Emilio Renzi, a obra; Ricardo Piglia, a vida

Debate trata da ficção, da realidade e dos anos de formação do escritor argentino

31/08/2018 - 16h39

Ricardo PigliaNo universo de Ricardo Piglia, a leitura é vital. Ficcionista, crítico e professor universitário, o autor de Respiração artificial segue a tradição borgeana de mostrar a literatura como traço fundamental da existência dos personagens. Em Anos de formação, temos o primeiro volume dos diários que Piglia revisou pouco antes de sua morte, e percebemos que, além de permear sua ficção, a leitura também é o que originou a formação do escritor argentino.

Ao criar Emilio Renzi, seu alter ego, Piglia adiciona uma nova camada para a sua ficção já cerebral e densamente estruturada. A fronteira entre ficção e realidade se torna mais opaca, ganha novas dimensões, conforme Renzi surge em diversas narrativas, sempre autônomo e ao mesmo tempo colado a Piglia, que dilui sua ficção por gêneros literários geralmente distintos, demonstrando capacidade monumental para criar uma obra coesa e, no entanto, heterogênea. Com a publicação de Anos de formação, a ficção e a biografia se fundem em uma tonalidade ainda mais expressiva.

É Emilio Renzi quem narra a sua vida, e essa também é a narração da vida de Ricardo Piglia. Tudo isso, a obra, a ficção, a realidade, os anos de formação e de docência em Princeton, o escritor e o crítico, será debatido por Sergio Molina, tradutor de Anos de formação, e Pedro Meira Monteiro, professor em Princeton e colega de Piglia, no evento Emilio Renzi, a obra; Ricardo Piglia, a vida. A mediação da conversa será feita por Karina Lucena, professora e pesquisadora da UFRGS.

  • Entrada franca
  • Vale horas complementares (consulte a secretaria do seu curso)
  • Inscrições pelo link: bit.ly/ricardo_piglia
  • Participantes que não são alunos PUCRS devem apresentar documento de identidade na recepção do prédio para acesso ao local do evento. Para evitar atrasos, recomenda-se que cheguem com 10-15 minutos de antecedência.

 

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