivamente para estudantes, alumni e colaboradores da PUCRS. Além disso, a presença nos eventos confere certificado de horas complementares de acordo com a carga horária da oficina. 

A partir desta quarta-feira, dia 6 de abril, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) contará com um novo espaço, dedicado a debater o avanço e os impactos das mudanças climáticas no mundo. A exposição Mudanças Climáticas e Tecnologia contará com 14 experiências e será acessível para todos os públicos, com recursos de audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

A mostra foi desenvolvida a partir de pesquisas e ações realizadas em parceria entre o MCT e o Instituto do Petróleo e Recursos Naturais (IPR), estruturas ligadas a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS. O projeto possui financiamento da Global CCS Institute e da Carbon Sequestration Leadership Forum, empresas líderes mundiais na implantação da captura e armazenamento de carbono, uma tecnologia vital para combater as mudanças climáticas. 

De acordo com o professor e pesquisador do IPR Rodrigo Sebastian Iglesias, responsável pela conquista do financiamento internacional da exposição, os impactos para a sociedade já estão sendo sentidos e serão ainda piores se não houver um esforço contínuo global. 

Iglesias explica que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades, inundações, incêndios florestais, serão cada mais frequentes. Em março deste ano, por exemplo, o professor destacou as ondas de calor extraordinárias que registraram temperaturas de 40°C na Antártica e 30°C no Ártico. 

“A influência do homem no aquecimento da atmosfera e dos oceanos é cada vez mais evidente. Por isso, é fundamental entendermos qual o papel da sociedade no sistema climático da Terra, reconhecendo a importância do carbono como fonte de energia e o protagonismo das tecnologias no combate desta crise”, destaca o docente. 

Experiências interativas  

As experiências permitirão a interação do público, proporcionando diferentes perspectivas e sensações. Entre elas está o experimento Ciclos de Milankovitch, que apresenta a principal causa natural de mudanças climáticas. Por meio de um simulador, a experiência permite ao visitante manipular os movimentos terrestres e verificar sua relação com a variação da incidência dos raios solares – e consequentemente da temperatura – sobre nosso planeta.  

Já o experimento Efeito Estufa ocorre dentro de uma cabine fechada e promove uma interação sensorial. Na cabine, a temperatura ambiente é quatro graus Celcius maior que a temperatura externa. Esses quatro graus de diferença são suficientes para que o visitante “sentir na pele” como será a temperatura média na Terra ao final deste século, caso não se busquem alternativas para mitigar a emissão de gases de efeito estufa. 

A exposição está dividida em cinco eixos que debatem diferentes aspectos das mudanças climáticas: interferência humana; catástrofes ambientais; a importância do carbono como fonte de energia; as tecnologias limpas de carbono contra a crise climática; e o futuro que você espera ainda pode ser o futuro que espera você. 

Para a professora e coordenadora de ações educacionais do MCT Renata Medina, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS tem o compromisso em manter o seu público visitante informado sobre as questões mais relevantes em ciências.

“Por se tratar de uma questão de grande urgência para a manutenção da qualidade de vida de todas as espécies do nosso planeta, uma exposição interativa que proporcione ao visitante uma imersão sobre o assunto, se mostra de grande significância para a nossa sociedade”, aponta a professora Renata. 

Uma exposição sustentável 

A exposição Mudanças Climáticas e Tecnologia foi produzida a partir de alternativas para minimizar impactos ambientais, utilizando-se de materiais como Drywall, MDF, iluminação com tecnologia LED e tintas à base d’água. 

Considerada uma tecnologia limpa, o Drywall (gesso acartonado) consiste em estruturas pré-fabricadas feitas com aço e placas de gesso que podem ser recicladas em novos produtos com o objetivo de reduzir o desperdício e melhorar a condição do solo. Já o MDF mistura fibras de madeira prensada de eucalipto ou pinus reflorestados. Suas sobras são trituradas e transformadas em novas chapas do material. 

A iluminação com tecnologia LED utiliza 82% menos energia elétrica que uma lâmpada incandescente comum, com durabilidade média de 50 mil horas e reciclabilidade de 95% dos seus componentes. E as tintas à base d’água têm impacto 90% menor nas emissões de compostos orgânicos voláteis (COVs), bem como de gases de efeito estufa. 

