O que você precisa saber hoje
Isolamento, até quando? - O número de mortes pelo novo coronavírus dobrou em todo o mundo em uma semana. A Covid-19 já matou mais de 47 mil pessoas, 75% delas na Europa. A pandemia agora explode nos Estados Unidos, onde já morreram mais de 5 mil pacientes e 216 mil casos já foram confirmados. A escalada levou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a afirmar que está "profundamente preocupado com a rápida escalada e a disseminação global de infecções". No Brasil, como já era previsto, os casos também crescem exponencialmente: já foram registradas 245 mortes e quase 7 mil infecções. Enquanto isso, especialistas observam que muitas pessoas estão voltando às ruas, situação que leva a novos alertas para que todos fiquem em casa. Para barrar o crescimento exponencial, autoridades reforçam que o confinamento é fundamental. Só é possível conter a disseminação do vírus com menos circulação nas ruas e menos aglomerações. A presidente da Sociedade Riograndense de Infectologia, Lessandra Michelin, ressalta que "não é o momento de retomar a rotina". Quando chegará a hora? Não há consenso.
Leite cobra ajuda ao RS - Ao detalhar medidas do decreto anunciado na véspera, o governador Eduardo Leite (PSDB) cobrou ajuda da União ao Rio Grande do Sul. Ele reclamou que o Estado tem ficado "de lado" até agora e revelou que conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, assim como outros parlamentares e governadores sobre o assunto. "Precisamos de liquidez imediata", advertiu ele, que citou que as reformas feitas no fim do ano passado não serão suficientes diante da crise, agravada tanto pela pandemia quanto pela estiagem. Na live diária, Leite voltou a defender o fechamento do comércio até 15 de abril, anunciado um dia antes, a fim de não sobrecarregar o sistema de saúde ainda neste mês. O fechamento, porém, não vale para lotéricas, que devem atender com capacidade reduzida, e templos religiosos, liberados a celebrações com limite máximo de 30 pessoas que respeitem o distanciamento de dois metros entre si - na Capital, entretanto, por decreto municipal, cultos e missas seguem vetados. Nesta quarta, o novo decreto de Leite provocou reações distintas. Enquanto a Federasul, que representa empresários, viu a decisão como "equivocada", a Famurs, em nome dos municípios, externou "felicidade".
Porto Alegre em calamidade pública - Com a terceira morte pelo novo coronavírus confirmada na Capital, o Rio Grande do Sul chega a cinco óbitos e, até a noite de ontem, registrava 316 casos de Covid-19 segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Casos suspeitos ou confirmados até a tarde de ontem ocupavam 11% das UTIs em Porto Alegre, enquanto pelo menos 26 pacientes são considerados curados. A quarta-feira foi marcada pelo decreto de calamidade pública editado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). O texto revoga os anteriores e unifica todas as determinações da prefeitura, prorrogando as medidas de restrição referentes a comércio, serviços e circulação de pessoas até 30 de abril. Além disso, a prefeitura fica autorizada a realizar despesas extraordinárias e a transferir recursos de uma área para outra.
Outros links:
Na tentativa de preservar empregos, uma MP publicada ontem permitirá redução de até 70% nos salários e até a suspensão dos contratos.
Também ontem foi definido o novo prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda: 30 de junho. Aqui no RS, no entanto, o calendário do IPVA não será alterado.
Estudantes de áreas da saúde nos últimos anos da graduação vão atuar na assistência a pacientes com Covid-19.
Sem cobrar nada, um casal já produziu 455 viseiras () para profissionais de saúde. Essas doações deverão passar de mil nos próximos dias.
Na fronteira, uma reabertura parcial: 500 pessoas poderão ir de Uruguaiana para a Argentina diariamente.
Pesquisas feitas no Brasil, inclusive aqui no RS, tentam entender se há eficácia no uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar a Covid-19. Falamos sobre o assunto na nova seção da Matinal, Microscópio, lançada na edição de ontem.
Oferecimento:
Diário da Espera
Nesta seção da Matinal convidados contam sobre seus dias durante a quarentena. São diferentes pessoas e diferentes lugares. Em cada diário a escrita dos autores revela como se passa o tempo enquanto o coronavírus não passa.
