Alunas da Famecos são premiadas no 36º Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo
Estudantes foram destaque na categoria Acadêmico
Foto: Sergio Trentini
Manuela Neves Ribeiro, estudante de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, conquistou o segundo lugar, na categoria Acadêmico, no 36° Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo, com a matéria O despreparo de nossos policiais é alarmante, produzida para o Editorial J. A foto de capa que ilustrou o texto premiado é de Carolina Zanette Dill, também aluna do curso.
A estudante lembra da felicidade em ser agraciada pela segunda vez no prêmio promovido pelo Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos (MJDH) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Aos 20 anos, Manuela se sente confiante em relação ao futuro: “gosto muito do que eu faço, as grandes reportagens, mas quero explorar mais as outras áreas do jornalismo”, revela.
Violência policial
“Em 2017, houve diariamente 14 mortes por intervenção policial e 5.159 no total”, denuncia a matéria. O tema tem se tornado cada vez mais recorrente socialmente, assim como a preocupação com a violência. Segundo uma pesquisa feita pelo Datafolha, a maioria da população brasileira tem medo de sofrer algum tipo de violência por parte da polícia, dentre essas pessoas, 20% dizem ter muito medo.
Para Carolina, que ganhou seu primeiro prêmio, o assunto da matéria precisa ser falado e debatido de forma permanente. “Quando você termina a reportagem a sensação é de missão cumprida. Foi um tema muito envolvente”, complementa Manuela.
Foto: Sergio Trentini
A pesquisa do Datafolha também revelou que 60% dos adultos tem medo de andar em seu bairro à noite. Dos 40% que não tem medo, 48% são homens e 49% moradores de municípios com até 50 mil habitantes. 68% das mulheres têm medo de andar à noite no bairro, assim como 67% das pessoas mais velhas.
Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo
A entrega do certificado aconteceu na noite de terça-feira, dia 10 de novembro, em um dos auditórios da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Alegre. O objetivo da premiação é “estimular o trabalho dos profissionais do Jornalismo na denúncia das violações e na vigilância ao respeito dos Direitos Humanos”, segundo o portal oficial da Ordem. Para concorrer nas próximas edições, é necessário acompanhar as inscrições no site.