Além disso, a parceria estabelecida com pesquisadores do Instituto do Petróleo e Recursos Naturais da PUCRS possibilitou a capacitação da equipe do Museu – especialmente àqueles que dialogam diretamente com o público visitante – a respeito do tema sustentabilidade, o que, além de reforçar o papel do MCT como museu universitário, cria possibilidades efetivas de difusão de ideias baseadas em ações sustentáveis. 

Balcão do Consumidor

Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

Iniciativa que atende gratuitamente quem busca a resolução de problemas nas relações de consumo, o Balcão do Consumidor da PUCRS retoma o funcionamento a partir desta quarta-feira, 7 de abril. Os atendimentos são realizados por estudantes e professores da Escola de Direito e ocorrem semanalmente, sempre nas quartas-feiras, das 14h às 16h, na sala 134 do prédio 8 do Campus. O serviço é uma parceria com o Procon do RS.

Qualquer pessoa que resida no Rio Grande do Sul pode usufruir do serviço, basta comparecer ao local pessoalmente, sem a necessidade de agendamento prévio, levando comprovantes da relação de consumo (como contrato, nota fiscal, comprovante de pagamento, número de protocolo de atendimento) e documentos pessoais, RG e CPF. Mais informações pelos telefones (51) 3353-7887 e (51) 3353-7889 ou do e-mail [email protected].

Sobre o Balcão do Consumidor

O serviço busca esclarecer, conscientizar, educar e informar o consumidor sobre seus direitos e deveres, além de receber, analisar e encaminhar reclamações, consultas e denúncias. Em 2021, foram realizados mais de 90 atendimentos, com a categoria Produtos e Serviços na primeira posição no índice de reclamações do serviço, seguidos de Bancos, em segundo lugar, e Telefonia, em terceiro.

meditação

Malone Rodrigues, líder do projeto de meditação da PUCRS / Foto: Divulgação

A PUCRS, através da Pró-Reitoria de Identidade Institucional (Proiin), em parceria com o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas Porto Alegre (ADCE) inauguraram uma nova Sala de Meditação no Campus. O espaço está localizado na sala 117 do prédio 96C, no Tecnopuc, e está aberta diariamente para toda a comunidade acadêmica, das 7h às 23h.

Além de estudantes, professores e técnicos admirativos, participaram da cerimônia de inauguração o Pró-Reitor da Proiin, Ir. Marcelo Bonhemberger, o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, Jorge Audy, e o Presidente da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas de Porto Alegre, Klaus Bohne.

Durante a abertura, o Irmão Marcelo reforçou que a nova Sala de Meditação é o desejo concreto da busca da Proiin em promover e incentivar o cuidado com os membros da comunidade. O professor Audy trouxe insights da sua participação no SXSW EDU, que abordou em vários momentos as questões da saúde mental e do bem-estar. “A sala de meditação é início do movimento que estamos fazendo para promover o bem-estar integral”, afirmou. Já o presidente da ADCE, Klaus Bohne, patrocinador do espaço, enfatizou a alegria em ser um dos apoiadores desta iniciativa tão relevante.

sala de meditação, Tecnopuc

Foto: Divulgação

O Capelão da Universidade, Pe. Gustavo Haas, acompanhado por estudantes da Escola de Humanidades, fez a benção do novo espaço, que na sequência foi aberto e todos os presentes tiveram a oportunidade de conhecer.

Uma nova sala para todos

Com o novo espaço de uso compartilhado inaugurado, toda a comunidade acadêmica da Universidade está convidada para participar das atividades que são conduzidas pelo líder do projeto de meditação na Universidade, Malone Rodrigues.

Entre os projetos, estão sessões de meditação guiada, que acontecem presencialmente na Sala de Meditação do Tecnopuc, nas quintas-feiras, das 16h30 às 17h15. Não é necessário fazer inscrição, no entanto, as vagas estão condicionadas a capacidade do espaço.

A sala também poderá ser reservada para atividades em grupo, seguindo o mesmo processo de reserva dos demais espaços do Tecnopuc.

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