08/09/2022 - 12h36

Clara dos Anjos é a segunda leitura do Ateliê PUCRS Cultura – Literatura Negro-Brasileira: ontem, hoje e amanhã

Conduzido por Tônio Caetano, o grupo tem como objetivo debater a escrita de autoria negra

Lima Barreto

O grupo de leitura Ateliê PUCRS Cultura – Literatura Negro-Brasileira: ontem, hoje e amanhã, conduzido pelo professor e escritor Tônio Caetano, se reúne hoje para o segundo encontro da programação.

Como tivemos a liberação de algumas vagas, ainda dá tempo de se inscrever! 

O livro da vez é Clara dos Anjos, de Lima Barreto. Concluída em 1922, ano da morte do autor, a história foi publicada primeiro em folhetim (1923-1924) e apenas duas décadas mais tarde em livro, no ano de 1948. O desejo de Lima Barreto era convertê-la numa espécie de epopeia suburbana a partir da malfadada trajetória de Clara dos Anjos: uma adolescente negra e pobre seduzida por Cassi Jones, um dos protótipos literários da malandragem. No desenrolar da trama, o autor oferece um retrato da sociedade brasileira, expondo o racismo existente por detrás das tragédias vividas pela protagonista. 

A atual edição do grupo de leitura do Ateliê PUCRS Cultura tem como objetivo debater a escrita de autoria negra, trazendo uma seleção de livros com olhares diversos sobre a questão racial e as questões de classe e gênero brasileiras. Os encontros acontecem quinzenalmente nas quintas-feiras, das 17h30 às 19h, no espaço físico do Ateliê PUCRS Cultura, que fica no térreo do prédio 30, na Escola Politécnica do Campus da PUCRS. Para se inscrever, clique aqui 

“O fulgor do meu ideal me cegou; a vida, quando não me fosse traduzida em poesia, aborrecia-me. Pairei sempre no ideal; e se este me rebaixou aos olhos dos homens, por não compreender certos atos desarticulados da minha existência; entretanto, elevou-me aos meus próprios, perante a minha consciência, porque cumpri o meu dever, executei a minha missão: fui poeta! Para isto, fiz todo o sacrifício. A Arte só ama a quem a ama inteiramente, só e unicamente; e eu precisava amá-la, porque ela representava, não só a minha Redenção, mas toda a dos meus irmãos, na mesma dor. Louco?!”  

(trecho de Clara dos Anjos, de Lima Barreto)

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