Fronteiras Educação aproxima estudantes da literatura

Bate-papo entre professores foi mediado por Fabrício Carpinejar

Por: Redação Ascom

08/11/2016 - 15h02
Fronteiras Educação | A Biblioteca que Transformou o Mundo

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

A Biblioteca que Transformou o Mundo foi a temática do segundo encontro do Fronteiras Educação, módulo educacional do projeto Fronteiras do Pensamento, que ocorreu na manhã desta terça-feira, 8 de novembro. Alunos do 9º ano e do Ensino Médio foram recepcionados no teatro do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) para participarem de um bate-papo com o professor da Faculdade de Letras da PUCRS Altair Martins e com a historiadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Joana Bozak.

A atividade foi mediada pelo escritor Fabrício Carpinejar. Em tom descontraído, ele saudou a todos e instigou os alunos a pensarem sobre a literatura: “O livro é uma forma de suportar a solidão, concordam?”. Segundo o autor, ler é estar em silêncio e criar suas próprias histórias na imaginação. Joana concordou, referindo que a leitura transporta o leitor para outra realidade dentro de seu mundo particular. O entusiasta também desmistificou a ideia de que jovens interessados por leitura são introspectivos e excluídos. Pelo contrário, salientou que, muitas vezes, as histórias lidas são tema das rodas de conversas em grupo. Carpinejar também combateu a ideia de que adolescentes não gostam de ler longas obras, utilizando como exemplo a saga Harry Potter, sucesso entre os adolescentes. “Quanto maior o livro, maior o desafio”, salientou.

Com o objetivo de responder ao questionamento Literatura no Século 21, Ler Por Quê?, os palestrantes percorreram temas como o desenvolvimento da escrita no tempo, remetendo aos suportes mais antigos, como tabletes de argila, pergaminhos e papel, até os meios digitais, como os e-books. Joana reconhece a internet como uma plataforma que possibilita novos modos de leitura, mas acredita que os livros impressos irão perdurar. “Ao contrário dos textos da web, os livros não podem ser excluídos em um clique”. Martins ressaltou que o papel ainda é autoridade sobre o digital, e que o excesso de conteúdos disponibilizados na internet pode ser prejudicial.

Ao final, o público assistiu a vídeos de produção do Fronteiras do Pensamento, contemplando relatos do escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura, e do gaúcho Moacyr Scliar. Também foram analisados trechos de filmes que abordam a literatura, como o filme Tróia e a obra A Menina que Roubava Livros. Na visão de Martins, os livros sempre foram fontes para outras produções, mas não costumam receber tanto mérito.

A aluna do terceiro ano do Colégio Monteiro Lobato Luisa Voll Costa Ventura reforça que a conversa sobre literatura incentiva a prática da leitura, principalmente na reta final para a realização do vestibular. Para o colega Gustavo Lacerda, as comparações entre livros e suas adaptações para filmes foram o que mais chamou a sua atenção. Os estudantes receberam material impresso com os temas abordados na palestra e conteúdos complementares.

O projeto Fronteiras Educação é desenvolvido desde 2010 e já foi apresentado a mais de 30 mil alunos. Duas edições especiais de 2016 foram promovidas pela PUCRS e pelos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista. Por meio dos bate-papos, a ação oferece aos jovens os melhores recursos para que possam compreender as questões da atualidade e, a partir delas, construir um mundo mais solidário, tolerante e sustentável.


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