Institucional

Palestra defende que “o futuro depende de quem faz”

quinta-feira, 19 de outubro | 2017

Gabriel Carneiro, Feira de Carreiras

Foto: Bruno Todeschini

Até onde são reais as promessas de uma vida perfeitamente idealizada? Para o escritor e especialista em comportamento humano Gabriel Carneiro Costa, formado em Relações Públicas pela Famecos, a sociedade saiu da era da rigidez e entrou de cabeça na era da complexidade. Antigamente, as vidas das pessoas seguiam roteiros pré-desenhados, com idades definidas para acontecimentos como formatura, casamento e aposentadoria. Hoje, a ideia de felicidade é mais complexa. “Precisamos escolher a profissão mais cedo, ter uma vida rentável, ir à academia, dormir horas o suficiente… Todos vêm idealizando a carreira da maneira utópica”, explicou Carneiro, na palestra principal da Feira de Carreiras, ocorrida nesta quarta-feira e intitulada Não me iluda: o futuro depende de quem faz.

Promovida pelo Escritório de Carreiras e pela Fundação Irmão José Otão (Fijo), a feira tem o objetivo de promover vínculos, empregabilidade e estabelecer uma conexão entre os alunos e o mercado de trabalho. Ao longo dos dias 18 e 19 de outubro, estandes com o RH de diversas empresas estiveram presentes nos saguões dos prédios 11, 30, 32 e 50. Na abertura da palestra, o Pró-Reitor de extensão Ir. Manuir Mentges convidou o público para conhecer os espaços, movimentos e encontros que a Universidade oferece. Segundo ele, as questões em torno do futuro inquietam e instigam, e é função da Universidade auxiliar os alunos a buscar as respostas.

“Cuidado. A realidade a seguir pode não te fazer bem: você ainda vai errar.” A frase destacada em um dos slides deu o tom da palestra de Carneiro. Ele tranquilizou os presentes, garantindo que a carreira perfeita e sem erros não é uma realidade. “Pessoas de sucesso contam que sempre souberam o que iam fazer, mas também tiveram tropeços e dúvidas”, defende. O escritor também critica a famosa afirmação de que “quem quer, consegue”. Para ele, apenas querer alguma coisa não garante que ela será conquistada. “Precisamos analisar nossa vida atual e pensar no que podemos fazer para alcançar a vida desejada. E o que podemos fazer é dar sempre o nosso melhor”, afirmou. Ele ressalta, ainda, que não vale a pena comparar o status de dois profissionais sem comparar a trajetória que os levou até ali.

Pontos de planejamento

Segundo Carneiro, é necessário planejar-se em ao menos seis pontos na hora de planejar o futuro. O primeiro é a projeção: “As pessoas sabem na ponta da língua o que querem ter, mas não se perguntam que tipo de profissional querem ser”. O segundo é o caminho e o destino: “É importante olhar o quanto falta para alcançarmos nossas metas, pois é assim que nos planejamos. Mas também é importante perceber que já faltou mais”. O terceiro item fala sobre o valor do esforço, que, para ele, não deve ser o que mais vale. “Valorizamos o cansaço, mas não é por ele que merecemos sucesso, e, sim, pelos resultados que geramos”, argumenta. O amor, o desprendimento do dinheiro e uma visão direcionada às coisas boas também auxiliam no planejamento.

Os momentos finais da palestra foram dedicados a perguntas e conversa com os presentes. Ao longo do evento, Felipe Vargas, do Via Mosaico, fez a facilitação das falas com imagens.

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