Iret-Neferet é a primeira múmia do Brasil a passar por exame de radiocarbono
A cabeça da múmia egípcia que teve a identidade confirmada por pesquisa na PUCRS estará em exposição gratuita e aberta ao público entre 11 de junho e 15 de agosto. A abertura da mostra Iret-Neferet, a Múmia Egípcia de Cerro Largo-Símbolos e Rituais de Mumificação será no dia 11, às 19h, no saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão, no Campus da PUCRS. A partir do segundo dia, o acesso será de segunda a sexta-feira, das 7h35min às 22h50min, e, aos sábados, das 7h35min às 17h30min.
Além de Iret-Neferet, estarão expostos objetos e símbolos utilizados nos rituais de mumificação egípcios, provenientes dos museus Egípcio e Rosacruz de Curitiba (PR) e de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso (Ponta Grossa); imagens da história do Egito, e também banners com conteúdo produzido pelos pesquisadores. A mostra tem curadoria e organização do coordenador do Grupo de Estudo Identidade Afro-Egípcias, da Escola de Humanidades da PUCRS, Edison Huttner; do diretor do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, em Ponta Grossa (PR), Moacir Elias Santos e de Eder Huttner.
Iret-Neferet
A múmia teve a confirmação de idade, sexo e origem em pesquisa realizada na PUCRS. Iret-Neferet (que significa “olho bonito”) viveu entre 768-476 a.C., segundo exame de radiocarbono (C14) realizado nos EUA. De acordo com a pesquisa, a cabeça é de uma mulher de 42 ou 43 anos, que viveu entre o final do Período Intermediário III (1070-712) e o início do Período Tardio (Saíta-Persa: 712-332 a.C.) do Egito. O material estava em um Museu de Cerro Largo, interior do Rio Grande do Sul.
Iret- Neferet é a primeira múmia do Brasil a ter idade confirmada cientificamente por exame de radiocarbono. Outra múmia existente no país atualmente é Tothmea, que chegou dos EUA em 1995 e hoje está no Museu Egípcio Rosa Cruz de Curitiba (Paraná). O Museu Nacional do Rio de Janeiro, que também tinha exemplares de múmias humanas, foi atingido por um incêndio em 2018.