Avanços no desenvolvimento de fármacos, diagnóstico e epidemiologia de doenças negligenciadas

Projeto de Cooperação 2

Coordenador: Prof. Cristiano Valim Bizarro

Tema 1 - Projeto 2As doenças negligenciadas acometem populações pobres e são causadas por agentes infecciosos. Estima-se que 2 bilhões de indivíduos estejam infectados com Mycobacterium tuberculosis (Mtb), agente causador da tuberculose (TB), e que a esquistossomose afete mais de 200 milhões de pessoas. A disseminação de linhagens de Mtb resistentes aos fármacos em uso e a maior vulnerabilidade dos indivíduos portadores de AIDS estão entre os principais desafios no combate à TB. Esta proposta tem como meta unir esforços de pesquisadores da PUCRS e de instituições parceiras em áreas que compreendem o desenvolvimento de fármacos, diagnóstico e aspectos epidemiológicos das doenças negligenciadas.

Pretende-se dar continuidade e ampliar a trajetória já consolidada de ações envolvendo as instituições parceiras, que incluem intercâmbios de estudantes de pós-graduação, de pesquisadores e de docentes, coordenação de atividades de pesquisa e publicações conjuntas. As atividades serão desenvolvidas em quatro frentes de ação:

1) Desenvolvimento de novos agentes anti-TB, por meio de estratégias de planejamento racional de fármacos e de triagem fenotípica. Participarão dessa frente pesquisadores da PUCRS que integram o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Tuberculose (INCT-TB), cuja coordenação está na PUCRS.

2) Estudos sobre os aspectos psicossociais que interferem na epidemiologia da AIDS em Porto Alegre e região metropolitana. Pretende-se identificar barreiras no acesso aos serviços de saúde por mulheres trans e homens que fazem sexo com homens (HSHs), ocasionadas por experiências de preconceito contra diversidade sexual e de gênero.

3) Desenvolvimento de novos métodos diagnósticos para a esquistossomose, para serem usados em áreas de baixa endemicidade. Pretende-se (a) aprimorar o método helmintex de detecção de ovos de Schistosoma (b) avaliar novas estratégias de monitoramento de regiões de baixa endemicidade e (c) aumentar a precisão das análises geoespaciais da distribuição do risco de infecção com Schistosoma.

4) Desenvolvimento e aplicação de ferramentas, baseadas em técnicas de inteligência computacional, para simulações de docagem molecular em larga escala de receptores proteicos totalmente flexíveis contra pequenas moléculas candidatas a fármacos.


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