Natal, luz que ilumina a noite escura do mundo

Por: Ir. Evilázio Teixeira

21/12/2018 - 18h25
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Foto: Bruno Todeschini

Mais um Natal, e em breve abrem-se as cortinas para o grande espetáculo: o início de um novo ano; conhecido também como o ano bom, da confraternização universal. Que não seja apenas mais um ano, mas realmente bom! Que não passe inexorável como todos os outros, mas que seja novo, único, irrepetível, vivido na sua inteireza – menos com as batidas do relógio e mais com as batidas do coração.

Celebrar o mistério de Deus e da pessoa humana, encarnada na debilidade e na inocência de um menino, nos recorda que também somos seres frágeis, como a cana curvada pelo sopro do cansaço. A nossa humanidade é vestida de fragilidade. Nós a portamos em nossas rugas e em todos os sinais de nossas limitações. O Natal faz memória daquela verdade primeira: que ninguém está totalmente pronto, que todos necessitamos de salvação. Neste sentido, Natal é o tempo precioso da espera e da esperança; tempo de avaliar e tomar nas mãos a própria vida.

O Natal sugere que podemos nos dirigir a Deus com corajosa confiança, e desde a perspectiva do menino, para além da nostalgia de origem, gera leveza, simplicidade, humildade e alegria. Ele nos convida a mergulhar no chão da vida, assim como as raízes na obscuridade da terra para alcançar a seiva. Eis que uma luz surge para iluminar a noite escura do mundo, e revela que a misericórdia de Deus é capaz de transformar qualquer fragmento de existência em mosaicos maravilhosos, rompendo  com o tédio, o vazio e a melancolia.

Um feliz Natal a você que lê estas palavras e a todos aqueles que lhe são caros, que habitam a sua casa e o seu coração, lugar que chamamos família; morada do cuidado e da diligência amorosa. Se estás nas trevas, acende o teu farol, o Natal é luz; se estás na solidão, sai de ti mesmo, o Natal é encontro; se estás no desespero, reanima-te novamente com a existência, o Natal é esperança. Se tens rancor, reconcilia-te, o Natal é perdão.


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