Pesquisadores contemplados são referência em suas áreas do conhecimento
A PUCRS tem oito novos contemplados com bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) e quatro mudanças de nível. Ao todo, 127 professores da Universidade contam com as bolsas PQ e de desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora (DT) do CNPq, destinadas a doutores com produção científica, tecnológica e de inovação que são referência em suas áreas do conhecimento. A duração da bolsa na categoria 1A (de maior destaque) é de 60 meses; 1B, 1C e ID, de 48 meses; e categoria 2, 36 meses.
Em levantamento de 2017, com base nos dados obtidos no site da agência, a PUCRS está em 26º lugar no Brasil, e em 2º entre as privadas quanto ao número de bolsas. A informação é da coordenadora de Estruturas de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (Propesq), Clarissa Bellarmino.
Das oito novas bolsas da PUCRS, três são para professores da Faculdade de Biociências: Betina Blochtein, Cristiano Valim Bizarro e Rosane Souza da Silva. Betina trabalha com conservação, ecologia e manejo de abelhas nativas e polinização agrícola. Bizarro atua nas áreas de Biologia Molecular, com a identificação e caracterização de alvos moleculares para fármacos com ação antituberculose, e Biofísica Molecular, a exemplo da termodinâmica de ácidos nucleicos e experimentos com moléculas isoladas e pinças ópticas. Rosane trata do sistema purinérgico e desenvolvimento do sistema nervoso central.
Da Faculdade de Engenharia, receberam o destaque Alexandre Franco e Letícia Pöhls. Franco ao Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, atua na área de Engenharia Biomédica, com ênfase em processamento de imagens/sinais, ressonância magnética funcional e neurociências. Letícia trabalha com metodologias de teste e tolerância a falhas de sistemas visando aplicações críticas, bem como técnicas de otimização de circuitos integrados.
A Escola de Humanidades tem uma nova contemplada nessa chamada: Luísa Habigzang, do curso de Psicologia. Entre os seus estudos estão o impacto da violência no desenvolvimento psicossocial, o desenvolvimento e a avaliação de intervenções clínicas e de tecnologias de capacitação profissional para prevenção e tratamento em situações de vulnerabilidade.
Rodrigo Coelho Barros, que pesquisa sobre aprendizado da máquina e mineração de dados, com foco em redes neurais profundas, é o novo representante da Faculdade de Informática. Márcio Donadio, da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia e do Centro Infant, do Instituto de Pesquisas Biomédicas, completa o grupo de novos bolsistas. Seu foco são os mecanismos envolvidos nos efeitos do estresse sobre o desenvolvimento e a avaliação funcional e reabilitação de doenças respiratórias crônicas, como a fibrose cística e a asma.
O professor da Faculdade de Informática Fernando Gehm Moraes era pesquisador 1D e agora chega ao nível 1C. Tem como foco a microeletrônica, incluindo técnicas de tolerância a falhas, gerenciamento energético e segurança para o projeto de sistemas com múltiplos núcleos de processamento.
Irani Argimon e Rochele Fonseca, do curso de Psicologia, e Léder Xavier, da Faculdade de Biociências, conquistaram o patamar 1D. Ciclo vital, envelhecimento humano, aspectos cognitivos e dependência química são as ênfases da professora Irani. Rochele trabalha com avaliação neuropsicológica, incluindo a construção e adaptação de instrumentos e tarefas de neuroimagem; e reabilitação neuropsicológica. Léder desenvolve projetos sobre as bases morfofisiológica e possíveis tratamentos para Parkinson, acidente vascular cerebral, depressão maior, estresse pós-traumático e diabetes.
A PUCRS conta com seis pesquisadores 1A, referências em suas áreas no País. Três são da Escola de Humanidades: Klaus Hilbert e Maria Lúcia Kern, ambos da História, e Marília Morosini, da Educação. Hilbert tem experiência em Arqueologia, com ênfase em teoria e método em Arqueologia, estudando cultura material, Arqueologia Pré-Histórica e Histórica na Amazônia e na região do Rio da Prata. Maria Lúcia se destaca com estudos em História e Teoria da Arte. Marília atua nos campos da educação superior, com foco na qualidade, formação de professores, internacionalização, diversidade e equidade.
Da Medicina e do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, dois renomados pesquisadores são de nível 1A do CNPq: Ivan Izquierdo e Jaderson Costa da Costa, este também Vice-Reitor da PUCRS. Izquierdo demonstrou in vivo os principais mecanismos da formação, evocação e extinção das memórias, além da separação entre as de curta e longa duração. Costa da Costa tem como áreas de investigação epilepsia, cirurgia da epilepsia, distúrbios neurocomportamentais e terapia celular em doenças neurodegenerativas.
A Faculdade de Biociências tem como destaque seu diretor, Roberto Esser dos Reis, interessado na sistemática, taxonomia e conservação de peixes neotropicais.
O nível A é reservado a pesquisadores com excelência continuada na produção científica e na formação de recursos humanos, além da liderança de grupos consolidados.
Clarissa Bellarmino, da Propesq, destaca que a concessão de bolsas segue alguns critérios, como a capacidade de formação contínua de recursos humanos e de produção de ciência e tecnologia, a gradual inserção nacional e internacional, o envolvimento em atividades de gestão científica e atividades editoriais, o desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora, a participação em comitês assessores e sociedade científica e a liderança de grupos de pesquisa. A diferenciação entre os níveis A, B, C e D é baseada nos critérios que cada Comitê de Assessoramento julgar importantes para a área de pesquisa, devendo no todo privilegiar a qualidade e o conjunto da obra do pesquisador.
