3 dicas da neurociência para aprender um novo idioma

Professora da Escola de Humanidades explica como a neurociência e a aprendizagem se conectam

07/10/2022 - 16h05
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Foto: Pexels

São muitos os benefícios que aprender um novo idioma traz para a vida pessoal e profissional/acadêmica. Entre os mais conhecidos, estão a possibilidade de conquistar melhores oportunidades, expansão da bagagem cultural e maior segurança para realizar viagens fora do País. Mas você sabia que a aprendizagem de uma nova língua também traz diversos benefícios para o cérebro? E que existem áreas cerebrais específicas responsáveis por essa função?

É o que explica Lilian Huber, professora da disciplina de Neurociência e Aprendizagem, da Escola de Humanidades. Ela ressalta o quanto a neurociência tem contribuído para o alcance de novos conhecimentos acerca da forma como aprendemos. Essa área da ciência mostra os aspectos envolvidos na aprendizagem, tanto em termos biológicos (aspectos estruturais, funcionais e de desenvolvimento do cérebro e dos neurônios) quanto em termos cognitivos (como a cognição interage com os aspectos biológicos e sociais do indivíduo).

Segundo a professora, aprender um novo idioma beneficia o cérebro tanto em termos estruturais como funcionais. Estudos mostraram que o aprender uma nova língua incrementa conexões no cérebro e pode aumentar o volume em regiões implicadas no processamento da língua adicional”, detalha Lilian.

Ela ainda explica que há diversas estruturas e conexões cerebrais envolvidas nesse processo de aprendizagem, pois requer o uso de várias capacidades cognitivas, como atenção, memórias e funções executivas. A professora destaca que há uma integração de diferentes zonas do cérebro, destinada a fins de aprendizagens em geral.

“Pesquisas feitas já na década de 1950 mostraram que uma das estruturas cerebrais mais envolvidas em novas aprendizagens é o hipocampo, que fica muito comprometido, por exemplo, pela doença de Alzheimer. Assim, pode-se apontar em especial áreas da região frontal e temporal do cérebro como implicadas em novas aprendizagens, incluindo a de idiomas. Estruturas subcorticais relacionadas com as emoções, como a amígdala, também participam quando aprendemos algo novo, demonstrando que a aprendizagem pode ser perpassada pelas nossas emoções, o que traz implicações importantes para o ensino e a aprendizagem de línguas”, ressalta ela.

Baseando-se em tudo isso e muito mais que a neurociência tem a ensinar sobre como aprender, a professora dá três dicas para quem quer mergulhar no aprendizado de um novo idioma. Confira:

1. Exponha-se a oportunidades de aprender e praticar a nova língua

Evidências da neurociência mostram que a qualidade e a quantidade da exposição (do input) são marcantes para a aprendizagem. Por exemplo, para ampliar o vocabulário e o conhecimento de estruturas das línguas, pode-se fazer atividades como ler textos (literários ou não), assistir a filmes na língua-alvo (com legenda de preferência também na língua-alvo à medida que sua proficiência avança), conversar ou trocar mensagens com interlocutores na língua que deseja aprender ou praticar.

2. Aprenda de forma constante e regular

Livros, idiomas

Foto: Camila Cunha

Se você pratica constantemente uma língua, fica mais fácil de acionar o idioma quando você precisar utilizá-lo em sua prática diária. Além disso, a repetição fortalece as conexões e o acesso à língua. Você pode estimular o uso constante da segunda língua agindo de forma autônoma, por exemplo, comprometendo-se com o uso de aplicativos digitais ou fazendo constantemente exercícios online. Ou pode, ainda, optar por cursos de idiomas, que garantem uma regularidade maior e o aprendizado orientado. Comprometa-se com sua aprendizagem, colocando objetivos para aprender e mantendo uma rotina de estudo e prática.

3. Empenhe-se no aprendizado e busque feedbacks

Segundo o neurocientista francês Stanislas Dehaene, há quatro pilares fundamentais para que se alcance uma aprendizagem: a atenção, o envolvimento ativo na tarefa de aprender, o recebimento de um feedback quanto aos nossos erros e a consolidação da aprendizagem. Podemos otimizar nossas aprendizagens (incluindo a de um idioma) apoiando-nos nesses pilares, assim como os professores podem tornar o ensino mais eficiente e rápido se os seguirem.

Matricule-se no Centro de Idiomas da PUCRS

Para quem quer estudar uma nova língua com praticidade e flexibilidade, estão abertas as inscrições para cursos de idiomas do Centro de Idiomas da PUCRS (Lexis). Você pode escolher entre opções de aulas em diferentes níveis de inglês, italiano, alemão, espanhol, russo, francês, japonês e mandarim.  As aulas ocorrem nas modalidades presencial e online, esta última com a presença simultânea do professor por meio da plataforma Zoom.

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