Conheça as razões

O desafio da sustentabilidade e relevância exigem um novo modelo de hospital

O Hospital São Lucas foi fundado na década de 70, atento às necessidades de formação dos profissionais de saúde e às demandas de assistência da população da época. Mais de 40 anos depois, diante de um modelo insustentável que acumula uma dívida de 280 milhões, e considerando estudos consistentes sobre as demandas da nossa população, nosso movimento de reposicionamento se apresenta como uma iniciativa necessária e urgente para manter a perenidade da instituição.

O segmento da saúde precisa se adaptar em todo País. Com a mudança na pirâmide etária, há uma profunda transformação no perfil epidemiológico da população e cresce, também, a necessidade de adaptar os serviços de saúde, em pouco tempo, para que estejam aptos para prevenir e tratar as doenças que assumem o topo da lista das causas de mortalidade. Também é necessário formar profissionais de medicina e de outras áreas da saúde para atender esse novo perfil.

Excelência na linha de cuidado adulto

A PUCRS possui tradição e é reconhecida, internacionalmente, nos estudos sobre envelhecimento humano, e a intenção do Hospital São Lucas é, também, ser referência na assistência a essa fatia da população. Isso requer atualizar a oferta de serviços, privilegiando as áreas que respondem ao novo perfil demográfico, socioeconômico e epidemiológico e direcionando serviços que vem sendo menos procurados e que contam com outras estruturas de referência para dar conta da demanda da população.

Novas demandas da sociedade

Nosso reposicionamento busca dar respostas para necessidades de saúde da população que se apresentam a partir do novo contexto demográfico global e das projeções para os próximos anos, entre elas:

grafico-01• CRESCIMENTO NA DEMANDA DA ONCOLOGIA – Entre as doenças que passam a liderar as taxas de mortalidade está o Câncer. No RS, 21,76% das mortes são causadas pelo câncer. Em Porto Alegre, o índice chega a 23,11%, números muito superiores à média nacional que é de 16,29% (SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde). O Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano de 2020 a 2022. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

 

 

grafico-02b• CRESCIMENTO DO ALZHEIMER e OUTRAS DOENÇAS NEURO-DEGENERATIVAS – Projeções para o ano de 2033 mostram que o maior aumento na Taxa de Mortalidade ocorrerá para Alzheimer e outras demências, que se incrementará em 165,6%, atingindo 21,3 por 100.000 habitantes e situando-se como a oitava mais importante causa de óbito (FIOCRUZ e Ministério da Saúde).

 

 

 

grafico-03• CRESCIMENTO DAS INFECÇÕES VIRAIS E BACTERIANAS – A Taxa de Mortalidade pelo grupo das Infecções Respiratórias Inferiores apresentará o segundo maior crescimento, de 118,3%. Esse grupo envolve um conjunto de infecções, tanto de origem viral como bacterianas, que também pode ser bastante influenciado pelo envelhecimento da população, pois os idosos são mais vulneráveis às complicações da influenza e de outros quadros infecciosos (FIOCRUZ e Ministério da Saúde).

 

 

grafico-04• GLOBALIZAÇÃO DOS NOVOS VÍRUS – Emergência de novos vírus, principalmente a partir da interface humano-animal, exigindo que os países reforcem sua capacidade de detecção rápida e resposta adequada. Ao mesmo tempo, com o avanço dos processos de integração econômica em escala regional e global, com redução de barreiras e facilitação ao trânsito de pessoas e mercadorias, aumenta a possibilidade de disseminação rápida de vírus e bactérias, com importantes repercussões sanitárias e econômicas decorrentes da internacionalização de surtos e epidemias (FIOCRUZ e Ministério da Saúde).

 

 

grafico-05• REDUÇÃO DA NATALIDADE – No Brasil, tem ocorrido, nas décadas recentes, um conjunto de intervenções que propiciaram o aumento de acesso às ações de saúde, redução da taxa de fecundidade, melhoria de condições sociais, entre outras, produzindo uma redução de 5,5% ao ano no valor da Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) nas décadas de 1980 e 1990. Além disso, as taxas de natalidade no Rio Grande do Sul apresentam mais de 30% de redução nos últimos anos e só em Porto Alegre, cerca de 50%, conforme dados do DEE (Departamento de Economia e Estatística) do Estado do Rio Grande do Sul.