Palestra analisa a revolução da internet

Atividade com o professor Eduardo Pellanda abriu o 17º Salão de Iniciação Científica

Por: Redação Ascom

05/10/2016 - 13h56
Palestra de abertura do 17º Salão de Iniciação Científica, com Eduardo Pellanda

Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Surgimento da internet, transição para a internet móvel, dispositivos wearables e internet das coisas foram os temas abordados pelo professor da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS Eduardo Campos Pellanda durante a abertura do 17º Salão de Iniciação Científica (SIC). O Reitor, Joaquim Clotet, esteve presente durante a palestra. Segundo Pellanda, enquanto ele terminava a Faculdade, a internet tomava forma. O professor contou que poder ver o nascimento de um meio foi fascinante e despertou sua vontade de apostar nessa área para seguir a profissão. O publicitário de formação integrou a equipe que colocou no ar o primeiro site da Zero Hora e do ClicRBS. Depois de trabalhar no mercado, se dedicou a vida acadêmica. “É o lugar para estar sempre descobrindo coisas novas”, acredita.

Pellanda também considera que a internet móvel foi uma nova revolução. Ele explicou que já previa como seria essa tecnologia antes mesmo de sua criação. “Na área da pesquisa, é importante imaginar como as coisas podem se transformar”, destacou. Com a expansão da internet, as comunicações ficaram cada vez mais fáceis e naturais. “Não temos o tempo necessário para digerir, porque parece que as coisas vão sendo incorporadas e não conseguimos ter muita noção de como elas são transformadoras”. O palestrante lembrou que, antes da internet móvel, as pessoas se conectavam em casa e combinavam de encontrar amigos na rua, o que mantinha os ambientes on-line e off-line separados. Para auxiliar na compreensão, citou Piérre Levy, quando o filósofo comenta que o virtual e o real não são separados e nem opostos.

Os dispositivos vestíveis (wearables), como o Google Glass, também integram o grupo de transformações ligadas à conexão e à mobilidade. Mas Pellanda alertou para o fato de que o tempo tecnológico é diferente do tempo de absorção social de uma tecnologia, por isso o Google pisou no freio no desenvolvimento dessa ferramenta. Já a internet das coisas está ligada ao serviço, com objetos que são capazes de se comunicar com as pessoas. Para exemplificar, citou lâmpadas que informam como está a temperatura na rua através da cor ou da intensidade da luz. “Tentamos entender como fazer essas coisas que ‘falam’. É um lado aberto da pesquisa”.

Ele concluiu que antes existia um indivíduo com um círculo de amigos, que registrava os acontecimentos na memória. Hoje, são muitos indivíduos com uma rede de amigos, registrando tudo com as ferramentas tecnológicas. “Estamos vivendo em um tempo único, com questões que pareciam ficção científica há alguns anos. Esse momento é muito interessante para o meio acadêmico”, frisou. Além do Reitor, pró-reitores, docentes e universitários estiveram presentes na palestra de abertura. Também participou o diretor administrativo financeiro na Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), Marco Antonio Baldo.


Leia Mais Veja todas