15/04/2025 - 10h36 - Por: Ricardo Araújo Barberena

Chico César e Vitor Ramil encantam o Salão de Atos da PUCRS em um espetáculo de encontros e afetos

Diante de 1.500 pessoas, Chico César e Vitor Ramil celebraram o que existe de melhor nos momentos culturais: a arte do encontro

Chico César, Vitor Ramil e Edu Martins Ensemble / foto: Giordano Toldo

Entre Catolé do Rocha e Pelotas, estava o palco do Salão de Atos. Diante de 1.500 pessoas, Chico César e Vitor Ramil celebraram o que existe de melhor nos momentos culturais: a arte do encontro — mesmo em tempos de tanto desencontro.

Sob regência precisa de Edu Martins, uma belíssima orquestra completou esse pacto de conjunção de subjetividades e afetividades. A partir de um lirismo intocável, os músicos deixaram um recado para pensarmos a contemporaneidade: para além das polaridades, existe uma territorialidade comum que cultiva a vida em diferentes sotaques, timbres e ritmos.

foto: Giordano Toldo

Por quase duas horas, a plateia foi hipnotizada pela alternância de sons e sentidos, numa verdadeira orquestração da ternura e da empatia. A ética do fogo e a estética do frio se encontraram para revelar uma metafísica do sentir e do amar, que dispensa os imediatismos acelerados de um cotidiano da exaustação.

A reunião entre a milonga e o baião traduziu uma linda festa da tolerância e da alteridade. Ramil caminhou pelo sertão e Chico pampeou pelo rincão. E, ao final do show, ficou a lembrança de uma origem comum: todos nós, gaúchos e paraibanos, viemos da mãe África.

fotos: Giordano Toldo

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