Curso de Jornalismo da PUCRS completa 70 anos de história

Pioneira na área de comunicação, graduação foi a primeira criada no Sul do País e a terceira do Brasil

31/03/2022 - 16h20
Primeira turma do Jornalismo 1954

Primeira turma formada no curso de Jornalismo, em 1954 / Foto: Delfos/PUCRS

Com início em março de 1952, a graduação em Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos carrega uma história pioneira e de excelência na área. Primeiro do Sul do País e terceiro do Brasil, o curso completa 70 anos em 2022, tendo formado mais de 6,5 mil alunos e alunas. Muitos destes construíram trajetórias de nível nacional e internacional, prestando contribuições à área e destacando a importância da profissão à sociedade.

Em comemoração ao momento histórico, uma série de atividades estão previstas ao longo do ano. A programação contempla compartilhamento da trajetória de egressos, palestras, oportunidades de aproximação de estudantes com o mercado de trabalho e produções de materiais especiais.

O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que os 70 anos também são um momento de celebrar todas e todos que fazem parte da história do curso. “Histórias têm muita força, basta que prestemos atenção. Se olharmos para a nossa, podemos dizer que estamos celebrando estudantes, docentes, técnicos e profissionais que, mesmo após anos de formados, nos reconhecem como sua casa. Estamos celebrando a consistência de um curso que já passou por inúmeros momentos históricos e realizou os sonhos de milhares de pessoas que fazem e fizeram parte disso tudo ao longo dos anos”.

Ele também reafirma os compromissos assumidos ao longo de sete décadas: com a formação de excelência; com a educação; com a informação; com a apuração; com a democracia; com a verdade; com a ética; e com as pessoas.

Para a decana da Famecos, professora Rosângela Florczak, a data  reflete a missão incorporada por docentes, estudantes e profissionais formados pelo curso.

Famecos

Estudantes do curso de Jornalismo da Famecos em 1981 / Foto: Delfos/PUCRS

“Celebrar sete décadas de um curso que forma profissionais de jornalismo para todo o Brasil é, sim, motivo de festa, mas acima de tudo, é motivo para parar e olhar a responsabilidade que temos como Escola e como Universidade e (re)pensar, profundamente, no papel social da profissão. Vivemos tempos complexos neste trecho da história da humanidade, que está sendo marcado por uma pandemia mundial e por guerras nas trincheiras físicas, no ciberespaço e nas relações cotidianas. Diante do cenário conturbado, o compromisso do jornalismo torna-se explícito e fundamental”, comenta Rosângela.

Coordenador do curso, o professor Fábian Chelkanoff ressalta as transformações vividas pela comunicação nestes 70 anos: “Vimos e mostramos tudo que aconteceu. Convivemos na prática com as revoluções da comunicação. Vimos e vivemos a chegada da internet, a maior de todas as revoluções. Tivemos de refazer nossa forma de entender o jornalismo”. O professor  salienta que a data serve para reforçar a responsabilidade com a formação de profissionais comprometidos com a ética e com as pessoas.

Laboratórios proporcionam experiência na prática

Lançado em 2011, o Editorial J, laboratório de Jornalismo da Famecos, já contribuiu com a formação de mais de 350 jornalistas. Reconhecido no Estado e no País, o J já conquistou mais de 27 prêmios de jornalismo regionais e nacionais e une estagiários/as e voluntários/as de diferentes semestres para produzirem conteúdos em diversas linguagens e plataformas.

Desde o início do primeiro semestre letivo de 2022, o Editorial J firmou uma parceria com o Sul21, veículo de jornalismo independente de Porto Alegre, para a produção de reportagens sobre mobilidade urbana. As matérias produzidas pelos estudantes integrantes do J começarão a ser publicadas no jornal a partir desta semana.

O coordenador do curso acredita que a oportunidade de aprender de forma prática é fundamental no aprendizado. “Escrever com professores junto, conviver com jornalistas do mercado, fazer o seu texto circular e depois publicar para que o público inteiro leia, eu acho que isso é uma diferença brutal”, destaca Chelkanoff.

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