Confira na íntegra o artigo do reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, publicado no jornal Zero Hora
Irmão Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS / Foto: Camila Cunha
Neste mês de maio ocorre a III Conferência Mundial de Educação Superior, em Barcelona. O Brasil está representado no evento promovido pela UNESCO e leva à Espanha um conjunto de propostas das instituições de educação superior públicas e comunitárias. Documento elaborado conjuntamente pela ABRUC, ABRUEM, ANDIFES e CONIF destaca que estamos numa emergência educacional, motivada por limitações impostas às políticas sociais e que comprometem o desenvolvimento sustentável do país. Na Educação Superior, um dos princípios fundamentais que segue a nos desafiar é a inclusão com qualidade e pertinência, assim como também são desafiadoras a autonomia universitária, o financiamento, a liberdade de cátedra, a promoção da diversidade e a rejeição a qualquer preconceito de origem étnica, de gênero e socioeconômico.
O fundamento do conhecimento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir. Aprender para conhecer supõe primeiramente aprender a aprender. Educar implica numa atitude de escuta para o clamor que vem do outro. E mais do que nunca, a educação parece ter por finalidade essencial conferir a todos os humanos a liberdade de pensamento, de julgamento, sentimento, e imaginação no sentido de ajudar a pessoa a expandir seus talentos e tornar-se também, tanto quanto possível, mestre de seu destino. Ou seja, é imperativo superarmos o individualismo para construirmos uma nova sociedade, mais humana e solidária.
Cabe à educação superior assumir em plenitude as funções inerentes à gestão do conhecimento: a geração, o armazenamento e a sua disponibilidade e transferência. Para que o pensamento e o conhecimento sobre uma nova institucionalidade se convertam em ação, o mundo da educação superior necessita de alianças e de colaboração com diversas instâncias e atores. Deste modo, podemos continuar com a aspiração de fazer incidir a pauta educacional num projeto global de desenvolvimento humano durável e de conceber as universidades como vetores centrais de interconexão do espaço global.
