O que fazer quando a memória começa a falhar?

Palestra do InsCer discute medidas para prevenir problemas graves de memória

02/06/2017 - 16h53
André Palmini - Palestras InsCer para a Comunidade

André Palmini
Foto: Eduarda Pereira / PUCRS

No último dia do ciclo de palestras InsCer para a Comunidade, em comemoração aos cinco anos do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer-RS), o pesquisador André Palmini esclareceu, aos mais de cem presentes, diversas dúvidas relacionadas à falha de memória e ao Alzheimer. Em clima de conversa, diversos idosos interagiram fazendo perguntas e anotações.

Palmini iniciou a palestra tranquilizando os presentes ao dizer que “após uma certa idade, é normal que o cérebro diminua um pouco de tamanho, o que não necessariamente é um sinal de Alzheimer”. Ele explicou que não lembrar de coisas pontuais, como ir até um cômodo da casa e esquecer o que ia fazer, é normal. “Por outro lado, é comum a pessoa já estar com problemas simples, como perguntar muitas vezes a mesma coisa, e acharem que não é Alzheimer, já que a doença se caracteriza como algo grave”, alertou.

O pesquisador ressaltou, ainda, que a doença não se manifesta em seu estágio mais avançado, assim como não deve ser considerada sinônimo de demência. “O estado de demência ocorre quando a pessoa deixa de ser quem era. Isso só acontece em um estágio bem avançado do Alzheimer. E nem todos os casos de demência iniciam-se por esta doença”, esclareceu. Palmini também abordou como as memórias se desenvolvem no cérebro, como começam a ser esquecidas e o que fazer para prevenir uma possível perda de memória.

 

Fatores de risco

Problemas de tireóide, falta de sono, ansiedade e depressão, sintomas de menopausa, medicamentos, infecções de repetição, cigarro, dieta gordurosa, níveis baixos de vitamina B12 e sedentarismo. “Estes fatores não causam o Alzheimer, mas são fatores de risco que aumentam as chances de se ter a doença”, disse o professor.

 

Como evitar o esquecimento?

Palmini argumenta que o ideal é tomar estas precauções antes mesmo da memória falhar, e ressalta a importância dos esportes. “São o melhor remédio. O estresse diminui a conexão entre os neurônios, mas os exercícios fazem com que eles cresçam, o que melhora a capacidade da memória”, explica.

O médico listou como recomendações para precaver o Alzheimer: controlar a pressão arterial, o colesterol, a glicose e o peso; não fumar; fazer exercícios físicos regularmente; comer de forma saudável, principalmente frutas e verduras; dormir bem; participar de atividades que desafiem o cérebro, como aprender um novo idioma ou tocar um novo instrumento; socialização, conhecer pessoas novas ou fazer voluntariado; fugir do stress, tratar a ansiedade e a depressão, meditar e rezar.


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