Gal Costa irá abordar sua carreira e discografia em evento da série Ato Criativo
Encontro online sobre a trajetória artística e cultura da cantora acontece nesta quinta-feira, 20 de maio, às 21h
No dia 20 de maio, quinta-feira, às 21h, a PUCRS Cultura promove um bate-papo com a cantora e compositora brasileira Gal Costa. A mediação será realizada pelo professor Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no YouTube – onde fica disponível para acesso posterior.
Além de falar sobre o começo da sua trajetória artística, Gal também abordará os 50 anos do Long Playing Record gravado em 1971, o Gal A todo vapor (Gal Fatal). O LP, que foi o primeiro disco duplo do País, segundo a biografia da cantora, também foi a primeira gravação ao vivo. Com direção do poeta baiano Waly Salomão, o repertório vai desde novos compositores, como Luiz Melodia, aos consagrados, como Luiz Gonzaga.
O LP também foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o 20º melhor disco brasileiro de todos os tempos. Entre as interpretações, então Pérola Negra, de Luiz Melodia; Vapor Barato, de Jards Macalé e Waly Salomão; Como Dois e Dois, de Caetano Veloso; e Sua Estupidez, de Roberto e Erasmo Carlos.
A série Ato Criativo tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. Nesse episódio, a conversa será sobre a trajetória da artista ao longo de seus mais de 55 anos de carreira.
Sobre Gal Costa
Maria da Graça Costa Penna Burgos, conhecida também como Gal Costa, nasceu em Salvador, no ano de 1945. É atriz, compositora e cantora com grande influência no tropicalismo e na MPB. Trabalhou em uma loja de discos em Salvador, onde conheceu o cantor de bossa nova, João Gilberto. Também amiga de Sandra e Dedé Gadelha, em 1963 a cantora é apresentada a Caetano Veloso, então marido de Dedé.
Em 1964, Gal participou da inauguração do Teatro Vila Velha (Salvador) ao lado de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros através do espetáculo Nós, Por Exemplo… Ainda com o grupo, Gal Costa apresentou os espetáculos Arena Canta Bahia e Em Tempo de Guerra (1965), além de gravar Eu Vim da Bahia e Sim, Foi Você.
Uma característica marcante da cantora é a capacidade que sua voz tem de perambular aos diversos gêneros musicais. Gal gravou duas músicas do álbum do Tropicália ou Panis et Circencis (1968), lançado por ela, Caetano, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé. Em 1968, a cantora esteve presente no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música Divino Maravilhoso, a qual lhe concedeu o 3º lugar. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, Gal Costa e Gal, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Durante o período de Ditatura Militar no Brasil, Gal Costa virou representante do tropicalismo no país. Com o álbum Fa-Tal: Gal a Todo Vapor gravado ao vivo, a cantora reforça a sua representatividade dentro do Tropicalismo, enquanto os seus parceiros Caetano e Gil estavam exilados. Ao longo de seus mais de 55 anos de carreira, Gal lançou 43 álbuns, tendo 12 DVDs gravados e 16 participações especiais na televisão. Já foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira (2016) na categoria de melhor cantora.
Sobre o mediador
Professor Ricardo Barberena
Foto: Camila Cunha
Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui graduação (2000), doutorado (2005) e pós-doutorado (2009) na área de Letras pela UFRGS. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
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