Biógrafa compartilha com o público sua relação com a obra de Clarice Lispector
No dia 27 de novembro, a biógrafa Teresa Montero participa do projeto Cem anos de Clarice, promovido pela PUCRS Cultura em homenagem ao centenário de Clarice Lispector (Tchetchelnik, 10 de dezembro de 1920 – Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977). Todas as quartas e sextas-feiras, por meio do Instagram e do Canal da PUCRS no YouTube, serão lançados vídeos onde personalidades da literatura brasileira falam sobre o impacto da obra de Clarice em suas leituras e produções.
Com publicações que incluem romances, novelas, contos, literatura infantil e crônicas, com mais de duzentas traduções para mais de dez idiomas, Clarice Lispector é considerada um dos maiores nomes da literatura brasileira. Dona de um silêncio denso, que ganhou o adjetivo “lispectoriano”, tinha uma personalidade misteriosa. Em matéria disponível no Delfos Digital, Caio Fernando Abreu afirma: “Quem conheceu Clarice sabe: ela não era mesmo muito deste mundo”; acrescenta, ainda, que “Na obra, na vida, foram muitas as lendas e mistérios deixados por Clarice Lispector”. Partindo do olhar de diferentes escritoras e escritores, o projeto Cem Anos de Clarice monta uma cartografia apaixonada de sua obra enigmática e arrebatadora, encerrando com uma live no dia 10 de dezembro – data oficial do aniversário da escritora.
Teresa Montero é professora, atriz e biógrafa. Doutora em Letras pela PUC-Rio, com a tese Yes, nós temos Clarice: a divulgação da obra de Clarice Lispector nos Estados Unidos, professora dos cursos de licenciatura em Letras e Teatro da Universidade Estácio de Sá, dedica-se a divulgar o legado de Clarice Lispector há 28 anos. É idealizadora e guia dos passeios O Rio de Clarice e O Rio de Carmen Miranda que integram o projeto Caminhos da Arte no Rio de Janeiro, criado em 2008. Organizou diversas obras de Clarice Lispector e, no campo da biografia da escritora, seu Eu sou uma pergunta: uma biografia de Clarice Lispector (Rocco, 1999) tornou-se um trabalho pioneiro ao reunir uma pesquisa inédita com 88 depoimentos. Foi também co-roteirista do documentário A Descoberta do Mundo (2015), dirigido por Taciana Oliveira.