Arqueologia e os fragmentos do passado

Celebrado no dia 17 de agosto, o Dia Nacional do Patrimônio Histórico foi criado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para comemorar e difundir a importância do patrimônio histórico. Mas você sabe o que é patrimônio histórico? Conhece sua importância? Ele é composto por todos os bens materiais ou naturais que foram construídos ou preservados ao longo do tempo e, dessa forma, nos permite conhecer a cultura, a arte, as tradições, os costumes, a religião e toda a história de um povo.
No Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS as coleções científicas compõem um vasto testemunho da biodiversidade e da ocupação humana da Região Sul do Brasil, abordando as áreas de Zoologia, Botânica, Paleontologia e Arqueologia. O acervo arqueológico, por exemplo, consiste em uma importante fonte de pesquisa para estudantes em todos os graus, assim como, para arqueólogos, que podem analisar e interpretar as evidências materiais recolhidas (resgatadas ou salvas) dos sítios arqueológicos.
Mas o que é um sítio arqueológico? Qual o trabalho de um arqueólogo? E por último, mas não menos importante, o que é arqueologia? Arqueologia é uma ciência capaz de reunir o passado com o presente. Arqueólogos e arqueólogas, ao descobrirem coisas feitas, usadas e descartadas em lugares conhecidos como “sítios arqueológicos”, reorganizam esses objetos, descobertos no presente, para saber mais sobre as pessoas no passado.
Através da observação, análise, descrição e interpretação do conjunto desses objetos encontrados em um sítio arqueológico, esses especialistas do tempo passado criam acessos ao futuro. Desse modo, arqueólogos e arqueólogas agregam valores às memórias de homens e mulheres, revelando suas relações com o passado. Contam, para as pessoas que vivem atualmente, histórias sobre outras pessoas, em outros lugares e em outros tempos. As histórias que contam, com a ajuda dos objetos que encontram nos sítios arqueológicos, ajudam a reorganizar o passado.
Mas esse passado arqueológico, infelizmente, está incompleto: pedaços de pedras, cacos de cerâmica, vidro, louça, ferramentas enferrujadas, osso triturado, restos de comida. São fragmentos de um passado que um dia já foi completo e vivido. É como se fosse uma fotografia ou um documento rasgado em dezenas de pedaços e depois jogado no lixo. Ou um filme, daqueles antigos, composto por centenas de milhares de imagens, totalmente despedaçado. Cada imagem retratava apenas um momento, um segundo, em uma história que durou, digamos duas ou mais horas ou até milhares de anos.
Ao visitar a exposição, no segundo andar do Museu, você vai se deparar com a temática Arqueologia: A história humana contada através dos objetos, onde é possível desvendar essa história, observando as diferentes etapas do trabalho dos arqueólogos e conhecendo alguns dos objetos da coleção científica.

O Museu funciona de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados das 10h às 18h. Realize o agendamento prévio em: https://www.pucrs.br/mct/formulario-de-agendamento/ para visitar a exposição.