Doutoranda da Universidade de Tilburg palestra na PUCRS

Conferência abordou a memória transnacional de holandeses

04/07/2018 - 11h46
Palestra Brasil Holanda

Foto: Thais Gonçalves

A PUCRS recebeu a doutoranda da Universidade de Tilburg, na Holanda, Renate Stapelbroek, para a conferência intitulada Holanda – Brasil: A formação de uma cultura de memória transnacional por transmigrantes holandeses no Brasil e do Brasil (1948 – 2018), em 27 de junho. O evento foi promovido pela Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Rio Grande do Sul, em parceria com a Escola de Humanidadesa Assessoria de Cooperação Internacional e a Associação Holandesa de Não-Me-Toque.

Cultura holandesa transnacional

Entre os temas abordados estavam a lacuna entre história e memória e o passado migratório. Tendo a história oral como base de sua pesquisa, Renate apresentou uma reflexão sobre o que as pessoas consideram importante lembrar, de como vivem com suas lembranças (memória como emoção) e como, em um grupo, geram a identidade de uma comunidade imaginária (memórias como identidade).

A forma como transmigrantes holandeses (aqueles que saíram da Holanda, vieram ao Brasil e retornaram à Holanda) lidam com seu passado migratório também foi debatida. O tema inclui testemunhos de holandeses e seus descendentes no Brasil e a forma que o “ser holandês” é cultivado de duas maneiras. A primeira é imaterial, por meio de celebrações e culinária como, por exemplo, o Dia do Rei Koningsdag e a gincana Zeskamp, que a cada dois anos reúne as seis colônias holandesas brasileiras: Holambra I, Holambra II, Arapoti, Carambeí, Castrolanda e Não-me-Toque. A segunda é material, por meio de museus e monumentos, grupos de dança e teatro.

Pesquisa de campo

Renate esteve no Brasil em 2016 e retornou em 2018 para dar continuidade ao estudo em uma pesquisa de campo nas colônias holandesas no Brasil. Um desdobramento de sua pesquisa é refletir sobre como a identidade transnacional é formada e quais são os elementos culturais necessários para manter vivo o que é considerado “ser holandês” na Holanda e no Brasil.

A pesquisadora, os professores do Programa de Pós-Graduação em História, Antonio de Ruggiero e Claudia Musa Fay, representantes do IPHAN e da Associação Holandesa de Não-Me-Toque foram recepcionados pela especialista em Prospecção e Inovação, Maria Elisabete Haase-Möllmann na Assessoria de Cooperação Internacional.

Compartilhe

Outras notícias Veja todas as notícias

  • Últimas publicadas
  • Mais lidas