Projeto do Instituto de Geriatria e Gerontologia recebe Prêmio de Melhores Práticas na Medicina

Reconhecimento foi entregue pela Associação Médica do Rio Grande do Sul no dia 27 de outubro

01/11/2021 - 10h32

Trabalho premiado buscou descrever e contextualizar as ações do grupo de pesquisa / Foto: arquivo pessoal

Buscando reconhecer e premiar quem mais procurou aprimorar a prática médica, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) criou, em 2021, o Prêmio Amrigs de Melhores Práticas na Medicina com o foco, neste ano, no contexto da Covid-19. No último dia 27 de outubro, o Projeto de Extensão Atenção MultiProfissional ao Longevo (Ampal), coordenado pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, foi agraciado com o segundo lugar na categoria Terceiro Setor.

O título do trabalho premiado foi Atenção Multiprofissional ao Longevo: uma estratégia de mediação do telemonitoramento domiciliar à atenção básica. O trabalho buscou descrever e contextualizar as ações do grupo de pesquisa do projeto Ampal em 2020. A atividade do telemonitoramento constituiu em avaliação e acompanhamento do estado de saúde de nonagenários e centenários residentes de Porto Alegre.

Sobre o projeto

De acordo com o coordenador do projeto, o professor do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica da Escola de Medicina Angelo Gonçalves Bós, a proposta partiu de um projeto de pesquisa, inicialmente em um ambulatório de atendimento multiprofissional ao longevo em 2012 no Hospital São Lucas da PUCRS. Percebeu-se na dificuldade de deslocamento (sair de casa) dos nonagenários e centenários, uma oportunidade de criar estratégias para levar o cuidado da saúde à prevenção e promoção de saúde mais próximo do cliente.

Dessa iniciativa, resultou um inquérito de avaliação ampla do idoso em saúde multiprofissional em 2014, o Projeto de Extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo da PUCRS (AMPAL) que foi utilizado para a avaliação do estado e agravos de saúde de pacientes longevos atendidos pelo Centro de Extensão Universitária Vila Fátima, no bairro Bom Jesus. Em 2016 o projeto teve sua abrangência ampliada para atuar nas diversas regiões do Orçamento Participativo de Porto Alegre, recebendo investimentos do Fundo Municipal do Idoso da cidade, estabelecendo uma coorte de 248 participantes acompanhados desde então.

Das avaliações eram gerados relatórios de saúde enviados aos participantes e famílias. O relatório continha, entre outros resultados, orientações e encaminhamentos para a resolução de problemas observados. O acompanhamento se deu de maneira domiciliar em 2018, também com recursos do Fundo Municipal do Idoso de Porto Alegre, e com uma nova avaliação prevista para 2020, desta vez sem recursos externos.

Acompanhamento na pandemia

Durante a pandemia, o projeto buscou se inovar e desenvolveu um formato online, testado em um grupo significativo de nonagenários e centenários (56), mostrando-se eficiente para esse propósito. Os primeiros resultados, durante a pandemia, foram publicados e apresentados em diversos eventos científicos (regionais, nacionais e internacionais), gerando difusão do conhecimento para fomentar novas práticas de saúde na longevidade e delineando novos desafios, como alteração da qualidade do sono, alterações emocionais e físicas, dentre outras.

Além disso, uma intervenção remota de tele-reabilitação foi realizada e mostrou ser reprodutível e eficiente para a manutenção e recuperação de habilidades funcionais em longevos. Contatos sobre o projeto podem ser realizados com o coordenador do projeto através do e-mail [email protected].


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