InsCer: uma década de impacto na sociedade

Confira na íntegra o artigo do diretor do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Jaderson Costa da Costa, publicado no jornal Zero Hora

07/06/2022 - 13h20
Jaderson Costa da Costa

Jaderson Costa da Costa, diretor do InsCer / Foto: Camila Cunha

Como médico, posso afirmar que não existe nada mais difícil do que dizer a um paciente que não tenho resposta para seu caso. Foi com essa visão que, em 2004, esboçamos uma primeira ideia do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer-PUCRS). Desse ano em diante, com apoio da Universidade e do governo, o rascunho feito em um guardanapo começou a se tornar realidade.

Há 10 anos, o InsCer iniciava suas atividades num formato inédito no Brasil, reunindo pesquisa, inovação e desenvolvimento de produtos direcionados ao atendimento dos pacientes, fechando o ciclo do que chamamos de pesquisa translacional – que tem o objetivo de oferecer uma solução a um problema da sociedade.

O que era um sonho – e até uma incerteza para alguns – ganhou vida no dia 6 de junho de 2012, quando entregamos à comunidade um espaço superior a 2,5 mil metros quadrados, capaz de atender a população e gerar conhecimento.

Iniciamos a produção de radiofármacos importantes, como o 18F-FDG, usado em exames para avaliar o metabolismo do cérebro e para o diagnóstico de câncer. Em nossa trajetória de comprometimento com a sociedade e a ciência, em 2016 realizamos o Projeto Zika Vírus, que avaliou dezenas de crianças com microcefalia, consequência do surto do vírus no País. No momento em que faltavam insumos durante a pandemia de Covid-19, desenvolvemos in house um teste de diagnóstico por PCR.

Em 2020, concluímos a ampliação da estrutura prevista no plano inicial: com mais de 9,3 mil m², o InsCer virou a casa de neurocientistas empenhados em trazer respostas às preocupações da sociedade. Neste ano em que completamos 10 anos, avançamos mais uma vez ao fabricar e disponibilizar o Floberbetabeno, radiofármaco para diagnóstico da Doença de Alzheimer, o que nos habilita a cooperações internacionais para avaliar potenciais tratamentos.

Seguimos com orgulho da história que construímos e com a missão de manter a nossa essência: inquieta e apaixonada por ciência que traga benefício para a sociedade.


Leia Mais Veja todas