01 de Abril de 2020
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Quais alimentos podem ajudar na redução da ansiedade

Professora de Nutrição dá dicas para evitar o sentimento durante o período de confinamento

Triptofano, presente na banana e em outros alimentos, pode ajudar a reduzir a ansiedade Lívia Stumpf / Agencia RBSVivenciada por grande parte da população, a situação incomum, repleta de restrições, imposta pelo coronavírus é um prato cheio para alimentar a ansiedade. Por outro lado, uma saída para afugentar essa aflição pode estar, justamente, entre uma garfada e outra. É que alguns alimentos podem contribuir para reduzi-la.



Para isso, Sônia Alscher, professora de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), recomenda a já tão falada alimentação saudável e equilibrada. Isto é, aquela isenta ou com pouquíssimos alimentos ultraprocessados:



- Eles contêm uma série de componentes aditivos que conferem paladar e fazem ativar ainda mais nosso sistema de recompensa.



No rol dos alimentos benéficos para o período de confinamento, a docente indica aqueles ricos em triptofano, aminoácido essencial para síntese da serotonina, neurotransmissor responsável, entre outras coisas, pela sensação de bem-estar. São eles: banana, salmão e sardinha - tanto em lata, quanto fresca.



- Claro que a in natura é sempre melhor, mas a enlatada é uma opção para ter na despensa em nossos tempos de quarentena - fala.



Além deles, Sônia lembra que é fundamental manter o consumo regular de fibras, que contribuem para a microbiota intestinal, intimamente relacionada com a síntese de neurotransmissores.



- A manutenção da microbiota saudável regula também a imunidade e a saúde cerebral, por isso comer muita fibra. Temos fibras nas frutas, nos legumes, feijões e cereais integrais. Elas devem ser ingeridas todos os dias - indica.



Na hora de organizar as refeições diárias, lembre-se de incluir de três a quatro porções de legumes e verduras de todas as cores, três porções de frutas, três porções de laticínios (iogurte, leite, queijo branco), carnes e ovos.



- Um pedaço de carne por dia e, de preferência, que três vezes na semana seja peixe. Ovo, eu aconselho um por dia.



Arroz integral, pão integral e farelo de aveia são opções de cereais integrais a serem acrescentados, enquanto feijão, ervilha, lentilha e grão de bico podem ser usados como fonte de proteínas vegetais.




Atenção para o comportamento

Fora o cuidado com aquilo que vai para o prato, outra dica da professora é atentar para o comportamento. Sônia lembra que muitas vezes descontamos na comida frustrações e outros sentimentos, como tristeza e ansiedade.



Assim, ela sugere que se aproveite esse período de menos agitação para ter uma compreensão maior dos sinais do corpo.



- Quando vier o impulso, o indivíduo pode pensar: estou com fome ou estou com vontade? Se for fome, importante é comer devagar, mastigando bem e prestando atenção no alimento. Podemos começar a nos educar para perceber se comemos por fome ou ansiedade - ensina. 

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