Cirurgia de Parkinson é o mais novo serviço do Hospital São Lucas da PUCRS

Procedimento auxilia a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir os sintomas da doença

21/12/2021 - 13h53
Cirurgia de Parkinson

Foto: Hospital São Lucas/Divulgação

Cerca de 1% da população acima de 65 anos possui Doença de Parkinson, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Essa condição é ocasionada por uma degeneração de células responsáveis por produzir uma substância chamada dopamina, que realiza a comunicação entre neurônios. Sua falta ocasiona os principais sintomas do Parkinson: tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações tanto na fala quanto na escrita. 

Pensando em melhorar a vida desses pacientes, Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) agora oferece a Deep Brain Stimulation, uma cirurgia para os portadores da doença. Nela, são implantados eletrodos para modular os estímulos elétricos nas regiões afetadas pelo Parkinson. Com isso, o paciente pode manter seu desempenho motor por mais tempo.  

Quem pode fazer a cirurgia?  

A Doença de Parkinson não possui cura, entretanto, o uso de medicamentos é capaz de manter a vida do paciente mais estável. “A maioria das pessoas responde bem aos medicamentos nos primeiros anos e depois o remédio começa a causar complicações, provocando distúrbios de movimentos em decorrência da medicação”, explica o neurocirurgião do HSL Paulo Petry Oppitz. Nesses momentos, os médicos podem precisar aumentar a dose dos medicamentos e, em alguns casos, isso já não é suficiente para controlar os sintomas de forma satisfatória: é aí que entra a cirurgia.  

De acordo com a neurologista Sheila Trentin, existem alguns critérios aos quais o paciente deve atender para estar apto a realizar o procedimento cirúrgico:  

  • Ter a doença há, pelo menos, cinco anos; 
  • O paciente não deve ter mais de 80 anos ou estar com a doença muito avançada, impossibilitando a caminhada e com alterações cognitivas e/ou psiquiátricas importantes; 
  • Possuir uma boa resposta a um dos principais medicamentos utilizados no tratamento: a Levodopa.  

Em relação a esse último critério, ela ainda explica que, mesmo nos casos mais graves de Parkinson, a medicação faz efeito. No entanto, o tempo de efeito do remédio diminui. “Existe, ainda, uma exceção que é o caso do tremor: esse sintoma pode não responder bem aos remédios e costuma ter excelente resposta à cirurgia. Inclusive, além dos pacientes com Parkinson, aqueles que possuem Tremor Essencial também podem ser beneficiados por esse procedimento”, complementa.  

Como funciona o atendimento no HSL? 

Para ter certeza de que o paciente está apto a realizar a cirurgia, é importante realizar uma avaliação médica com um neurologista, que o encaminhara para um neurocirurgião. Esses atendimentos são realizados pelo Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital São Lucas. O agendamento de consultas particulares ou por convênio podem ser realizadas através do telefone (51) 3320-3200, do WhatsApp (51) 98502-1128 ou do site do Hospital 

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