Os desafios da internacionalização no ensino superior

Professor da Western Michigan University e especialista da Fulbright conhece estratégias da PUCRS

15/08/2018 - 13h24
Foto: Thais Gonçalves

Foto: Thais Gonçalves

O especialista da Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e Brasil (Fulbright) e professor do departamento de Ciência Política da Western Michigan University, James Butterfield, esteve na PUCRS para conhecer e discutir seus movimentos de internacionalização. À frente do projeto Strategic Planning for Internationalization of Brazilian Higher Education Institution, ele destaca a compreensão sobre o que é ser internacionalizado como um dos desafios das universidades nessa área. “Vai muito além da mobilidade acadêmica que, infelizmente, só atinge uma pequena parte dos estudantes atualmente”, comenta.

Butterfield foi recepcionado pela assessora-chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, Heloísa Delgado. No encontro, foram apresentadas as estratégias de internacionalização colocadas em prática na PUCRS, como disciplinas em inglês, pesquisas de cooperação internacional e incentivo ao debate de temáticas globais nas mais diversas áreas do conhecimento, além da mobilidade discente e docente. Para complementar seu estudo, ele deve visitar outras instituições do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Foco no posicionamento institucional

De acordo com o professor, nos Estados Unidos há um esforço para a internacionalização do currículo nas universidades. Ainda que a maioria dos docentes seja a favor, muitos acreditam erroneamente que se resume à mobilidade acadêmica no exterior.

Como solução, ressalta o posicionamento institucional sobre o que as universidades buscam a longo prazo e como querem se apresentar nesse quesito. “Para ser totalmente internacionalizada, a consciência sobre isso deve ultrapassar os escritórios internacionais ou grupos fechados de professores e alunos. Funcionários de áreas diversas que, muitas vezes, pensam que sua atuação não tem qualquer envolvimento com a área, precisam compreender, pelo menos, o básico da comunicação cross-cultural”, alerta.

Mesmo que os estudantes foquem suas carreiras em diferentes áreas, todos serão impactados pela globalização. Por isso a importância da formação superior prepará-los para o mundo. Para o pesquisador, a internacionalização em casa debate temas que vão além das fronteiras do país e que atingem o profissional de forma direta no mercado de trabalho.

Sobre Jim Butterfield

Professor de Ciência Política e Estudos Globais e Internacionais na Western Michigan University, Buttefield tem um extenso currículo de pesquisa e atuação internacional. Proficiente em russo, viajou pela Rússia provincial, incluindo muitas cidades que antes eram fechadas para estrangeiros. Foi professor visitante em instituições da África do Sul, Cazaquistão, Vietnã, China e Rússia. Foi duas vezes presidente do Conselho de Educação Internacional e recebeu o prêmio de envolvimento global da Faculdade de Artes e Ciências, da Universidade onde leciona.


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