O diário de hoje, que vem lá de Brasília, é de Nanda Barreto, que, para lidar com a saudade, tem desenhado abraços. Começa assim:
"eu trabalho em casa há mais de dez anos. sou jornalista. no meu cotidiano regular, só saio do meu doce lar para compromissos pontuais: correr no parque, alguma reunião de trabalho ou entrevista, buscar algo no comércio local. nos anos em que morei em comunidade e quando dava aulas de yoga, estas trocas satisfaziam com louvor toda a minha vontade de convivência social.
atualmente, visito pouco os amigos, mas adoro ser visitada. já compro direto do produtor, evito supermercados, não frequento bares. cozinho praticamente todos os dias ou administro sobras de ontem. ADORO dançar e minha balada preferida é na sala de casa. sou disciplinada e geralmente não tenho dificuldades para me concentrar porque o yoga nosso de cada dia é uma bênção das deusas.
nem sempre foi assim: quando tive a minha primeira experiência de home office, lá em 2008, num projeto de economia solidária, ficava toda hora mandando status das minhas tarefas pro cara que era meu chefe até que um dia ele encheu o saco e me disse algo assim: "nanda, a gente não trabalha numa fábrica de bolacha. eu confio plenamente em você. se quiser trabalhar da meia noite às seis da manhã, é contigo. não vou instalar um chip interpele em você. relaxa".
Leia aqui o diário completo.
O Diário da Espera é um oferecimento da Quadro Amarelo, uma plataforma de aulas online de Escrita Criativa, ministrados pelos professores e escritores Assis Brasil e Jéferson Assumção.
A Escrita Criativa está presente em diversas áreas do conhecimento e dominar essas técnicas capacita os participantes a ler e escrever. Leitores do Matinal têm desconto de até 20%. Basta usar o código QAMAT#AP10 no final do cadastro. Quero me inscrever no Quadro Amarelo
Dicas culturais (para enfrentar o isolamento)
O site Ziriguidum apresenta a terceira edição do festival #ZiriguidumEmCasa, que acontece entre hoje e domingo (5/4), a partir das 17h, com transmissão nas redes sociais dos artistas participantes.
A cantora Paola Kirst e o músico Pedro Borghetti apresentam-se hoje, às 19h, na live No Meu Canto, promovida pelo Instituto de Cultura da PUCRS no perfil @pucrscultura, no Instagram.
A Casa de Cinema de Porto Alegre ampliou para 43 o número de produções disponíveis via streaming no site da produtora. Quem se junta a esse movimento é a distribuidora Embaúba Filmes, que liberou o acesso a filmes que integram o seu catálogo.O Espaço 373 criou a campanha de captação coletiva Fica em Casa 373. Do montante arrecadado, 50% vão para os músicos que tiveram suas apresentações canceladas recentemente, e a outra metade será destinada à equipe que trabalha na casa.
Mais dicas? Acesse
Você viu?
Enquanto o repasse de 600 reais do governo federal aos tralhadores informais - estendido também a motoristas de aplicativos e taxistas - ainda não chega no bolso de quem precisa, o Movimento de Mulheres Olga Benário criou uma rede de apoio às diaristas. Por meio de doações, o coletivo quer distribuir cestas básicas e kits para famílias dessas trabalhadoras autônomas, algumas delas que moram em casas de acolhimento. Este é o link para dar essa força neste momento.
Isolamento, até quando? - O número de mortes pelo novo coronavírus dobrou em todo o mundo em uma semana. A Covid-19 já matou mais de 47 mil pessoas, 75% delas na Europa. A pandemia agora explode nos Estados Unidos, onde já morreram mais de 5 mil pacientes e 216 mil casos já foram confirmados. A escalada levou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a afirmar que está "profundamente preocupado com a rápida escalada e a disseminação global de infecções". No Brasil, como já era previsto, os casos também crescem exponencialmente: já foram registradas 245 mortes e quase 7 mil infecções. Enquanto isso, especialistas observam que muitas pessoas estão voltando às ruas, situação que leva a novos alertas para que todos fiquem em casa. Para barrar o crescimento exponencial, autoridades reforçam que o confinamento é fundamental. Só é possível conter a disseminação do vírus com menos circulação nas ruas e menos aglomerações. A presidente da Sociedade Riograndense de Infectologia, Lessandra Michelin, ressalta que "não é o momento de retomar a rotina". Quando chegará a hora? Não há consenso.
