Fernanda Morrone destaca o papel das pesquisas da PUCRS na transformação da sociedade
A trajetória da professora Fernanda Bueno Morrone na PUCRS começou em 1998, quando foi contratada como farmacêutica do Setor de Quimioterapia do Hospital São Lucas (HSL). Após seis meses, foi convidada a ministrar aulas de Farmácia Clínica na então Faculdade de Farmácia. Atualmente é professora titular da Escola de Ciências da Saúde, onde ministra a disciplina de Farmacologia e orienta nos Programas de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular e em Medicina e Ciências da Saúde.
Ao concluir o doutorado, iniciou pesquisas na área da farmacologia estudando a ação do ATP em células de câncer. Desde 2008, coordena o Laboratório de Farmacologia Aplicada, onde são desenvolvidas pesquisas com culturas de células, modelos animais e, mais recentemente, análise em grandes bancos de dados de tumores. “Pelo laboratório já passaram mais de 50 bolsistas de doutorado, mestrado e de iniciação cientifica. Posso dizer que acompanhar a trajetória dos alunos com as alegrias e também com as dificuldades é uma das experiências mais bonitas e gratificantes dentro da Universidade. Hoje, muitos deles são profissionais reconhecidos que se espalham pelo Brasil e também por outros países”, conta.
Ao longo dos anos, foi coordenadora do Mestrado Profissional em Biotecnologia Farmacêutica e do Setor de Iniciação Científica. Em dezembro de 2017, foi convidada para atuar na Diretoria de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Neste ano, alguns projetos da Diretoria de Pesquisa dizem respeito à ampla divulgação das pesquisas realizadas na PUCRS e em colaboração internacional, o apoio e incentivo à pesquisa através captação de recursos, assim como a atualização do sistema de gestão dos projetos da Universidade. “A PUCRS é uma grande Universidade que está entre as melhores da América Latina e tem se destacado em relação às pesquisas de alto impacto desenvolvidas por seus pesquisadores. Acredito que o conhecimento é a chave para solucionar os grandes desafios da sociedade atual e que a pesquisa inovadora tem a capacidade de transformá-la”, afirma.
Seu desafio atual diz respeito à realização de um projeto em colaboração com a Universidade de Tübingen, na Alemanha, que tem por objetivo estudar novas moléculas que inibem a sinalização das células do câncer e do sistema imune em tumores cerebrais. Mas Fernanda conta que sua maior aventura foi em 2003, quando nasceu seu filho. “Como muitas mulheres, passei a dividir as tarefas de mãe, dona de casa, professora e cientista. Conciliar todas essas funções requer muito empenho e comprometimento e, acima de tudo, muito amor”, conclui.
