Novas formas de aprender

Diretor de Pós-Graduação fala sobre os desafios e as oportunidades que estão surgindo para a educação

14/07/2020 - 15h33
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Entender que o novo pode trazer benefícios ajuda a encontrar ânimo para enfrentar o desconhecido / Foto: Pexels

O mundo está constantemente em transformação e, para acompanhá-lo, é preciso estar aberto a possíveis mudanças e novidades. Entender que tudo é dinâmico e que, muitas vezes, o novo pode trazer benefícios, ajuda a encontrar ânimo para enfrentar o desconhecido com coragem, otimismo e disposição. É claro que o ideal seria sempre poder realizar essas transições com tempo, entendendo todo o processo com calma. Porém, nem sempre isso é possível. 

Em março, quando a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil, tudo mudou de forma muito repentina. Desde então, muitas adaptações foram necessárias, sobretudo na forma de se relacionar com os outros, de trabalhar e, claro, de estudar. Aulas presenciais migraram para a modalidade online, o contato com colegas e professores acabou sendo apenas por meio de vídeo e cada aluno passou a assistir às aulas de casa. Tudo isso sem o tempo ideal para adaptações – seja dos alunos, seja dos professores. 

Ainda assim, segundo o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Christian Kristensen, diretor de Pós-Graduação da PUCRS, o saldo foi positivo: “Apesar de as aulas online demandarem um conjunto de habilidades diferente do exigido para aulas presenciais, fechamos um semestre com 260 disciplinas de pós-graduação stricto sensu nessa modalidade de forma muito tranquila”. E, para ele, um dos principais motivos para isso ter acontecido, é o fato de os estudantes terem demonstrado flexibilidade e autonomia para encarar esse novo desafio. 

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Aprender de diferentes formas 

Para Kristensen, no que diz respeito à pós-graduação, os alunos de mestrado e doutorado estão constantemente expostos a métodos e teorias alicerçadas sobre pesquisas – e que é uma forma de aprender que diferencia os estudantes da Universidade. “Eles estão sempre muito envolvidos com pesquisa, seja a sua, a de seus orientadores, de parceiros… Pesquisas que acontecem dentro dos nossos programas de pós-graduação (PPGs)”, aponta.  

O professor acredita que o aluno de pós-graduação vive um ambiente muito estimulante e rico, vivenciando experiências que vão além da sala de aula. Para ele, uma forma possível de aprender  dentro dos PPGs da Universidade é identificando problemas e criando soluções. E, em um cenário de tantas incertezas como o que estamos vivendo, essa habilidade se mostra ainda mais importante: “A trajetória de nossos alunos de mestrado e doutorado é olhar para uma situação, definir claramente um problema, conseguir propor um método para resolver esse problema e implementá-lo. Depois, essa solução é comunicada, seja na forma de um produto final, de uma tese, de uma dissertação ou de um outro produto tecnológico”. 

Em relação às indefinições que vivenciamos atualmente em função da pandemia da Covid-19, o diretor de Pós-Graduação acredita ser uma característica cada vez mais definidora do mundo em que vivemos. Segundo ele, essa nova realidade apresenta perspectivas diferentes de futuro, principalmente quando se pensa em carreira e trajetória profissional. “Aquela ideia de uma carreira tradicional não é mais algo normativo. E vejo que nossos estudantes têm uma vantagem nisso, porque desenvolvem um conjunto de habilidades e competências que os auxiliam a lidar com essa imprevisibilidade”, destaca. 

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O que vai persistir após a pandemia

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Através de ferramentas de comunicação, é possível colaborar com colegas inclusive de outros países / Foto: Anna Shvets/Pexels

Sobre as novas formas de aprender que estão surgindo e que deverão seguir mesmo com o fim da pandemia, Kristensen ressalta o ensino online e as possibilidades que ele traz. Entre elas, destaca uma possível ampliação da internacionalização. “Acredito que essa modalidade de ensino veio para ficar e isso nos permite inclusive ampliar nossas oportunidades de cooperação. A internacionalização de nossos alunos e docentes na pós-graduação claramente não está mais apenas ancorada na mobilidade, na ida e vinda de pessoas”, afirma. 

O professor acredita que o distanciamento social acaba ensinando que é possível colaborar e cooperar com colegas de outras cidades, estados e até mesmo de outros países de uma forma muito mais ágil, por meio das ferramentas online – algo que transforma tanto a pesquisa quanto o ensino. E, indo além, pontua que os efeitos da pandemia serão sentidos por uma geração inteira, mas que há pontos positivos a serem destacados. “Algo importante de se observar aqui que é um senso de coletividade. As pessoas estão se dando conta que estamos todos aqui, nesse mesmo barco. Então, acho que essa ideia do ponto de vista de colaboração e cooperação é muito importante”. 

Por fim, ainda sobre ensinamentos e aprendizados, Kristensen reforça a questão de lidar com a incerteza. “Isso é algo importante do ponto de vista da vida. Num plano mais imediato, nós não sabemos como vai ser a nossa próxima semana, tem um componente maior de imprevisibilidade. Acho que aprender a lidar com essas incertezas nos habilita a lidar com situações adversas no futuro”, conclui. 

Dê o primeiro passo para a pós durante a graduação 

Se você é estudante de graduação e pensa em dar continuidade aos estudos, ou ainda está em dúvidas e gostaria de experimentar como seria uma pós-graduação stricto sensu, o programa G-PG permite essa experiência. Com ele, é possível cursar disciplinas de mestrado e doutorado mesmo antes de se formar, aproveitando os créditos para as duas formações. Neste semestre, um desconto de 50% para cursar uma disciplina é uma das opções de benefícios de formação complementar oferecidos pela PUCRS. 

Leia também: G-PG: dê o primeiro passo para sua pós durante a graduação 

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