Dia do Voluntariado: um exercício de solidariedade e cidadania

Data é comemorada neste domingo, 28 de agosto

26/08/2022 - 17h48
dia do voluntariado

Foto: Divulgação

O Dia Nacional do Voluntariado foi instituído no Brasil no dia 28 de agosto de 1985, apesar de ter sido regulamentado somente em 1990. O trabalho voluntário, além de ser uma forma de exercitar a solidariedade, é uma forma de exercer a cidadania e agir em prol do bem comum e de interesses coletivos. Há muitas formas de se envolver com voluntariado: por meio de ações coletivas ou individuais, participando de projetos sociais, entre muitas outras.  

Para quem se interessa e quer começar a participar de ações solidárias, há o Voluntariado Marista da PUCRS, promovido pelo Centro de Pastoral e Solidariedade. O projeto possibilita que estudantes de graduação e pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), alumni, professores/as e colaboradores/as da Universidade trabalhem voluntariamente junto à comunidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, em frentes como a educação, a cultura, a saúde, a assistência social e o meio ambiente. 

Como funciona o Voluntariado da PUCRS  

O projeto funciona por meio de uma metodologia educativa, que coloca o/a voluntário/a em contato com diferentes realidades, recebendo formação e acompanhamento específicos. Isso o desafia a questionar o porquê dessas diferenças ea origem das desigualdades sociais. Com isso, estimula a investigação, análise e aprendizado desenvolvendo a consciência crítica e efetivando alternativas diante dos contextos das periferias territoriais e existenciais.  

O principal objetivo do projeto é criar ações solidárias com enfoque na educação para a cidadania e transformação social. O Voluntariado Marista procura cultivar uma cultura de solidariedade, que convida os/as voluntários/as a vislumbrar a possibilidade de uma sociedade menos desigual, de uma realidade melhor e menos injusta, onde haja um espaço vital harmônico. Tem interesse em fazer parte? Informações sobre as inscrições e as instituições onde ser voluntário/a podem ser conferidas no site do projeto. 

Histórias de quem fez parte 

dia do voluntariado

Foto: Giordano Toldo

Julia Torres, que foi voluntária em uma das casas lares do Abrigo João Paulo II fazendo reforço escolar com as crianças, relata o quanto a experiência a transformou. 

“São poucas coisas que a gente precisa: responsabilidade, tempo e paciência. E eu acho que a maioria das pessoas têm isso, mas às vezes não querem. O tempo que teoricamente a gente ‘perde’ aqui, a gente ganha muito mais. Todo mundo cresce com o voluntariado. Eu era uma pessoa antes do voluntariado, e sou outra pessoa fazendo voluntariado. Todo mundo sempre fala que quem mais ganha fazendo voluntariado é o voluntário, e eu sempre achava que não era, mas é, sim.” 

Rodrigo Augusto, voluntário no Hospital São Lucas nos setores de quimioterapia, radioterapia e hemodiálise, conta que o voluntariado o ensinou o valor das coisas simples da vida. 

“O normal do ser humano é sempre estar insatisfeito, e hoje eu tenho tido mais satisfação pela minha própria saúde, pelo dia, pela chuva, pelo sol, coisas que eu não dava tanto valor. E quando vemos uma pessoa que fica uma semana internada num hospital, que não sabe nem se tá chovendo ou se tem sol, perguntar ‘como tá o tempo lá fora?’, isso já é uma coisa para agradecer. Depois que tu começa a realmente entender o retorno que vem de fazer algo ao próximo, aí sim, tu não vai conseguir mais parar.” 

Para Brenda Menine, também voluntária no HSL, o projeto representou um desafio positivo em sua vida. 

“Eu não tenho a menor dúvida do quanto a experiência do voluntariado na área da saúde, em um hospital, pode ser transformadora na vida. Eu já ouvi várias vezes a frase ‘acho que eu não tô pronta, e eu lembro de ter dito isso também. E depois de três anos [fazendo voluntariado] eu não me sinto pronta muitas vezes, pra coisas inesperadas que acontecem. Então é um desafio em que tu tem que te colocar, mas é um desafio bom. Se tem uma coisa que eu não tenho a menor dúvida que o voluntariado fez comigo foi me tornar uma pessoa mais sensível. Mais sensível ao outro, mais sensível aos problemas, mais sensível de uma forma geral.” 

 


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