07 de Dezembro de 2019
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Agregação superior

As três maiores universidades gaúchas fizeram, juntas, um movimento transformador da lógica autofágica reinante até então

Gabriel Renner / ArteZHAberta oficialmente a temporada de balanços de 2019. Entre tantos, escolho um destaque para essa primeira análise. No ano que termina, as três maiores universidades gaúchas fizeram, juntas, um movimento transformador da lógica autofágica reinante até então. UFRGS, PUCRS e Unisinos implementaram uma aliança que culminou com um dos mais amplos pactos já assinados no RS.

O Pacto Alegre está na rua, com 24 projetos inovadores sendo tocados por dezenas de entidades públicas e privadas. Unidas, elas subvertem a ordem dos caranguejos que investem suas energias para impedir que o outro saia do balde, em vez de combinarem esforços para libertação coletiva.

O protagonismo das universidades é reflexo de mudança que tem na radicalização da cena pública e na obsolescência do modelo político atual dois de seus gatilhos. As instituições de ensino superior aliam ingredientes fundamentais para liderar processos estruturados de transformação: conhecimento e legitimidade, o que falta à quase totalidade dos atores decadentes que se engalfinham em brigas por protagonismo.

O Pacto Alegre é uma das grandes notícias de 2019 no Rio Grande do Sul. Os desafios para 2020 são muitos. Entre eles, o de romper a camada institucional para hidratar os tecidos mais ressecados da sociedade. Mas ver UFRGS, PUCRS, Unisinos remando na mesma direção já é um prenúncio de que o risco de naufrágio se fez bem menor. 

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