Leite cobra ajuda ao RS - Ao detalhar medidas do decreto anunciado na véspera, o governador Eduardo Leite (PSDB) cobrou ajuda da União ao Rio Grande do Sul. Ele reclamou que o Estado tem ficado "de lado" até agora e revelou que conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, assim como outros parlamentares e governadores sobre o assunto. "Precisamos de liquidez imediata", advertiu ele, que citou que as reformas feitas no fim do ano passado não serão suficientes diante da crise, agravada tanto pela pandemia quanto pela estiagem. Na live diária, Leite voltou a defender o fechamento do comércio até 15 de abril, anunciado um dia antes, a fim de não sobrecarregar o sistema de saúde ainda neste mês. O fechamento, porém, não vale para lotéricas, que devem atender com capacidade reduzida, e templos religiosos, liberados a celebrações com limite máximo de 30 pessoas que respeitem o distanciamento de dois metros entre si - na Capital, entretanto, por decreto municipal, cultos e missas seguem vetados. Nesta quarta, o novo decreto de Leite provocou reações distintas. Enquanto a Federasul, que representa empresários, viu a decisão como "equivocada", a Famurs, em nome dos municípios, externou "felicidade".
Porto Alegre em calamidade pública - Com a terceira morte pelo novo coronavírus confirmada na Capital, o Rio Grande do Sul chega a cinco óbitos e, até a noite de ontem, registrava 316 casos de Covid-19 segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Casos suspeitos ou confirmados até a tarde de ontem ocupavam 11% das UTIs em Porto Alegre, enquanto pelo menos 26 pacientes são considerados curados. A quarta-feira foi marcada pelo decreto de calamidade pública editado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). O texto revoga os anteriores e unifica todas as determinações da prefeitura, prorrogando as medidas de restrição referentes a comércio, serviços e circulação de pessoas até 30 de abril. Além disso, a prefeitura fica autorizada a realizar despesas extraordinárias e a transferir recursos de uma área para outra.
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Também ontem foi definido o novo prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda: 30 de junho. Aqui no RS, no entanto, o calendário do IPVA não será alterado.
Estudantes de áreas da saúde nos últimos anos da graduação vão atuar na assistência a pacientes com Covid-19.
Sem cobrar nada, um casal já produziu 455 viseiras () para profissionais de saúde. Essas doações deverão passar de mil nos próximos dias.
Na fronteira, uma reabertura parcial: 500 pessoas poderão ir de Uruguaiana para a Argentina diariamente.
Pesquisas feitas no Brasil, inclusive aqui no RS, tentam entender se há eficácia no uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar a Covid-19. Falamos sobre o assunto na nova seção da Matinal, Microscópio, lançada na edição de ontem.
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Diário da Espera
Nesta seção da Matinal convidados contam sobre seus dias durante a quarentena. São diferentes pessoas e diferentes lugares. Em cada diário a escrita dos autores revela como se passa o tempo enquanto o coronavírus não passa.
O diário de hoje, que vem lá de Brasília, é de Nanda Barreto, que, para lidar com a saudade, tem desenhado abraços. Começa assim:
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O site Ziriguidum apresenta a terceira edição do festival #ZiriguidumEmCasa, que acontece entre hoje e domingo (5/4), a partir das 17h, com transmissão nas redes sociais dos artistas participantes.
A cantora Paola Kirst e o músico Pedro Borghetti apresentam-se hoje, às 19h, na live No Meu Canto, promovida pelo Instituto de Cultura da PUCRS no perfil @pucrscultura, no Instagram.
A Casa de Cinema de Porto Alegre ampliou para 43 o número de produções disponíveis via streaming no site da produtora. Quem se junta a esse movimento é a distribuidora Embaúba Filmes, que liberou o acesso a filmes que integram o seu catálogo.O Espaço 373 criou a campanha de captação coletiva Fica em Casa 373. Do montante arrecadado, 50% vão para os músicos que tiveram suas apresentações canceladas recentemente, e a outra metade será destinada à equipe que trabalha na casa.
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