31/10/2022 - 09h55

Mulheres na Ciência: Missão na King’s College London encerra projeto

Professoras, técnicas e estudantes da PUCRS e UFRGS participaram de atividades na instituição britânica

Foto: Arquivo pessoal

O mês de outubro marca o encerramento do projeto Mulheres na Ciência, conduzido em parceria pela King’s College London, PUCRS e UFRGS, com financiamento do British Council. O projeto contou com sessões de cinema debatidas por pesquisadoras, mentorias com estudantes e um website divulgando trajetórias inspiradoras de pesquisadoras das três universidades. A última etapa da iniciativa incluiu uma visita de uma semana na instituição britânica. 

O grupo foi recepcionado pelas professoras Andrea Streit e Abigail Tucker, coordenadoras do projeto pelo lado britânico. A comitiva brasileira foi formada pelas professoras Aline Pan (UFRGS), Fernanda Morrone (PUCRS), Renata Medina (PUCRS), pelas técnicas Juliane Minotto (UFRGS) e Mariana Haupenthal (PUCRS), e pelas estudantes Isabela Bitencourt e Natalia Dal Pizzol, da PUCRS, e Marlise Moreira e Eduarda Nova Cruz, da UFRGS. As estudantes integraram o programa de mentoria ao longo do ano e foram selecionadas por meio de cartas de motivação. 

Troca de experiências 

Grupo visitou os laboratórios da Faculdade de Odontologia, Ciências Orais e Craniofaciais / Foto: Arquivo pessoal

A visita à King’s College London foi marcada por compartilhamento de boas práticas e networking. As visitantes puderam conhecer pesquisadores de suas áreas de interesse em conversas individuais, além de encontros com mentoras da King’s e visitações em diferentes espaços da universidade britânica. A missão teve o objetivo de apresentar algumas iniciativas de igualdade de gênero na KCL que possam ser implementadas no contexto brasileiro, além de troca de experiências e desafios para a promoção da presença feminina nas áreas STEM.  

Durante a programação, o grupo teve a oportunidade de conversar com a professora Jennifer Gallagher, coordenadora de relação internacionais da Faculdade de Odontologia, Ciências Orais e Craniofaciais, Maisa Seppala, responsável pela mobilidade acadêmica da faculdade, Sophie Rust do setor de Igualdade, Diversidade e Inclusão e professor Arthur Galamba, coordenador do STEM Education Hub. 

Avanço no debate nas universidades 

Reunião de trabalho com o pesquisador Arthur Galamba / Foto: Arquivo pessoal

Para a professora Fernanda Morrone, coordenadora do projeto na PUCRS, o projeto oportunizou o debate de importantes temas, como diversidade, igualdade de gênero e mulheres na ciência, tecnologia, ensino superior e pesquisa no Brasil. “Os encontros online com pesquisadores do Reino Unido e do Brasil ao longo semestre e principalmente a parceria com o King’s College ajudaram a construir novas competências, especialmente dentro das instituições brasileiras UFRGS e PUCRS”, adiciona. 

Para Aline Pan, que esteve à frente do projeto na UFRGS, a visita a King’s College London foi uma experiência ímpar para todas. “Possibilitou que todas nós vivenciássemos nossas áreas de atuação e estudo em outro País, e como o governo britânico está atuando com políticas de gênero na Universidade. Fiquei surpresa ao saber que o curso de Engenharia Elétrica tem 50% de seus estudantes mulheres, o que é muito diferente da realidade de 8% da UFRGS. Este resultado reflete a ação e intervenção da política de gênero institucional da King’s. A Universidade britânica atua fortemente nos principais problemas e desafios das mulheres na área STEAM, tais como, maternidade, representatividade, oportunidades de liderança, assédio, etc”, comentou a professora e pesquisadora do curso de Engenharia de Gestão de Energia da UFRGS. 

Boas práticas em evidência 

A professora Andrea Streit celebrou o engajamento e interação entre participantes. “Fiquei muito impressionada ao ver tanto entusiasmo e engajamento de nossos parceiros e participantes brasileiros e dos muitos voluntários da King’s para compartilhar experiências e encontrar novas maneiras de promover mulheres em STEM. Para mim, o destaque do programa foi a visita do grupo brasileira ao King’s – conhecer os alunos, ver como eles fizeram novas conexões e como essa troca pode abrir novas possibilidades foi maravilhoso. Eles vão compartilhar suas experiências com seus colegas no Brasil – se conseguirmos fazer a diferença, mesmo que para poucos, valeu a pena todo o projeto”, adiciona. 

Confira mais fotos da missão:

 

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