Ato Criativo | Vitor Ramil: 40 anos de música – 2010

09/03/2021 - 11h31

 

No dia 23 de março, terça-feira, às 21h, a PUCRS Cultura realiza a quarta live da série de conversas com o cantor e compositor Vitor Ramil, revisitando os seus 40 anos dedicados à música. Este quarto encontro tem como assunto os discos e criações do artista a partir do ano 2010. Com mediação do diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena, a conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do canal da PUCRS no Youtube – onde fica salva, podendo ser acessada posteriormente.

Os anos 2010

No ano de 2010, na cidade de Buenos Aires, Vitor Ramil gravou o álbum Délibáb, composto por doze músicas: seis em português, baseadas em poemas de João Da Cunha Vargas (1900-1980), e seis em espanhol, baseadas em poemas de Jorge Luis Borges (1899-1986). O álbum inclui um DVD com o processo completo de gravação do disco, com participação especial de Caetano Veloso (em Milonga de los morenos) e Carlos Moscardini (no violão). O nome deste trabalho, que significa “miragem” ou, mais precisamente, “ilusão ao meio-dia”, vem do húngaro “déli” (do meio-dia) mais “báb” (de bába: ilusão), fazendo referência a um fenômeno natural da planície húngara: um tipo de espelhismo que transporta paisagens longínquas a horizontes quase desérticos, reproduzindo cenas distantes ante os olhos do observador.

Em 2012, Ramil foi citado na lista dos 70 mestres brasileiros da guitarra e do violão da revista Rolling Stone. No ano de 2013, lançou o álbum duplo Foi no Mês que Vem, onde revisita canções lançadas em seus álbuns anteriores, com a presença de convidados especiais: Fito Páez, Jorge Drexler, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Pedro Aznar, Kleiton e Kledir, Kátia B, Marcos Suzano, Carlos Moscardini, Bella Stone, Ian Ramil, entre outros.

Em 2017, lançou o álbum Campos Neutrais, que traz no título uma referência ao tratado de Santo Ildefonso, 1777, que definia uma zona neutra entre os reinos de Portugal e Espanha. Os Campos Neutrais históricos tornaram-se emblemas da condição fronteiriça do Rio Grande do Sul e, no imaginário contemporâneo, ficaram associados às ideias de liberdade, diversidade humana e linguística, miscigenação e criatividade. O álbum recebeu o 29º Prêmio da Música Brasileira na categoria Projeto Visual, pela arte de Felipe Taborda, e foi indicado ao Grammy Latino nas categorias Melhor Álbum de Música Brasileira e Melhor Arranjo (música Campos Neutrais).

No ano de 2019, Vitor Ramil estreou Avenida Angélica, espetáculo de canções inéditas compostas a partir de poemas da escritora pelotense Angélica Freitas.

Sobre o mediador

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

Assista ao bate-papo aqui:

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